terça-feira, 28 de julho de 2009

História da Profissão de Secretariado

Nos remotos dias de Alexandre Magno, um secretário era "realmente" um secretário. Para levar a cabo este encargo, em 300 a.C., você passaria a noite em claro, entalhando uma tabuinha de cera com a espátula e todo o dia seguinte retalhando o inimigo com uma espada. Esta era uma posição de prestígio - porém perigosa - e, Alexandre Magno, unicamente em sua campanha da Ásia, perdeu 43 Secretários.
Quando o Império Romano atingiu o seu ápice, os Secretários trocaram as suas espadas pelos deveres de simples escribas. Porém os Secretários, em sua maioria, eram escravos e suas condições de trabalho estavam longe de ser as ideais. Na Idade Média viram-se os secretários novamente obrigados a lidar tanto com a espada como com a pena. No entanto um grupo de escribas começou a combater astuciosamente este sistema, adotando o hábito de monges.
Assim sendo, em meados do século XIV, 70% da classe Secretarial originava-se dos monastérios, fato este nada surpreendente, pois naquela época os Secretários eram todos homens. As mulheres só surgiram no cenário como Secretárias, quando Napoleão Bonaparte levou uma a fim de registrar os detalhes das batalhas, a cada uma de suas campanhas. Contudo, Josefina, mais do que depressa, objetou e, finalmente, Napoleão contratou um homem quando de sua fatal invasão a Rússia.

Foi o comércio americano que recebeu o primeiro ataque da Secretária. Em 1877, a primeira dentre esta nova raça, entrou timidamente num escritório de Nova Iorque e orgulhosamente anunciou ser ela a nova Secretária do Executivo. O homem explodiu, blasfemou, indagando o que estava acontecendo ao mundo e já se inclinava para pegar o telefone e contratar um homem. Deu-se, então o primeiro passo para a emancipação feminina. A jovem rompeu em prantos. Seu executivo cedeu e a primeira mulher Secretária americana levou os louros do dia.
Por volta de 1902, havia cerca de 50.000 Secretárias mulheres e isto provocou uma série de alterações nos escritórios. O relegado lavatório brilhava, o tão inestético cuspidor desapareceu misteriosamente, surgiram cortinas nas janelas e muitas foram as blasfêmias engolidas pelos Executivos enrubescidos. Por todo país as mulheres invadiram os escritórios e fincaram seus pés nas posições conquistadas. Um fato que influenciou o aumento numérico de Secretárias foi o salário baixo. Os homens exigiam e recebiam US$ 50,00 a mais por semana. As mulheres trabalhavam por menos que um terço desse montante.
Entretanto, por volta de 1911, já havia mulheres suficientes no ramo, para se reunirem e reivindicarem salários mais altos, melhores condições de trabalho e outros benefícios. Graças aos esforços dessas pioneiras, os ordenados subiram para uma média de US$ 20,00 semanais e a maioria delas conseguiu obter de seus Executivos uma semana de férias (não remuneradas), por ano.

Finalmente, o maior benefício resultou em utilizar-se o escritório como um feliz campo a caça de homens elegíveis para futuros maridos. Este foi um choque enorme aos homens americanos. Se eles não estavam mais a salvo nos escritórios, que santuários lhes restava?
O que deu maior estímulo à integração da mulher nos escritórios foi a Primeira Guerra Mundial. Ela drenou a força de trabalho americano e a mulher apareceu para substituir o homem, trabalhando como Secretária e às vezes até em atividades executivas, bem como em outras profissões. Havia procura e necessidade e as mulheres responderam ao desafio. Este era um dos lados da moeda. Pois, um Executivo ao dar baixa no serviço militar e ao reassumir suas funções civis manifestou-se do seguinte modo: "nós ganhamos uma guerra, mas perdemos a outra. Esta época será lembrada como a da maior emboscada sofrida pelos homens em toda a História."

Após a guerra, a mulher manteve sua posição tão arduamente conquistada. Por volta de 1920 já havia 1,2 milhões de mulheres desempenhando os cargos de Secretárias e Estenógrafas. Mudanças drásticas sucediam-se, arrebanhando cada vez mais mulheres para a força trabalhadora. Construíram-se casas e apartamentos menores, que exigiam menos cuidados e trabalhos de manutenção, alimentos enlatados, máquinas de lavar roupa, ferros de passar elétrico e roupas feitas, deixaram as mulheres com mais tempo livre à sua disposição. Os executivos, sem alternativas diante das dramáticas vitórias conseguidas pelo sufrágio feminino e pela crescente influência do Bureau Trabalhista Feminino, começaram a aceitar a Secretária feminina como um fato cotidiano da vida.

No começo da década dos anos 30 havia três milhões de Secretárias e os empregos continuavam a chover, inclusive durante os anos de repressão. Prontamente, apareceu a Secretária como uma jovem distinta, ativa em tudo do tênis à política. Surgiu a primeira dentre as Secretárias Executivas. Datilógrafa e Estenografa, e nasceu o intervalo do cafezinho!!!

A Segunda Guerra Mundial, tal qual a primeira, levou a sua cota de mão-de-obra e a procura por Secretárias aumentou na medida em que os negócios progrediram. A prosperidade continuou e por volta de 1945 toda a força de trabalho feminino cresceu dos seus 14 milhões, em 1940, para o significante número de 20 milhões. A estatística para 1960 era de 22 milhões e para os dias de hoje calcula-se que 42% da população economicamente ativa seja do sexo feminino.

Mas o papel da Secretária de hoje mudou. Aos seus deveres tradicionais outros foram adicionados, manipular e redigir cartas, marcar entrevistas, reservar passagens, manipulação de modernos equipamentos de escritório, organizar viagens e eventos, participar de reuniões, cancelar e remarcar visitas e o desempenho de uma grande variedade de pequenas tarefas como: redigir anúncios, e-mails, preparar relatórios e apresentações, cotar orçamentos, etc.

Linha do tempo - Evolução da Profissão
Por ocasião das duas grandes guerras mundiais e com a escassez de mão-de-obra masculina, desviada para os campos de batalha e com uma estrutura industrial/empresarial desenvolvida, as empresas não tiveram outra alternativa senão a de utilizar a mão-de-obra feminina em todas as áreas.
Anos 50: O papel da secretaria limitava-se a executar algumas das técnicas secretariais como taquigrafia, datilografia, arquivo, atendimento telefônico e anotação de recados.
Anos 60: Com o início do treinamento gerencial, nos anos 60, as secretárias tiveram mudanças no perfil dos administradores e executivos. A secretária, porém, continuou a ter uma papel de simples auxiliar. Nesta época ter uma secretária passou a ser um dos símbolos de status na empresa brasileira.
Anos 70: Mudanças significativas começaram a acontecer na profissão. Ela passou a ser vista como um membro ativo na gerência, participando de programas de desenvolvimento mais elaborados. A atuação das associações de classe, em todo Brasil, e seu grande trabalho a favor da regulamentação da profissão, ajudaram a criar uma nova mentalidade nas profissionais. No final da década de 70, vimos a secretária com uma atuação mais dinâmica e abrangente, ganhando respeito nas organizações.
Anos 80: O Brasil despertou para a era da qualidade. Um momento renovador invadiu as empresas. Percebeu-se que uma das primeiras formas de administração participativa está na ação conjunta de Executivo e Secretária. Começou-se então, a divulgação e o treinamento de executivos e secretárias para uma atuação em parceria, formando uma equipe de dois.

Anos 90: Os anos 90 representaram um grande desafio para a profissão de secretária. A busca da excelência, obrigaram as profissionais a redimensionarem a sua atuação. O perfil da moça elegante, bem vestida e ótima datilógrafa é substituído. Exige-se, agora, profissionais de perfil empresarial: pessoas polivalentes e atualizadas, produtoras de lucros e resultados. Perfil valorizado
Antes Agora
Submissa Autônoma
Dócil Empreendedora
Subjetiva Objetiva
Mecânica Criativa
Disponível Acessível
Fonte: Sêmona Landy de Barros Cavalcanti

sábado, 18 de julho de 2009

Faz Parte do Meu Show

Oi Pessoal...

Ontem me emprestaram um livro dizendo que eu tinha que ler. A pessoa que o emprestou achou que eu iria gostar, e ela estava certa. Adorei o livro, tanto que o li hoje, todo ele... não que seja um livro extenso ou curto demais... é um livro que prende a atenção, você quer saber qual é o próximo passo daquele que pouco acompanhei em vida... são 176 páginas de muita intensidade.

Abaixo um pequeno resumo do livro. Para todos que gostam deste estilo de leitura, recomendo.

Faz Parte do Meu Show

Escrito por Robson Pinheiro, orientado pelo espírito Ângelo Inácio.

A autobiografia de alguém muito especial que viveu de forma especialmente exagerada. Um romance que retrata o renascimento após a morte. Rebeldia somada a sexo, drogas e muito rock’ n’ roll identificam as pegadas de alguém que soube viver à sua maneira: curtiu como sabia e viveu como podia. Compôs, interpretou, tocou multidões. Seu canto foi a voz de uma geração; sua poesia o retrato de uma época; sua irreverência o anseio da juventude.Desperto para a vida imortal, esse personagem reencontra-se consigo mesmo e se descobre filho de Deus, espírito eterno. O artista em busca de si mesmo nos faz acompanhar os instantes após sua desencarnação, o socorro em hospitais espirituais e as propostas de trabalho. Em companhia de diversos artistas, tão famosos quanto ele, participa de shows de arte e música com o objetivo de despertar espíritos situados em regiões de sofrimento no mundo astral. Luzes, música, poesia: o show precisa continuar!

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Curso de Secretariado

Para quem não sabia, segue uma informação interessante sobre o nosso amado curso:

1º Curso de nível superior em Secretariado no Brasil: Universidade Federal da Bahia. Criado em 1969 e reconhecido em 1998, através do Parecer 331/98 - DOU 24/8/98.

1º Curso de nível superior em Secretariado reconhecido no Brasil: Universidade Federal de Pernambuco. Criado em 1970 e reconhecido em 1978, através do Decreto no. 82.166, publicado no Diário Oficial da União do dia 25/8/78.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

O Menino do Pijama Listrado

Já falei sobre este livro, porém, ontem a noite assisti ao filme.

O filme não é nem um terço do livro, falta falar, por exemplo, da relação de Bruno com o homem que corta os legumes em sua "nova" casa... acredito que a relação que ele cria com este personagem é importante e poderia ser melhor retratada... além de outras cenas que teriam enriquecido muito mais esta produção.

Mas mesmo assim, vale a pena assistir, pois é uma visão diferente do holocausto, porém não menos verdadeira.

Para quem não lembra da história, segue um pequeno resumo:

Bruno, de oito anos de idade, é o filho protegido de um oficial nazista cuja promoção leva toda família a deixar sua confortável casa em Berlim para seguir para uma área desolada onde o menino solitário não tem o que fazer e nem com quem brincar. Muito entediado e movido pela curiosidade, Bruno ignora as insistentes recomendações da mãe de não explorar o jardim dos fundos e segue para a fazenda que ele viu a certa distância. Lá ele encontra Shmuel, um menino da sua idade que vive uma existência paralela e diferente do outro lado da cerca de arame farpado. O encontro de Bruno com o menino do pijama listrado o leva da inocência a uma profunda reflexão sobre o mundo adulto ao seu redor conforme seus encontros com Shmuel se transformam em uma amizade com conseqüências devastadoras.