quarta-feira, 27 de outubro de 2021

100 Dias em Paris

 Hello Peoples, tudo bem com vocês?

Olha só, tô aqui pra contar sobre um livro lindão que eu li tão tão rápido, se levarmos em consideração o tempo que eu estava levando para ler os livros nos últimos 3 anos, foram 15 dias, 15 dias em que eu viajei junto com a Tania Carvalho durante os 100 dias dela em Paris.


Pensem num livro super fluído, uma leitura gostosa... é esse, ele é simplesmente DELICIOSO.


Nunca se é tão velho que não possa sonhar e realizar os próprios desejos”. (p. 8 – dedicatória)

Ici sou feliz e là também. Com sol ou chuva”. (p. 27)

 

E esta é uma história no mínimo interessante. É de fato algo que aconteceu e com uma brasileira que, desde muito jovem, foi apaixonada por Paris e em muitas idas e vindas como turista, resolveu passar 100 dias em Paris e descrever neste livro suas experiências.

Gente, sério, que sonho sensacional. Ela se deu isso de presente de 60 anos, ou seja, ainda tenho chances, hehe! Estive duas vezes em Paris e foi pouco, com toda a certeza. O sentimento que ela descreve no início do livro, de ter voltado várias vezes é o que sinto, que voltaria 1000 vezes se fosse possível.

 

E a cada dia descobria mais que a felicidade está nas coisas miúdas, não as que são especialmente planejadas com obsessão”. (p. 60)

 

Em cada capítulo ela descreve algo diferente, sobre os franceses, sobre os passeios “turísticos”, sobre os passeios não tão “turísticos”, sobre a comida, e até sobre as atividades físicas (ela adora dançar) e as dificuldades que teve em conseguir fazer uma aula de dança ou frequentar uma academia devido a todo processo “metódico” dos franceses.

Tania falou também sobre a Paris dos parisienses... a Paris que só quem mora lá conhece.

 

Vivi com a permanente sensação de plenitude que algumas pessoas acreditam que só é possível quando se está grudado com a outra metade da laranja, cheio de endorfina após o sexo ou o exercício físico ou vivendo uma sensação espetacularmente forte e cheia de adrenalina”. (p. 61)

 

Poderia ter feito tudo isso no Brasil, claro que podia, mas enfrentar a barreira da língua, o desafio de interagir com um povo rabugento como  francês tornou tudo mais engraçado. E vamos combinar, estava em Paris, para mim a cidade construída mais bela do mundo. No balanço dos 50 dias, a metade do caminho, pude sentir que estava tudo perfeito, que minha alma estava aquecida, meu coração alegre e meu cérebro, estimulado – e podia querer mais do que isso?” p. 74

 

Ler como Tania descreve Paris e seus 100 dias por lá é de encher os olhos de lágrimas e apertar o coração de saudades, e aumentar ainda mais a vontade de, algum dia, quem sabe, voltar.

Este livro foi tão maravilho e fluído que me refiro a autora de uma forma como se ela fosse aquela amiga que conheço a anos, íntima, como pode né?!

Ao final do livro ela faz um tipo de check list por todos os lugares que mais gostou de todos os gêneros que vocês possam imaginar, desde comida, até roupa, médicos e templos, tudo com referências, endereços e tudo.

 

“(...) ir embora de Paris não é uma questão de querência, mas de precisância”. (p. 118)

 

E é isso... vocês já ouviram falar deste livro? Já leram? Vamos conversar?

quinta-feira, 21 de outubro de 2021

Uma Curva no Tempo: e se a vida lhe desse uma segunda chance?

“Não existe garantia de nada na vida, Rachel. Acidentes e doenças acontecem, não podemos fazer nada em relação a isso. Meu trabalho pode ser perigoso às vezes, e Deus sabe que você pode se meter em encrenca só ao se levantar da cama! Não podemos deixar isso reger nossa vida”. p. 207



 

“Minha primeira vida terminou às 22:37 de uma noite chuvosa de dezembro, em uma rua deserta ao lado da velha igreja. Minha segunda vida começou umas dez horas depois, quando acordei sob o brilho ofuscante das luzes do hospital...” p. 4

E assim começa a história de Rachel, mais uma Rachel literária em minha vida. E confesso para vocês que escrevo estas primeiras linhas com lágrimas nos olhos...

No ensino médio Rachel tinha a vida que todo jovem gostaria... o namorado mais lindo da escola, um melhor amigo que era aquele de se entender apenas pelo olhar e um bom grupo de amigos. Mas tudo isso mudou por causa de um acidente no restaurante em que ela estava com seus queridos amigos, em que um carro invade o restaurante e seu melhor amigo, Jimmy, na intenção de salvá-la, acaba perdendo a vida.

Dali em diante, a vida de Rachel parece entrar numa espécie de piloto automático. Ela desiste de ir pra faculdade, se muda de sua pequena cidade para ficar longe das lembranças daquele trágico dia (do que é possível, já que carrega no rosto uma grande cicatriz que a faz lembrar de tudo toda vez que olha no espelho), e “segue a vida”.

Até que o casamento de uma das amigas “daquela época” vai acontecer e ela não pode deixar de ir. E ao chegar em sua cidade natal, outro “acidente” acontece e isso faz com que ela tenha um tipo de amnésia, onde parece que aquela vida “piloto automático” que ela tinha, na realidade, não exista, e sim uma vida bem melhor, onde ela é noiva daquele namorado bonitão do passado, e o melhor, o seu melhor amigo, Jimmy, não morreu naquele acidente.

E a história corre acerca de Rachel tentar descobrir por que ela não consegue se lembrar de nada.

Não sei se foi por ter demorado um certo tempo para terminar a leitura, o que pode por vezes prejudicar o enredo, ou talvez eu não tenha percebido por ter me envolvido de maneira diferente com a história, mas foi só lá no final, nas três, quatro últimas páginas que eu percebi o que estava acontecendo e então, me emocionei muito, e entendi muito sobre “segundas chances” e como devemos valorizar as nossas “pequenas coisas” do dia a dia.

Mas por aqui paro de escrever, ou darei spoilers que comprometerão a história. Ou será que já dei?

Mas é isso. Mais um livro finalizado.

Esse um pouco mais demorado, mas também uma boa escolha.

Me falta escrever sobre os livros que terminei antes deste, mas quis aproveitar a “memória fresca”, pois a cabeça anda falhando e sei que vai ser mais difícil escrever sobre os outros agora.

Então é isso, vocês conhecem essa história? Já leram este livro?

Vamos conversar?

Bjo bjo