Foto: Dilok Klaisataporn/iStockphoto.com
E ai Pessoal, tudo bem com vocês?
E cá estou eu, novamente, para o
balanço anual.
Como vocês estão carecas de saber,
2020 foi um ano totalmente atípico, e mesmo achando que devido a isso eu
conseguiria ter tempo para ler, fazer coisas distintas e poder escrever mais,
na realidade, o tempo “livre”, foi menor do que eu jamais imaginei que seria.
Foram apenas 3, 3 as postagens em
2020, que coisa...
Bom, o ano começou como todos os
outros, com várias boas proposições, desejos, vontades, vamos pedalar mais,
vamos visitar e receber mais os amigos, vamos viajar, quero ler mais, sair de
casa, vamos desfraldar a Maria, vamos vamos vamos.... vamos é ficar em casa,
pois um cara chamado covid 19 resolveu chegar de mala e cuia, se instalar em
todo o mundo e ditar todas as regras.
Até meados de março a vida seguiu
razoavelmente “normal”, mas desde o dia 23/03/2020, até hoje, sim, até hoje,
estou em home office... (desde outubro, vou uma vez por semana trabalhar
fisicamente na empresa).
Desde então achei que fosse
enlouquecer, que fosse virar master chef,
que fosse explodir de tanto que engordei... chorei, tive picos de depressão, ri,
vi muitos filmes e seriados, trabalhei mais do que jamais imaginei,pois quem
acha que em home office se trabalha menos está redondamente enganado.
Soma-se ao trabalho formal,
lavar, limpar, cozinhar, cuidar da filha, do cachorro, manter minimamente a
sanidade mental, e você verá que a conta não bate. Por diversas vezes achei que
não fosse dar conta, às vezes ainda acho que não vou dar.
Ainda choro... ainda me
descabelo, ainda me desespero... mas também, aprendi a ver o lado bom... o lado
do apoio das mães saneparianas (nunca foi tão importante ter essa rede de apoio
– mesmo que apenas virtual). Quer ver o melhor lado dessa pandemia? Poder
acompanhar de perto o desenvolvimento da Maria. Cada passo do crescimento, cada
vitória, cada aprendizado, cada coisinha mínima que seja que seriam as
professoras na escola que veriam, eu vi.... eu bati palmas, eu cresci junto, eu
aprendi junto. Fizemos as tarefinhas da escola junto, ri junto, curti e me
diverti junto com ela, entendi suas frustrações quando alguma coisa não dava
certo nas atividades, quando ela não conseguia e quando eu não conseguia
também, tentar ajudar, orientar, ensinar.... e vi, o quanto as professoras são
importantes e especiais na vida dos nossos filhos... e o quanto devemos
agradecer, valorizá-las e respeitá-las.
Essa pandemia também fez nossa
relação com os vizinhos se afinar mais do que nunca... com a graça de Deus
temos bons vizinhos. E como tem várias crianças no condomínio, a relação da
Maria com outras crianças não acabou sendo afetada como vemos acontecer tanto
por ai... aqui temos parquinho e muitas crianças para brincar. Não é na rua
como era na minha infância, mas é quase isso... fica pra fora de casa (sempre
que posso acompanhar, pois ela ainda é muito pequena pra ficar sem
supervisão)... ou dentro de casa, ou na casa de algum dos vizinhos que estão
sempre de porta aberta pra receber a minha baixinha que tem sempre um sorriso
no rosto para dar para quem passa por ela.
Bom, mas vamos aos dados
numéricos, aqueles que eu tanto gosto hehe:
Quanto aos filmes e seriados, foram
1114, uau, acho que foi um recorde..., tipo praticamente o dobro do ano passado.
Destaque para o filme A Menina e
o Leão. Esse ano que passou resgatei Greys Anatomy na minha vida, voltei a
assistir desde a primeira temporada. Sobre os seriados, um que curti muito foi
How to Get Away with Murder, que estou ansiosa pela estreia da sexta temporada
agora no início do ano. Outras séries que gostei bastante foram Marcella, o
Segredo do Templo e Bordertown.
O filme “A Menina e o Leão” conta
a história de Mia e do leão branco Charlie. Mia e sua família vivem em uma
fazenda de criação de leões na África do Sul e Mia se apega a este leão,
criando uma relação de amizade que perdura até a sua adolescência, quando ela
percebe que ele poderá ser vendido para um homem que pretende colocá-lo num local
onde possivelmente será morto por diversão por caçadores. Neste momento ela
inicia uma jornada para salvar seu amigo, percorrendo um caminho cheio de
dificuldades para chegar até uma reserva ambiental onde ele poderá viver em
segurança com outros leões.
Greys Anatomy dispensa
comentários... a série médica com maior tempo na história.... 17 temporadas.
Estou ansiosa para ver a 17ª temporada logo.
How to Get Away with Murder, com tradução
no Brasil: Como Defender um Assassino, foi indicação de um estagiário querido e
assim como todas as outras séries que ele indicou, eu amei. Uma famosa advogada
de direito criminal, professora renomada de uma grande universidade, escolhe 5
de seus alunos para participar de um programa especial, onde eles podem atuar
em casos reais que ela está advogando em seu escritório particular. São casos
de arrepiar. A trama é boa, e eles acabam se envolvendo em crimes também, o que
deixa tudo mais emocionante ainda.
Marcella é mais uma série
policial... Marcella é detetive investigativa, trabalha em Londres... tem sua vida
pessoal destruída depois de um casamento de 12 anos, é psicologicamente
instável, considerada por muitos literalmente perturbada, por isso se afasta do
trabalho, porém, quando um serial killer que tem relação com um caso antigo
dela aparece, ela retorna ao trabalho. Ao retomar sua carreira, fica claro que,
profissionalmente, ela é imbatível. E parece que vêm a terceira temporada por
ai. Fico no aguardo!
O Segredo do Templo – traduzido como
O Segredo do Templo, tem como título original The Gift, O Presente. É uma série
turca, que conta a história de Atiye, uma pintura em ascensão e Erhan, um
arqueólogo prestes a se tornar famoso por ter descoberto o templo mais antigo
do mundo, escavação que tinha sido iniciada pelo seu pai, muito tempo antes. A
vida dos dois se cruza quando ela vê que um símbolo que ela sonha, desenha e
retrata em suas obras desde sempre aparece em uma reportagem sobre os achados
arqueológicos de Erhan.
Achando aquilo coincidência
demais, Atiye embarca em uma viagem para o local das escavações para tentar
entender de onde vêm aquele símbolo e por que ela sempre foi “assombrada” por
ele... Durante sua busca ela descobre que estes símbolos tem relação com o seu
passado e que muito lhe foi escondido a vida toda. Ao perceber que ela está
começando a desvendar coisas do passado, sua mãe e o pai de seu noivo tentar
impedir, inclusive induzindo uma esquizofrenia a moça. Eu sei que se continuar a escrever vou dar spoilers demais... espero
que logo venham novas temporadas, pois a história ficou inacabada.
Bordertown – essa também é uma
série policial, é acho que foi o ano das séries policiais, hehe... ela conta a
história de Kari Sorjonen, um detetive muito, muito bom no que faz, na
Finlândia, mas que resolve se mudar para uma pequena cidade chamada
Lappeenranta, que fica na fronteira com a Rússia para poder ficar mais próximo
da família, já que sua esposa está doente e precisa de mais atenção. Porém, ele
é convidado para chefiar uma equipe, em uma nova divisão de crimes hediondos e
ele não resiste e o que era para ser uma vida mais tranquila se transforma em
desvendar assassinatos bizarros e outros casos complexos como prostituição,
sequestros e tráfico de drogas, levando trabalho para casa ou trabalhando até
tarde todos os dias. Isto reflete na sua relação com a esposa que vai adoecendo
cada vez mais e na relação com sua filha adolescente, que faz de tudo para
desafiá-lo e também, passa a ter um comportamento estranho depois que algumas
situações ocorrem, mas que se eu falar aqui, estraga a história.
Enfim, sobre os filmes/séries é
isso... agora, sobre os livros, senhOOOr, que lástima, foram apenas dois,
dooooois livros: A Coroa da Vingança, de Colleen Houck, que é o terceiro livro
dos Deuses do Egito e A Garota no Trem de Paula Hawkins. Sobre este último,
cheguei a fazer um esboço de texto no meu caderno para escrever no blog, logo
que finalizei a leitura, no final de agosto do ano passado, mas não terminei de
escrever, nem passei pro PC, que vergonha... mas essa é uma meta para este ano,
hehe... o próximo post será sobre este livro, que diga-se de passagem, li em 4
dias, livro louco de bom.
O balanço profissional fica
difícil fazer, pois com o home office é difícil mensurar algum desenvolvimento.
O que posso dizer com certeza é que, de fato, se trabalha mais em casa que na
empresa, e que é muito mais fácil manter o foco e tudo o mais estando no seu
ambiente de trabalho. Ainda assim, foi possível dar vazão a algumas questões
que necessitavam de atenção e que estavam paradas pela demanda do dia a dia e
que, num primeiro momento, devido as incertezas da pandemia, ficou parada a
rotina diária, então, foi possível arrumar a casa, digamos assim.
Sobre as viagens, por incrível
que pareça, no feriado do início de novembro, burlamos a quarentena e fomos
para Itapoá passar uns dias... ficamos na Pousada Alvarenga, que estando lá,
descobri ser dos pais de um colega de trabalho. Fomos a Maria, a mãe, o Bolinha
e eu e depois o Kadu se juntou a nós. Foram apenas três dias, mas já deu para
aproveitar alguma coisa. O tempo ficou bom, então deu até pra Maria tomar um
banho de mar. Adorou tudo... já tinha ido para a praia, mas era menorzinha,
então, dessa vez aproveitou bem... brincou de se esbaldar na areia, na água do
mar, correu, pulou, fez castelo de areia, buraco na areia, pulou onda, correu
atrás de passarinho, comeu sorvete, milho, churros, fez de um tudo que deu
tempo, hehehehe
Nas paragens do coração, os altos
e baixos de toda relação continuam por aqui, ainda mais em tempos de
pandemia... estar em casa, tendo que trabalhar e com toda a carga que vêm com
isso, se tornou bem desgastante e isso se refletiu na nossa relação, claro, mas
com muita conversa, algumas brigas, muito stress, choro e uns gritos, estamos
bem hehe... sobrevivendo dia após dia ao sacramento que escolhemos viver. Não é
fácil, é verdade, mas seguimos conversando (nem sempre como eu gostaria),
aprendendo, se conhecendo, respeitando os limites e cada um, abrindo mão aqui e
ali, correndo atrás, e vamos seguindo em frente. O importante é que o amor segue firme, então
vamos lá,para mais um ano juntos.
Bom, acho que é isso, encerramos
2020, o ano em que vivemos uma pandemia, e que parece não estar perto de
terminar, ano atípico, diferente, mas sobrevivemos apesar de tudo, com saúde,
perto dos nossos e fortalecendo laços... que 2021 seja um ano mais suave é o
que mais desejo, que ele traga a vacina que tanto queremos e com ela, um pouco
mais de tranquilidade para que possamos ao menos, abraçar quem amamos, para que
possamos estar junto aos amigos com mais frequência... mas, por enquanto, os
abraços continuam virtuais e a vida, segue esse “novo normal”.
Fiquem todos bem, com saúde... é
o meu desejo para o 2021 de todos.
Bjo Bjo