quinta-feira, 30 de abril de 2015

Antes que Os Pássaros Acordem



Sempre que termino de ler um livro muito bom, fico com aquela sensação de “abandono”, de que fiquei órfã do livro finalizado e iniciar uma nova leitura é um desafio, pois a expectativa está muito alta devido ao livro findado.

E como o último livro lido foi simplesmente perfeito, quando comecei a ler “Antes que os Pássaros Acordem”, não gostei muito dele... ou melhor, eu não estava entendendo ele... e confesso que pensei até em desistir da leitura, mas como vocês já devem saber, não gosto disso, não gosto de desistir de uma leitura, então continuei, apesar de não estar entendendo direito a história, muito menos o seu objetivo.

Este livro é uma obra de Josué Montello, escritor brasileiro, que era membro da Academia Brasileira de Letras e que faleceu em 2006. Foi escrita em 1987 e todas as resenhas que vi na internet sobre ela (muito poucas por sinal), foram negativas, todas dizem não ter gostado da história, que o livro é fraco, que o romance é sem “sal” como foi o termo utilizado por alguém.

Este foi um dos livros que comprei na Bienal do Livro ano passado, e o fiz por conta da capa... e adivinhem o que tem na capa do livro? A Torre Eiffel, claro, hehe... 



 A história contada é sobre Gérard, Isabelle (sua esposa) e David (um judeu que fez algo que muitos gostaria de ter feito) e da invasão dos alemães à França e de todo estrago que Hitler fez por lá naquele período e mais especificamente na vida destas três pessoas.

No final das contas a história me envolveu e eu queria saber o que um episódio de reflexos mundiais faz na vida de pessoas comuns, o que muda no seu dia a dia e, portanto, segui a leitura, que acabou me envolvendo pouco a pouco, até chegar ao final que sim, pode-se dizer, foi mais surpreendente e inesperado do que o possível. 

Não foi o melhor livro, porém, classificá-lo como o pior seja injusto. É um livro mediano eu diria, uma leitura muito diferente do que estou acostumada, mas que gostei de experimentar.

Descobri nas minhas pesquisas, uma vasta lista de literatura de Josué Montello. 

E vocês, já leram algum livro dele? Vamos conversar?

Bjo bjo

sexta-feira, 24 de abril de 2015

O Exótico Hotel Marigold



E de vez em quando a TV aberta nos dá uma boa surpresa e este filme foi uma destas gratas surpresas.

Já pela propaganda senti que valeria a pena assistir e realmente foi uma ótima decisão aguardar até super tarde já que tinha aquele programa mega chato que está no ar há tantos anos e que estava no seu penúltimo dia e parecia que não acabava nunca hehe... (acho que vocês sabem qual programa é né?). 

Enfim... a história é linda e tem uma lição tão boa, tão interessante. Fora que despertou a vontade de conhecer a Índia, local que até então não passava de jeito nenhum pelas minhas rotas de viagens hehe...

Sempre que leio um bom livro ou assisto a um bom filme, gosto de fazer uma pesquisa pela internet, para ver a opinião de outras pessoas... para ver se compartilhamos da mesma opinião ou se eu penso diferente da maioria das pessoas. E normalmente eu compartilho da mesmo opinião das pessoas, mas em duas situações específicas... neste filme e no livro que será tema da próxima postagem, a opinião da grande maioria das pessoas é diferente da minha.

Muitas pessoas disseram que este filme é fraco, que não tem emoção, que é mais do mesmo. E eu discordo totalmente disto, mas enfim, opinião é opinião e vamos respeitar, não é mesmo?!

Para mim, este filme passou uma mensagem muito positiva, primeiro porque uma pessoa que pensa na terceira idade como prioridade, e diz que já que os seus países não os quer, que eles vão para o seu país e que se hospedem no seu hotel para que os seus “últimos dias de vida” sejam os melhores, eu achei o máximo! Mas, além disso, a relação que cada um daqueles sete “idosos” (que na realidade não são tão idosos assim, pois a idade pode sim ser algo relativo) cria com aquele local e com as outras pessoas que vão para aquele hotel, cada uma por um motivo totalmente diferente, mas que acabam se conectando de alguma forma no final das contas, é simplesmente fantástico.

Outra questão mostrada é que não existe tempo para você se encontrar na vida, nunca é tarde para achar um rumo e ser feliz. O tempo e o momento somos nós que criamos. Sim, sim, é meio clichê, eu sei, mas deu tão certo ali. Talvez na vida real não funcione tão bem, é claro, mas ele deu tantas esperanças, um alento, uma luz no final do túnel, um “pode sim ser possível” que as coisas se ajustem, mesmo que leve um tempo maior do que a gente imaginava. Se para aquelas pessoas que estavam “no final” de suas vidas as coisas aconteceram, por que na sua vida não acontecerão?
A esperança é a última que morre, essa é a mensagem que fica....
Mas só para resumir, a história contada é dos aposentados: Muriel, Douglas, Jean, Evelyn, Graham, Madge e Norman decidem curtir a aposentadoria em lugar diferente e o destino é a Índia. 

Eles escolhem o Hotel Marigold pelo que veem na internet e as fotos do lugar são encantadoras, porém, quando chegam lá, não é bem do jeito das fotos, pois na realidade o hotel está passando por reformas para ficar como está nas fotos... que são de um passado bem distante... e o dono do hotel, Sonny, está em busca de investidores para continuar essa reforma e para isso, precisa de hospedes. Porém, já que estão lá, este peculiar grupo da terceira idade, resolve tentar “aproveitar o momento”.

Evelyn, depois que o seu esposo morre e se vê cheia de dívidas para pagar, decide vender a sua casa, pagar tudo o que o marido deixou de contas e buscar uma nova oportunidade para si... e acreditem, ela encontra e ao final do filme fica muito claro que ela nunca foi tão feliz em toda a sua vida antes disto.

Graham dedicou toda a sua vida ao direito, porém tinha uma vida pessoal complicada, ou melhor, não tinha a vida pessoal que gostaria e seu retorno, sim retorno a Índia foi para resolver, esclarecer algumas coisas para então, descansar em paz.

Jean e Douglas, ao se aposentar acharam que poderiam se mudar para uma casa mais confortável e ter uma vida melhor... mas como não conseguiam encontrar algo que agradasse a ambos, resolveram viajar e lá descobriram que suas vidas seriam melhores de outra maneira.

Muriel é um caso a parte, super preconceituosa com pessoas de cor, vai parar na Índia para fazer uma cirurgia do quadril que o seu convênio na Inglaterra não cobre e que levaria anos para fazer pelo sistema único de saúde. E lá, além de fazer a cirurgia e conseguir voltar a andar,  ela consegue expor seus sentimentos, mostrar o que realmente a magoou no passado e reconstruir sua vida, descobrindo o que realmente ela pode fazer de bom da vida e ser feliz com isso.

Madge e Norman são dois eternos jovens.... ela em busca de um novo marido e ele em busca da eterna juventude. 

Com o passar do tempo, estes “jovens senhores e senhoras”, descobrem muitos encantos inesperados, tanto no hotel, como na cidade e nas pessoas daquele belo lugar. E no final do filme fica claro como o hotel, as pessoas, suas relações e aquele belo país muda para sempre o futuro de cada uma dessas pessoas! =)




Mas então é isso pessoal... se por acaso vocês não tiveram a oportunidade de assistir quando passou na TV, peguem na locadora, vejam pela net, mas assistam, pois eu acho que vale a pena, depois, me contem o que acharam.

Então é isso, vamos conversar?

Bjo bjo

sábado, 18 de abril de 2015

Parabéns pra Você

Parabéns pra você que distorceu as minhas palavras e criou uma confusão sem tamanho e sem necessidade!
Essa semana não tenho condições de postar nada pois o tombo e a decepção são grandes demais para me permitirem mais que isso.
Espero estar melhor para a próxima semana.
Aos leitores queridos, fiéis,  verdadeiros e "escudeiros" que me acompanham a tanto tempo,  desculpem o desabafo.

sexta-feira, 10 de abril de 2015

Como Eu Era Antes de Você



Oie... desde que este ano começou, foi a primeira vez que não consegui cumprir o meu combinado... postar todas as semanas!

Enfim, as três últimas semanas foram corridas. Duas turmas finalizadas dia 31 de março e em consequência, zilhões de artigos para corrigir... pensem em alguém cansada mentalmente... essa sou eu. Hunf!!!

Cansada pra caramba... e estou com dor de cabeça, muita dor de cabeça... e essa semana ainda tem o casamento da minha querida amiga Camila e aff, como madrinha sofre por tabela hehe!
 
Mas vamos lá, foco dona Melissa, foco... e o foco é no livro lido... lido a umas duas, quase três semanas atrás, antes do fervo começar!

Esse é um daqueles livros que eu não queria terminar de ler... que quando foi chegando no final... eu fui lendo mais devagar, porque ao mesmo tempo que eu queria saber o que ia acontecer, eu não queria que ele acabasse... e agora, estou órfã de livro e com o coração despedaçado... estou falando do livro Como eu Era Antes de Você... de Jojo Moyes.

 
Acho que todos deveriam ter um Will Traynor em suas vidas... e junto com ele, experimentar todos os tipos de sentimentos que se é possível ter nesta vida de meu Deus... 

Will é uma daquelas pessoas que teve tudo na vida... tudo o que o dinheiro pudesse comprar, ele tinha.

Homem bonito, bem apessoado, inteligente, fã de aventuras radicais... nada lhe passava em vão, nada lhe passava despercebido.

Até que um dia a sua vida muda radicalmente... e num ato simples, corriqueiro... ao atravessar a rua, tudo mudou... ao atravessar a rua e um motoqueiro vir de encontro a si, TUDO MUDOU!

E o Will jovem, descolado, lindo, inteligente e super alto astral se torna o Will mau humorado, aprisionado em uma cadeira de rodas para o resto de sua vida. O Will de 35 anos, com uma vida toda pela frente se vê preso a uma cadeira de rodas e sem perspectivas de futuro.

...


Do outro lado da história temos Louisa Clark, típica moradora de uma pequena cidade... sem grandes ambições na vida, trabalha num café como garçonete e namora com um triatleta que só tem olhos para si mesmo... mas ela acha que aquilo é normal, já estão a tanto tempo juntos que cada um tem a sua individualidade e que isso é respeitar um ao outro. Ela tem 26 anos, um gosto duvidoso para roupas, um pouco de inveja da irmã que, mesmo sendo mãe solteira, ainda parece merecer um pouco mais atenção dos pais do que ela, pois é mais inteligente e bla bla bla... e assim ela leva a vida... e se dá por satisfeita. Pensa que um dia vai casar com Patrick, seu namorado a tantos anos, e que a vida vai permanecer como está! Até que algo também acontece em sua vida... o café em que ela trabalha a tantos anos fecha... e aos 26 anos, sem grandes qualificações, Lou se vê desempregada e sem perspectivas na vida.


E assim, ao buscar um emprego no centro de empregos da cidade, a vida dela encontra a vida de Will... pois ela passa a ser a cuidadora dele... contra todas as perspectivas e possibilidades, já que ela não tem qualificação nenhuma... mas parece que algo nela chama a atenção da mãe de Will e ela é contratada.


“Ser atirada para dentro de uma vida totalmente diferente – ou, pelo menos, jogada com tanta força na vida de outra pessoa a ponto de parecer bater com a cara na janela dela – obriga a repensar sua ideia a respeito de quem você é ou sobre como os outros o veem”. p. 58


Louisa entra na vida de Will depois de dois anos do acidente... neste período, ele já passou por todo tipo de dificuldade e já não tem nenhuma vontade de viver... é amargo, trata a todos com sarcasmo, o humor negro é o que prevalece, isso quando não se fecha totalmente, simplesmente ignorando as pessoas que estão a sua volta. 

Por mais que a tecnologia evolua, por mais que existam avanços na medicina, não há muito que possa ser feito, não existe cura, apenas ações paleativas que amenizam a sua dor, e ainda assim, só temporariamente, então pode-se dizer, que Will tinha uma sobrevida, uma vida pela metade, ainda mais ele que gostava tanto de aventuras. 

E isso, para Louisa foi muito difícil no começo, pois ele fazia de tudo para afastá-la. Para mantê-la distante... para que ela desistisse dele, assim como fez com todas as outras cuidadoras que vieram antes dela. Ela foi contratada por um período de seis meses. E são estes seis meses os mais surpreendentes da vida de ambos no final das contas, são os seis meses mais inimagináveis possíveis para ambos.  E porque?

Porque a convivência faz maravilhas na vida das pessoas... porque a convivência faz com que as pessoas criem afeto, passem a se relacionar... e mesmo que num primeiro momento essa relação seja através de “farpas” e algumas “patadas”... pode-se dizer até que através de uma troca de grosserias, as pessoas se afinam... e se acostumam umas com as outras, e passam a depender umas das outras, a sentir falta umas das outras. 

E assim, entre Will e Lou nasce uma linda amizade, um lindo amor, mesmo que eles não se dêem conta disso num primeiro momento, ou que não queiram admitir, não queiram “dizer me voz alta” digamos assim.



Outra questão muito interessante do livro, é como a autora mostra de maneira tão real, as necessidades e dificuldades vividas por uma pessoa que faz uso de cadeira de rodas. Como são as suas limitações. E também, como as pessoas reagem a elas... e como essas reações normalmente são negativas.

Enfim, o livro é fantástico e deixa uma necessidade de reflexão... e o fim, ah... o fim é completamente inesperado!!!!

Se não leram, esta é a dica do ano... ao menos por enquanto hehe!

Então é isso, vamos conversar?

Bjo bjo