segunda-feira, 10 de maio de 2021

A Mulher do Viajante no Tempo

 Olá Pessoas, tudo bem com vocês?

E ai, como vai o isolamento social depois de um ano de Pandemia?  O que vocês tem feito durante este tempo? A rotina continua a mesma? Aqui continuo em home office, indo trabalhar uma ou duas vezes por semana, vendo minha baixinha crescer em graça, alegria e muita energia, às vezes uns surtos para deixar a vida mais emocionante, cansada, feliz e triste, tudo ao mesmo tempo. Acho que como todos no final das contas.

Mas eu vim aqui pra falar de mais um livro que li... o segundo deste ano, uhuuuu, estamos progredindo, viva! E foi mais uma super escolha do meu kobo, que está recheado de livros “velhos” se levarmos em consideração que ele ficou parado alguns anos, tadinho, sem atualização e leitura.

A escolha da vez foi: “A Mulher do Viajante no Tempo” de Audrey Niffenegger, publicado em 2003. Este levei um pouco mais de tempo para ler do que o primeiro, mas porque a rotina do dia a dia ficou um pouco mais acelerada, mas também porque no início ele me pareceu um pouco estranho, não parecia fazer muito sentido, mas insisti e valeu muito a pena, me apaixonei pela leitura, história linda, um amor genuíno. =)


Vocês já pararam pra pensar na possibilidade de ir e vir no tempo? Hoje eu estou aqui, no meu “presente”, daqui a pouco eu volto lá para o meu passado, quando tinha lá pelos meus 5 anos e amanhã, viajo para o futuro, com os meus 60 anos, já “idosa”... Aproveito para rever algum momento que me foi muito grato, ou tentar entender algo que não ficou muito claro... ou ainda, ver as consequências de algo que fiz no meu “hoje”. Tudo isso sem, claro, poder interferir em nada.

Pois então, esta  é a vida de Henry, que sofre de um distúrbio genético raro. E por conta deste distúrbio, sempre que ele sofre algum stress, acaba fazendo uma viagem no tempo... não é algo que ele consiga controlar, quando percebe, já está em outro local, em outro tempo, em outra “vida”. E é assim que ele conhece o grande amor da sua vida, Clare, para quem o tempo passa normalmente.

Henry descobriu aos 5 anos que poderia viajar no tempo, para o passado e o futuro, retornando ao presente, através deste distúrbio genético que ele tem. Nestas viagens, ele sempre vai para momentos relacionados de alguma forma a sua vida com Clare, seus pais, ou ainda seus amigos, e ele não tem controle, como falei acima,então, ele não sabe como, quando e para onde irá, por isso, ele está sempre correndo, treinando, pois já se colocou em várias situações de perigo, onde precisou fugir, por exemplo, de cachorros, polícia, bandidos, entre outras situações bem bizarras, precisando se adequar a cada idade que “visita”. E com o passar do tempo, estas viagens se tornam mais frequentes, o que começa a deteriorar a sua saúde.

Henry conhece Clare quando ela é ainda uma menininha, e não entendia direito como aquele homem aparecia e desaparecia do nada em sua vida... só entende que não deve falar nada para ninguém, então, mantêm estes encontros em segredo!

Com o passar das “visitas”, cria-se um vínculo entre eles, Clare entende que ele chega nu e que precisa de roupas, que normalmente, está com fome também, então, deixa escondido num lugar combinado, uma cesta com roupas e algumas guloseimas. Em uma dessas visitas Henry escreve em um caderno algumas datas e horas em que aparecerá para vê-la... e algumas das datas são longes e assim, muitos anos se passam.... e eles vão se conhecendo melhor e se apaixonando.

Clare entende que cada vez que ele aparece, está com uma idade diferente, pois vêm de uma época diferente, mas isso não a incomoda, pois o que ela quer, é saber mais dele, e quando será, finalmente, o presente deles, quando finalmente, irão, “se conhecer” no tempo real e viver sua vida “de verdade”. Onde ela poderá apresentar Henry para sua família, se casar, ter filhos e viverem “felizes para sempre”. Pois sim, ela sabe que eles irão se casar, isso Henry contou para ela, que ela será sua esposa... e isso a encanta e, apesar das “dores de amor” por não ter certeza de quando isso acontecerá, de quanto tempo demorará, e de como será a vida deles no “presente”, ela anseia para que isto aconteça logo.

Quando este presente acontece, a vida deles é real, o amor é real, com o felizes para sempre que ela sempre sonhou, mas também, com as dores da vida de casados que todos tem... as realizações profissionais que nem sempre caminham como a gente quer, as contas pra pagar, a comida pra fazer, a roupa pra lavar, o anseio por ter filhos e em meio a tudo isso, o medo toda vez que o seu amado “some”.... durante uma conversa em que ela se vira e de repente só vê as roupas no chão... ou ainda, quando dorme ao lado do seu amado e acorda sozinha... ou quando ele vai tomar banho e de repente percebe que o chuveiro está ligado para ninguém.

Quando as viagens no tempo acontecem, Clare não sabe para que tempo Henry vai, nem quanto tempo vai ficar fora, nem se vai voltar bem, se alguém vai ajudá-lo, recebê-lo... se ele terá roupas para vestir, comida, se tudo correrá bem... e assim cada “sumiço” é uma angústia.

E tem também a questão da saúde de Henry, que passa a se tornar mais frágil a cada viagem... e apesar dos cuidados médicos que recebe, percebe-se que ele pode partir “de verdade” em alguma dessas viagens... e  isso aterroriza Clare  sobremaneira. Junte-se a isso o relógio biológico gritando, pedindo um filho e o medo de Henry que isso possa trazer problemas ao bebê... as tentativas frustradas, as brigas por conta disso... e a história te envolve de uma maneira que você não quer mais largar o livro.

É um livro extenso... tem mais de 400 páginas e você nem liga, só quer saber o que vai acontecer, se eles vão realmente viver este amor verdadeiro, genuíno... se eles vão conseguir perpetuar este amor com um filho e se vão, de fato, viver felizes para sempre!

Mas daqui para frente, melhor parar de escrever para não dar spoiler que comprometa a leitura, mesmo sabendo que o livro já é velhinho e que bons leitores já passaram por ele.

Mas e ai, já leram este lindo livro? Curtiram? Contem pra mim... vamos conversar?

Bjo bjo