Oie...
desde que este ano começou, foi a primeira vez que não consegui cumprir o meu
combinado... postar todas as semanas!
Enfim, as três últimas semanas foram corridas. Duas turmas finalizadas dia 31 de março e em consequência, zilhões de artigos para corrigir... pensem em alguém cansada mentalmente... essa sou eu. Hunf!!!
Cansada
pra caramba... e estou com dor de cabeça, muita dor de cabeça... e essa semana
ainda tem o casamento da minha querida amiga Camila e aff, como madrinha sofre
por tabela hehe!
Mas
vamos lá, foco dona Melissa, foco... e o foco é no livro lido... lido a umas
duas, quase três semanas atrás, antes do fervo começar!
Esse
é um daqueles livros que eu não queria terminar de ler... que quando foi
chegando no final... eu fui lendo mais devagar, porque ao mesmo tempo que eu
queria saber o que ia acontecer, eu não queria que ele acabasse... e agora,
estou órfã de livro e com o coração despedaçado... estou falando do livro Como
eu Era Antes de Você... de Jojo Moyes.
Acho
que todos deveriam ter um Will Traynor em suas vidas... e junto com ele,
experimentar todos os tipos de sentimentos que se é possível ter nesta vida de
meu Deus...
Will
é uma daquelas pessoas que teve tudo na vida... tudo o que o dinheiro pudesse
comprar, ele tinha.
Homem
bonito, bem apessoado, inteligente, fã de aventuras radicais... nada lhe
passava em vão, nada lhe passava despercebido.
Até
que um dia a sua vida muda radicalmente... e num ato simples, corriqueiro... ao
atravessar a rua, tudo mudou... ao atravessar a rua e um motoqueiro vir de
encontro a si, TUDO MUDOU!
E
o Will jovem, descolado, lindo, inteligente e super alto astral se torna o Will
mau humorado, aprisionado em uma cadeira de rodas para o resto de sua vida. O
Will de 35 anos, com uma vida toda pela frente se vê preso a uma cadeira de
rodas e sem perspectivas de futuro.
...
Do
outro lado da história temos Louisa Clark, típica moradora de uma pequena
cidade... sem grandes ambições na vida, trabalha num café como garçonete e
namora com um triatleta que só tem olhos para si mesmo... mas ela acha que
aquilo é normal, já estão a tanto tempo juntos que cada um tem a sua
individualidade e que isso é respeitar um ao outro. Ela tem 26 anos, um gosto
duvidoso para roupas, um pouco de inveja da irmã que, mesmo sendo mãe solteira,
ainda parece merecer um pouco mais atenção dos pais do que ela, pois é mais
inteligente e bla bla bla... e assim ela leva a vida... e se dá por satisfeita.
Pensa que um dia vai casar com Patrick, seu namorado a tantos anos, e que a
vida vai permanecer como está! Até que algo também acontece em sua vida... o
café em que ela trabalha a tantos anos fecha... e aos 26 anos, sem grandes
qualificações, Lou se vê desempregada e sem perspectivas na vida.
E
assim, ao buscar um emprego no centro de empregos da cidade, a vida dela
encontra a vida de Will... pois ela passa a ser a cuidadora dele... contra
todas as perspectivas e possibilidades, já que ela não tem qualificação
nenhuma... mas parece que algo nela chama a atenção da mãe de Will e ela é contratada.
“Ser atirada para dentro de uma vida totalmente diferente
– ou, pelo menos, jogada com tanta força na vida de outra pessoa a ponto de
parecer bater com a cara na janela dela – obriga a repensar sua ideia a
respeito de quem você é ou sobre como os outros o veem”. p. 58
Louisa
entra na vida de Will depois de dois anos do acidente... neste período, ele já
passou por todo tipo de dificuldade e já não tem nenhuma vontade de viver... é
amargo, trata a todos com sarcasmo, o humor negro é o que prevalece, isso
quando não se fecha totalmente, simplesmente ignorando as pessoas que estão a
sua volta.
Por
mais que a tecnologia evolua, por mais que existam avanços na medicina, não há
muito que possa ser feito, não existe cura, apenas ações paleativas que
amenizam a sua dor, e ainda assim, só temporariamente, então pode-se dizer, que
Will tinha uma sobrevida, uma vida pela metade, ainda mais ele que gostava
tanto de aventuras.
E
isso, para Louisa foi muito difícil no começo, pois ele fazia de tudo para
afastá-la. Para mantê-la distante... para que ela desistisse dele, assim como
fez com todas as outras cuidadoras que vieram antes dela. Ela foi contratada
por um período de seis meses. E são estes seis meses os mais surpreendentes da
vida de ambos no final das contas, são os seis meses mais inimagináveis
possíveis para ambos. E porque?
Porque
a convivência faz maravilhas na vida das pessoas... porque a convivência faz
com que as pessoas criem afeto, passem a se relacionar... e mesmo que num
primeiro momento essa relação seja através de “farpas” e algumas “patadas”...
pode-se dizer até que através de uma troca de grosserias, as pessoas se
afinam... e se acostumam umas com as outras, e passam a depender umas das
outras, a sentir falta umas das outras.
E
assim, entre Will e Lou nasce uma linda amizade, um lindo amor, mesmo que eles
não se dêem conta disso num primeiro momento, ou que não queiram admitir, não
queiram “dizer me voz alta” digamos assim.
Outra
questão muito interessante do livro, é como a autora mostra de maneira tão real,
as necessidades e dificuldades vividas por uma pessoa que faz uso de cadeira de
rodas. Como são as suas limitações. E também, como as pessoas reagem a elas...
e como essas reações normalmente são negativas.
Enfim,
o livro é fantástico e deixa uma necessidade de reflexão... e o fim, ah... o fim
é completamente inesperado!!!!
Se
não leram, esta é a dica do ano... ao menos por enquanto hehe!
Então
é isso, vamos conversar?
Bjo
bjo