segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Os Três – Sara Lotz



E finalmente eu consegui terminar de ler o livro “Os Três”, de Sara Lotz... confesso que foram vários os motivos para demorar, primeiro minha mudança, depois a correria de organizar tudo, depois que o livro meu deixou muito confusa desde o início e até agora ainda deixa um pouco.



Ele conta a história da Quinta Feira Negra... mas agora me questiono, ela existiu de fato? Eu perdi essa parte da nossa história geral? Confesso que não fico prestando muito atenção à essas coisas, mas creio que eu me lembraria de algo do gênero.

E lendo as resenhas e comentários de diversos internautas, questiona-se exatamente isso... foi baseado em fatos? Aconteceu realmente?

Parece que não, parece que foi uma história criada pela autora, e portanto, é preciso, antes de mais nada, parabenizá-la pela veracidade que passa durante o desenrolar da história. 

A sinopse do livro diz o seguinte:

“Quinta-Feira Negra. O dia que nunca será esquecido. O dia em que quatro aviões caem, quase no mesmo instante, em quatro pontos diferentes do mundo. Há apenas quatro sobreviventes. Três são crianças. Elas emergem dos destroços aparentemente ilesas, mas sofreram uma transformação. A quarta pessoa é Pamela May Donald, que só vive tempo suficiente para deixar um alerta em seu celular: ‘Eles estão aqui. O menino. O menino, vigiem o menino, vigiem as pessoas mortas, ah, meu Deus, elas são tantas... Estão vindo me pegar agora. Vamos todos embora logo. Todos nós. Pastor Len, avise a eles que o menino, não é para ele...’ Essa mensagem irá mudar completamente o mundo”.

12 de janeiro de 2012 amanhece como um dia normal, como todos os outros dias, e neste dia, muitas pessoas, em quatro continentes distintos, embarcam em um voo, com o objetivo de chegar em seus destinos.... visitar suas famílias, passear em férias, para um reunião de trabalho... não importa. A questão é que este dia não acabará como todos os outros, pois sem uma explicação oficialmente plausível, estes quatro aviões caem, mais ou mesmo no meu instante e mudam a vida de muitas pessoas. 

Consternadas com os acidentes, as pessoas ficavam ainda mais perplexas ao tomar conhecimento de que três crianças sobreviveram... foram encontradas com vida em meio aos escombros das aeronaves.
Além delas, sobrevive, mesmo que por pouco tempo, Pam, que estava indo ao Japão para visitar a filha... ela sobrevive tempo suficiente para deixar um recado que parece, para alguns, um tipo de profecia e que acaba, no final das contas, transformando a vida de muitas pessoas... primeiramente do Pastor Len, que ela cita na mensagem... mas também do seu esposo, e até do cachorrinho dela. 

E assim está enredada a história, que é contada através de entrevistas, confissões, matérias, artigos e conversas que uma jornalista tem com pessoas que estiveram de alguma forma envolvidas com o acidente e com as pessoas que estavam nos voos e também, com as pessoas que ficaram como cuidadoras destas três crianças sobreviventes. Todas informações que balisaram um livro escrito por ela e que dá uma repercussão muito grande dentro da história também. 

É ela também, que no final do livro nos dá uma pequena ideia do que poderia ser a verdade... verdade essa que fica a critério de cada pessoa, conforme suas crenças. 

Mas voltemos ao início...

Há todo tipo de especulação sobre os acidentes... que eram indícios do final do mundo para os religiosos, que eram os extraterrestes tentando tomar conta do que acham ser seu,  entre várias outras teorias de conspiração mesmo. Mas as autoridades, em cada um dos continentes, tratou de desmentir tudo e identificar falhas aceitáveis para justificar os acidentes. Um deles foi dito que foram pássaros que ao se chocar com as turbinas, causaram o acidente. 

Porém, de nada adiantavam estas justificativas, pois as teorias mirabolantes eram mais interessantes à população, que passou a acreditar no que mais lhe conviesse. 

No decorrer do livro é contada a história de cada um dos sobreviventes e, juntamente, das pessoas que estavam como seus cuidadores. Mostra-se a pressão sofrida por essas famílias diante de uma mídia que não mede esforços para conseguir qualquer tipo de imagem ou declaração para abastecer o criativo alheio. São abordadas questões psicológicas muito interessantes e que levam à reflexão... questões de manipulação individual e coletiva também são abordadas com muita propriedade. Fanatismo, cegueira, crenças arraigadas são abordadas também de forma a fazer o leitor refletir sobre no que acreditamos.... a Quinta Feira Negra aconteceu? Ela foi o prenúncio do fim do mundo? Como se salvar? Até que ponto o nosso psicológico é afetado por isso? 

É “perigoso” escrever muito e acabar soltando alguma informação que possa prejudicar a leitura daqueles que ainda não conhecem o livro... 

Mas vale aqui falar sobre a Floresta Aokigahara, que também é conhecida como a Floresta do Suicídio... para onde japoneses sem perspectivas vão para dar cabo da própria vida. Esta é uma parte da história que é bem sombria... principalmente porque a jornalista que faz o apanhado das informações para o seu livro, se vê diante desta floresta no final da história... em busca de esclarecimentos, mesmo depois de alguns anos passados dos acidentes. E assim ela acaba aclarando, ainda que pouco, o que realmente aconteceu naquela Quinta-Feira Negra. Digo pouco, pois o final desta história fica aberta a diversas interpretações, justamente baseadas na crença de cada um... e isto me parece, muito sensato por parte da autora, demonstra respeito aos seus leitores! 

Mas e aí, vocês já leram este livro? Curtiram? Ele mexeu com vocês? Confesso que ainda estou refletindo sobre ele e agora vou em busca de um livro bem mais suave para dar um tempo nessa tensão toda hehe! 

Vamos conversar?

Bjo bjo




terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Bike Beer com Bike SJP

E esse final de semana eu vivenciei a minha primeira Bike Beer... sim, primeira pois eu quero ir em outras, hehe!

Eu simplesmente amei!

Foram mais de 60 ciclistas, 4 cervejarias, quase 34 km! Pedal de dia todo, lugares lindos dentro de São José dos Pinhais que eu ainda não conhecia.



Saimos do Mc Donalds de São José, de manhã (um pouco depois das 9h), rumo a primeira cervejaria, a Nut Bier Pub e Cervejaria. Fomos muito bem recepcionados pelos donos,  e a cerveja que eu tomei, de trigo, era bem saborosa.



Lá ficamos um bom tempo, o pessoal degustou, juntamente com a cerveja, porções diversas... foi um momento de descontração, bater papo, dar risada. Teve até sorteio de brindes, mas não ganhei nada.

Depois, seguimos para a Vitis, que na realidade é uma vinícola, mas que possui um vasto cardápio de cervejas artesanais... encontrei até as deliciosas Bodebrown por lá. Lá decidi não tomar nada, ficamos só de papo e na hora do sorteio, não é que eu ganhei uma cerveja?! A cerveja do Papito hehe... será que é boa? Não sei... mas já coloquei ela pra gelar e assim que descobrir conto pra vocês.




De lá rumamos para a Vosgerau, a única cervejaria que eu já conhecia de passar na frente sempre que vamos para o Morango com Nata hehe! Lá tomei uma viena, deliciosa... suave, saborosa, super recomendo.

Lá também rolou sorteio e até distribuição de salame tradicional da região.

Por fim, rumamos para o centro de São José dos Pinhais, na Sapopema... onde haviam várias opções de cerveja para degustar, porém, tive uma baixa de açúcar no sangue pois o sol estava judiando da gente... e lembrando que já passava das 15h, então fiquei na coca mesmo hehe.... e lá almoçamos... food truck, um sanduiche gostoso!



Foi um pedal de dia todo praticamente, pois já eram 16h30 quando cheguei no Mc Donalds para buscar o meu carro. Só eu e mais um rapaz voltamos para lá, não sei se na dispersão, todo mundo que tinha deixado o carro lá já tinha ido buscar, ou se ainda estavam lá na Sapopema. Enfim... bike no transbike e partiu casa... rumo a um banho revigorante e descansar que temos a semana toda pela frente.

Mas, o que dizer desse pedal? Foi um pedal incrível, divertido... o melhor foi encarar novos rumos dentro de São José dos Pinhais, com muitas subidas e descidas em estrada de chão.... sempre contando com a parceria dos outros bikers, mesmo aqueles que não nos conhecem, como o homem que fez a gentileza de arrumar a minha corrente que soltou numa subida tensa (pra dizer o mínimo)... mas a pessoa aqui vai trocar a marcha na hora errada, dá nisso... o importante é que não arrebentou.

Parceria da Lu Maia e do Tiuzão, companheiros de outras aventuras e que estão firmes nos pedais também, para nossa alegria.

Enfim, foi um pedal incrível, e o melhor é que o Japa já está pensando em fazer outro hehe... isso é bom demais! =D

Bora lá, fazer uma integração de grupos, pedalar, rir, se divertir, fazer novos amigos e de quebra ainda cuidar da saúde.
 
E vocês, conhecem essas cervejarias? Já pensaram em ir até elas de bike? Vamos conversar?


Bjo bjo

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

As Expectativas e as Frustrações nas Nossas Vidas


As expectativas que criamos na vida tendem a nos frustrar, por que será que isso acontece? Porque normalmente criamos expectativas positivas quanto a coisas, situações, pessoas, e nem sempre, ou quase sempre, a realidade é bem diferente e, por vezes, ela é muito menor do que projetamos.

É aquele projeto que tanto almejamos e que não sai do papel, às vezes por puro comodismo, mas às vezes por depender de terceiros ou de situações econômicas mesmo, climáticas, ou mil outras questões.

É aquele, vamos marcar, vou te visitar, vamos nos ver, que nunca sai do vamos... que não vai para a prática...

É aquele, hoje eu vou e que você se arruma, arruma a casa, ou se arruma e vai até algum lugar e cria raízes esperando...

É aquela promoção que o colega que parece um pavão, mas que não trabalha tanto assim, recebe no seu lugar...

É aquele grupo de amigos que valoriza tanto o ter e não o ser...

São tantas questões, físicas, emocionais, palpáveis ou não... concretas ou virtuais... enfim... como lidar com a frustração de não ter as suas expectativas atendidas?


Tenho aprendido no decorrer da vida, e principalmente nos últimos meses, que devemos baixar, e muito, a nossa expectativa quanto a situações e, principalmente, quanto a pessoas, pois assim, quando algo acontece, seja bom ou ruim, o impacto é recebido de forma positiva ou, no mínimo, sem estragos.

Mas isso não quer dizer que a gente não se frustre, que estejamos imunes. Muito pelo contrário... sempre temos muito o que aprender. Muito o que controlar, pois a ilusão é sempre que de as tais expectativas serão atendidas, serão até superadas. E a realidade é bem o contrário!

E como é difícil.... às vezes projetamos no outro o que fazemos por ele, e achamos que o outro deve fazer o mesmo. Deve ter a mesma “doação” por nós que temos por ele. E isto diz respeito à família, ao trabalho, aos amigos, aos amores... porém, cada um é diferente e, às vezes, o que é pouco para você, já é muito para o outro, já é o seu limite. Muitas vezes por imaturidade, por inexperiência... por falta de entendimento... ou por achar que aquilo é o suficiente mesmo.


Não quero aqui, colocar nenhuma verdade absoluta, nem um texto instrutivo no sentido de como fazer as coisas de forma correta, pois não existe um roteiro para isto, não existe uma única verdade absoluta sobre como agir ou se comportar. Este é um aprendizado diário e varia de pessoa para pessoa, de região para região, de cultura para cultura, de família para família, de grupo de afinidade para grupo de afinidade, de empresa para empresa...
A questão é que a vida deve ser vivida diariamente, mas vivida de fato, aproveitada, não apenas como expectador... e para isso, alguns machucados aparecerão, algumas cicatrizes ficarão, certas mágoas podem surgir.... que por vezes ficarão adormecidas, porém não esquecidas e que podem voltar a qualquer momento, mas tudo isso faz parte do nosso amadurecimento, e amadurecer dói, tenho percebido isso. E para evitar que estes machucados e cicatrizes fiquem marcados de forma muito enfática em nossa vida, mais uma vez, é preciso baixar as expectativas... é preciso ter os pés no chão e, por mais que às vezes doa, enxergar a realidade como ela é de fato. Com todas as suas contradições, com todas as suas oportunidades, mas também com todos os seus limites.


Enfim, este texto é um misto de reflexão com desabafo... é um grito e também um sussurro.... é um pedido de ajuda e uma ajuda a quem quiser... é um texto de alguém que mesmo cansada de sofrer as consequências das suas expectativas, busca aprender todos os dias com elas, tentando amenizá-las, observando e praticando a tolerância, a escuta efetiva, aprendendo a respeitar os limites dos outros... observando que cada um tem uma vida à ser vivida e que nem sempre poderemos fazer parte disto tudo.

É, acho que isso aqui tá ficando melancólico demais.... vamos parar... desculpem o tom da conversa, mas senti a necessidade! Que suas expectativas condizam com a realidade... que a realidade condiza com as suas expectativas... que todos tenham uma boa vida... que a vida seja generosa em todos os sentidos com vocês!

Vou findando por aqui... espero que curtam e comentem.

Vamos conversar?

Bjo bjo

Imagens retiradas dos seguintes sites:
http://www.topfrasesbonitas.com/frases/frases-de-expectativas-3054
http://www.epifaniabg.com/single-post/2015/01/12/Pessoas-e-suas-expectativas