segunda-feira, 24 de janeiro de 2022

Livre - de Cheryl Strayed

 Oi Pessoal, tudo bem com vocês?

E vamos lá para um livro que demorei bastante pra terminar de ler, levando em conta que tenho lido até que bem rapidinho todos os que inicio.

Vamos falar de Cheryl Strayed? Livro autoral, sobre sua experiência durante a caminhada na PCT.





Iniciei a leitura em outubro/2021 e finalizei agora, em janeiro/2022. Tá certo que tive vários corres no caminho que me impediram de ler como eu gostaria, mas também, confesso que o livro é bem chatinho no início, que não inspira muita animação num primeiro momento.

Ele inicia-se com Cheryl contando como soube dos últimos dias de sua mãe e como viveu-os intensamente e de como isso a levou à sua maior aventura e quanto tempo levou para organizar tudo.

Sua maior dor?! Ter feito absolutamente TUDO por sua mãe em seus “últimos dias” e não estar ao seu lado quando ela partiu.

E por isso, ela sofreu, e teve pesadelos horríveis...

“[...] eu sofreria. Eu sofreria. Eu adoraria que as coisas fossem diferentes do que foram. O querer era uma imensidão inexplorada. Precisei de quatro anos, sete meses e três dias para conseguir. Não sabia para onde estava indo até chegar lá”. p. 35

... decidiu fazer uma caminhada pela Pacific Crest Trail para tentar se reencontrar, mas antes disto, mais uma dor, a da separação... ela já não era a mesma e permanecer com Paul era um erro e assim, com muita dor e uma demora maior do que a imaginada, o divórcio aconteceu.

Porém, nesse entremeio, entre a preparação para a sua “aventura” – ou a decisão de fazê-la, e a efetiva separação, ela viveu desregrada, inclusive com o uso de drogas, até que percebeu que daquele jeito não dava mais para permanecer.

E finalmente chegou o dia de iniciar o caminho PCT, e quando chegou lá, ela percebeu qual talvez aquilo tenha sido um grande erro. A mochila era grande demais, estava pesada demais, ela mal conseguia ficar em pé. A altitude era de deixar tonta.... e o primeiro dia se encerrou às 4h da tarde tendo caminhado apenas 4km.

E o desenrolar do livro se desenvolveu muito lentamente porque o dia a dia estava difícil, corrido, mas também, porque senti o livro chato, como falei no início do texto, ele era cansativo, assim como algumas pessoas já haviam dito. Mas como eu não gosto de desistir (até hoje isso só aconteceu com um livro), então, bora insistir... e assim, foi, com momentos de choro e emoção e tudo hehe, UAU!

Alguns trechos que me chamaram a atenção foram:

p. 71 “Para mim, a trilha não parecia ter dois anos. Não parecia sequer ter mais ou menos a minha idade. Ela parecia antiga e sábia. Completa e profundamente indiferente a mim”.

p. 107 “Podia senti-lo desenrolando por trás de mim, o velho fio da meada que perdi e o novo que estava teando, enquanto caminhava naquela manhã, os picos nevados das High Sierras ficando à vista de vez em quando”.

p. 206 “Não sentia tristeza ou alegria, nem orgulho ou vergonha. Sentia apenas que, apesar de tudo que fiz de errado, acertei em decidir vir pra cá”.

p. 207 “Grande parte de fazer a caminhada na PCT dependia do controle da mente: a vigorosa decisão de seguir em frente a despeito de tudo”.

p. 227 “Mas ninguém riu. Ninguém ousaria. O universo, aprendi, nunca brincava. Ele pegaria qualquer coisa que quisesse e nunca a devolveria. Eu realmente só tinha uma bota”.

p. 301 “Tinham carregado as duas latas o tempo todo para que pudessem bebê-las na última noite para festejar [...] Insistiram em levar minha mochila e ficaram espantados ao descobrir que era mais pesada do que as deles [...] Ei Cheryl [...] deixamos uma das cervejas para você no riacho. Fizemos assim para que você não pudesse dizer não. Queremos que você a beba porque você é mais durona do que a gente”.

Emfim, o que percebi, depois de quase quase 3 meses de leitura, é que apesar de ter alguns trechos bem cansativos, Livre descreve o momento, ou melhor, o período em que Cheryl decide se libertar da vida que tinha e começar uma vida nova, que se inicia a partir desta louca aventura de encarar uma caminhada tão rigorosa sem a devida preparação, mas que a levou a se conhecer tão bem, que estar com outras pessoas chegou a ser um incômodo em certos momentos. E por tantas vezes em minha vida já passei por situações semelhantes (de preferir minha própria companhia e só). Certo que hoje, casada e com uma filha pequena, esse nível de isolamento é quase impossível, mas tal introspecção é realmente algo que todos devem tentar, talvez não num nível tão extremo, mas....

E é isso, no final das contas, se você não estiver fazendo nada, eu até te recomendo esta leitura e se você já leu, o que achou, vamos conversar?

Bjo bjo

 

terça-feira, 11 de janeiro de 2022

Apenas Um Ano

 Oi Pessoal, olha eu ai outra vez... e senhores, como é difícil escrever sobre um livro que lemos a mais tempo e não fizemos anotação nenhuma no decorrer da leitura. Quando eu não demorava para escrever os textos era mais fácil hehe!

Agora tenho feito as leituras ladeada por um caderno e uma caneta e isso tem facilitado muito as coisas... tanto que já estou no terceiro livro depois desse, os dois seguintes já com resenha feita e postada e agora que estou conseguindo sofridamente escrever sobre este, apesar de ter amado cada página lida.


Mas sem mais delongas, vamos a versão do mocinho da história? O que aconteceu em apenas um ano?

Como é que foi que tudo aconteceu aos olhos de Willem desde o dia que conheceu Alysson, que para ele, na verdade se chamava Lulu, pois, pior do que ela, ele não sabia mesmo seu nome verdadeiro.

O que fica claro, é que assim como Alysson, para Willem o relacionamento deles também foi um marco para o amadurecimento. E fica claro que a gente fica na maior expectativa o livro todo, pois não é bem uma sequência o livro, pois Apenas Um Ano conta toda a história, a mesma história, só que da perspectiva de Willem, então, aquele momento crucial em que acaba o primeiro livro, só é desenrolado lá no final deste... (quer dizer, mais ou menos – ops, spoiler) o que deixa a gente muito, muito ansioso para ler logo e saber o que vai acontecer hehe...

É interessante ver que o tão despretensioso Willem na verdade é um jovem com muitos problemas e anseios assim como a própria Alysson, mas que lida de forma diferente com tudo. Ele corre atrás da vida “desregrada” da vida artística (mostrada no livro, não a minha opinião), para fugir dos seus relacionamentos familiares – pai, mãe, tio.... e assim ele encontra Alysson – Lulu, e eles vivem aqueles momentos mágicos juntos em Paris.

Momentos que acabam de forma abrupta quando ele sai para buscar o café da manhã para eles, mas que é interrompido inesperadamente e não consegue mais voltar e dai que começa todo aquele mal entendido de que Allyson acredita ter sido “usada e abandonada” e que Willem fica desesperado pois quando consegue voltar ao local em que estavam juntos, já é tarde demais.

O desenrolar da história mostra todos os dramas vividos por Willem enquanto ele busca reencontrar a sua Lulu, aquela menina toda certinha que mudou a sua vida, e assim vamos vendo que ele tem dores e dissabores também e que sua vida não foi nada fácil, mas também, que nessa busca, ele consegue resgatar alguns sentimentos e laços que pareciam estar perdidos para sempre.

Até que chega aquela cena, aquela lá, do final do primeiro livro, em quem eles estão, finalmente, frente a frente, depois de tanto tempo. E o que acontece?

Bom, isso eu deixo para vocês descobrirem sozinhos, senão é spoiler demais.

Mas o que tenho a dizer é que o livro é ótimo, fluído, gostoso de ler, vale cada minuto de leitura.

Mas me contem, vocês já leram? Gostaram?

Vamos conversar?

Bjo bjo

domingo, 2 de janeiro de 2022

Balanço 2021

Fonte: https://www.astrocentro.com.br/blog/previsoes/simpatias-para-virada-ano-novo-2022/


Hello Pessoal, tudo bem com vocês?

E cá estou eu, para o meu “famoso” balanço anual.

E findamos 2021, ainda vivendo uma Pandemia... é certo que de forma mais branda, mas o COVID ainda está aí, e não podemos deixar de nos cuidar e cuidar dos nossos, pois apesar da vacina ser uma agente combativa, que nos deixa mais fortes para o caso de pegar essa desgraça, é isso mesmo que acontece, ela não deixa de fazer a gente pegar, mas sim, nos deixa mais fortes para combater o vírus quando ele se adentra ao nosso corpo.
Mas diferente de 2020, neste ano eu consegui ler mais, escrever mais... consegui ter uma certa normalidade na vida. Nada comparado ao antigo eu, mas esse acho que nunca mais será o mesmo, pois depois de ser mãe, as prioridades mudam, então... já viu.

Vamos aos números... adoro eles, hehe:

Foram apenas 8 postagens, 5 a mais que em 2020, então já estamos no lucro. E deixo aqui registrado que tinha um texto já escrito, mas que a correria do final do ano me fez esquecer de postar, esqueci mesmo, aff!

Diferente de outros anos, este ano não começou com milhões de proposições, desejos e vontades. Esta virada foi mais de agradecimento que outra coisa... principalmente pela saúde e também, por tudo o que aconteceu que me fez amadurecer muito e também a minha relação com o meu esposo. São as dificuldades que nos mostram que realmente o casamento não é só flores, sorrisos e “EU TE AMO”. Vamos sobrevivendo, aprendendo a cada dia, fácil não é, mas acreditamos que estamos no caminho certo. As provações são imensas e os obstáculos, altos, fortes e tensos, mas temos conseguido seguir, FIRMES E FORTES!

Quanto a Pandemia, fiquei em home office desde 23/03/2020 até 30/11/2021... certo que em escala, indo trabalhar 2 vezes por semana desde outubro de 2020, mas a maior parte dos duas ainda em casa. Em dezembro, passei a ir todos os dias ao trabalho. Mas com todos os cuidados necessários, SEMPRE.

Neste ano peguei firme nos cuidados com o corpo e a mente... entrei no Programa de Emagrecimento da Viviane Raizer novamente, e de março até outubro, fiz um acompanhamento semanal, presencial, onde tinha encontro com outras pessoas que buscam o mesmo objetivo... foi uma descoberta maravilhosa... reaprender a comer, reaprender a me olhar no espelho com mais amor, poder compartilhar de mim e por mim. Levar outras pessoas para este convívio com a Viviane e também para o bem estar que ela proporciona através dos seus encontros, sejam eles presenciais ou virtuais. Foram vários quilos a menos, mas o peso que mais fez a diferença, foi aquele que “tirei” da cabeça... constelação familiar, compartiljhamento de experiências, atividades práticas, conversas, desabafos... quanta coisa aconteceu que me fez ver tantas coisas que aconteceram e que faziam a diferença na minha alimentação e que eu nem fazia ideia. Claro que houveram e ainda existem muitos deslizes, mas esse é um ciclo que nunca se fecha, todos os dias estamos recomeçando e reaprendendo e melhorando.

Ainda conto com o apoio das mães saneparianas e este ano, com a graça de ter dado uma acalmada na pandemia, pude conhecer pessoalmente a querida Cintia, lá de Guarapuava, que parece que conheço a minha vida inteira. E também ver e rever algumas outras mães tão queridas no aniversário do Davi e foi tão bom.

Desde agosto minha Maria Alice vai todos os dias para a escola, mas mesmo assim, o desenvolvimento dela pôde ser acompanhado bem de perto como no ano passado. E como se desenvolveu essa minha baixinha... muito esperta, muito ligeira, muito lista.

A relação com os vizinhos permanece firme e forte... muitas tardes e noites e até dias inteiros com as cadeiras nas portas dos sobrados, ou no parquinho, batendo papo e cuidando das nossas crias... Páscoa, Dia das Crianças, Feriados emendados, Natal, Ano Novo... tudo isso reunidos, celebrando a vida e convivendo em harmonia.

Mas, voltando aos números, quanto aos filmes e seriados, foram 864, algo menos que em 2020, mas ainda assim, bem expressivo.

Muitas séries e minisséries policiais sensacionais. Destaque para “A Desordem que Ficou”, “Borderline”, que agora tem um filme também, uma super fofinha chamada The Bold Type, Atypical também merece destaque, por tratar de forma tão leve um assunto tão delicado. Fechei o ano com uma série que pasmem, a primeira temporada tem, “apenas” 91 episódios hehehe... chamada Falsa Identidad... e por incrível que pareça, eles conseguem manter o enredo e deixar a história mais interessante, sem perder o foco e deixar a coisa cansativa... bora lá para a segunda temporada que são mínimos 80 episódios hehehe...

Ano passado falei um pouco sobre cada destaque, este ano deixo para vocês pesquisarem.

Passemos aos livros, e agora sim, 2021 foi bonito de se ver hehe, ou de se ler: 7 livros lidos e 1 quase finalizado... praticamente 8 livros, nada perto do que era antes, mas já é uma super vitória... Só falta postar aqui no blog sobre Apenas Um Ano, texto que já está pronto e só esqueci de postar mesmo. O melhor? 100 Dias em Paris, com toda certeza, unicamente por me fazer reviver nas suas páginas muitas das passagens que tive o prazer de conhecer pessoalmente nas minhas viagens para lá e só deixar aquele gostinho de que preciso voltar sempre e sempre mais. O mais difícil, aquele que ainda não terminei: Livre, que muitos dizem ser difícil mesmo... mas como eu não costumo desistir, peguei gosto, mas o final de ano corrido não me deixou finalizar mesmo. Acredito que até a próxima semana isso aconteça.

O balanço profissional foi positivo, no ano de 2021 tivemos vários desafios no ambiente de trabalho e fui recompensada com um convite muito legal, substitui minha coordenadora em suas férias, o que achei simplesmente sensacional, afinal de contas, é maravilhoso ser ouvida, compreendida e acatada em nível superior hehehe... não que eu não seja, hoje se eu reclamar disso serei injusta. Não é tudo lindo e maravilhoso, mas ainda assim é muito bom e criticar seria uma injustiça tremenda.

Ser coordenadora em exercício por alguns dias foi algo fora de série, ter aquela responsabilidade, tomar decisões, assinar, ser respeitada de uma forma distinta e ter esse reconhecimento até hoje é algo que guardarei no coração e na memória para sempre.

Bom, acho que é isso, encerrei 2021 fazendo algumas das coisas que desejei no balanço de  2020, pude abraçar quem amo, estar mais próxima das pessoas queridas, vacinada com as duas doses, e no aguardo da terceira e muito feliz com isso. E que 2022 possamos dar continuidade a esse “novo normal”, onde os abraços, apesar de escassos, já estão acontecendo, que as reuniões com amigos e pequenas confraternizações já estão acontecendo também... que seja um ano de muita saúde pra todos e que esse COVID se vá de vez, para termos um pouco mais de paz, por favor.

Que Deus os abençoe e que 2022 seja um belo ano para todos nós.

Bjo Bjo