segunda-feira, 29 de junho de 2015

These Are the Rules



No dia 12 de junho fui “comemorar” o dia dos namorados no cinema... na melhor companhia que vocês podem imaginar... a minha! =) hehe

Estava acontecendo na cidade o 4º Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba e como a empresa que trabalho era uma das patrocinadoras master, nós ganhamos convites e poderíamos escolher alguns dos filmes para assistir... então escolhi este: These are the Rules, ou em bom português: Estas são as Regras. O nome original é do filme é Takva su Pravila.


Este filme é de Ognjen Svilicic, nascido em 1971 em Split, na Croácia. Ele dirigiu cinco longas-metragens e trabalhou como roteirista em diversas produções reconhecidas internacionalmente. Ele é professor na Academia de Artes Dramáticas em Zagreb, onde leciona produção de roteiros.
 
Mas enfim, vamos ao filme: ele conta a história de uma típica família croata que vive uma vida comum, simples, onde “cumpre as regras para sobreviver” digamos assim... o pai, Ivo,  sai todos os dias para trabalhar, a mãe, Maja,  cuida da casa e o filho, Tomica, estuda. Até que a rotina dita “normal” é quebrada por uma violência inesperada.

Tomica é um adolescente que gosta de sair a noite com seus amigos e em uma destas noites, é espancado por outro adolescente, voltando para casa já de manhã, ele vai direto para o seu quarto para dormir e procura evitar a presença dos pais, mas mesmo assim não deixa para trás os rituais que fazem parecer com que as coisas estão “normais”... chega e tira o seu tênis, deixando-o ao lado dos calçados dos seus pais, todos alinhados ao lado da porta de entrada, colocando o chinelo, para só então ir para o seu quarto.

Já na hora do almoço, sem meios de evitar mais a presença destes, ele sai do quarto, para o espanto e desespero de sua mãe e também do seu pai, que ficam muito nervosos ao ver o rosto do filho todo machucado.



Pela grande insistência da mãe, o pai leva o filho a um posto de saúde para uma consulta. Lá eles tiram um raio X e dizem que não tem nenhuma lesão, mandando o menino pra casa.

A mãe, um pouco mais conformada, mas nem tanto, fica olhando para aquele raio X, tentando enxergar alguma coisa.



Assim eles almoçam e continuam na sua rotina... Tomica vai tomar um banho e seus pais ficam assistindo TV.

O tempo passa e quando os pais observam que o filho não sai do banho, entram no banheiro e o encontram desacordado no chão do banheiro... e a partir daí começa uma correria para levar seu filho ao hospital, onde descobre-se que na realidade, ele está com uma fratura grave na cabeça, resultado da agressão sofrida.

A namorada de Tomica, ao ligar para o seu celular, fica sabendo por Ivo que o garoto está no hospital e ao visitá-lo, conta para os pais de Tomica que há um vídeo feito pelos colegas, onde aparece o adolescente que foi o responsável pela agressão. Ao ver o vídeo os pais ficam revoltados, chocados e com esta “prova” em mãos, eles vão à delegacia prestar queixa... mas nada é feito.

E o inevitável acontece... e a violência vence mais uma vez... e a burocracia impede que as coisas sejam resolvidas... e apenas por um momento insano, Ivo tenta resolver as coisas ao seu modo.

É um filme diferente... alternativo, mas que leva a uma reflexão sobre as rotinas que temos, desde a maneira como entramos na nossa casa e deixamos o sapato alinhado junto ao dos nossos pais/companheiros... até a dificuldade que temos para acender o fogão, que no filme mostra-se um grande problema para Maja, até a fragilidade que a sociedade nos impõe para que vivamos dignamente bem.

Abaixo faço um ctrl c ctrl v de um parágrafo de Aline Vaz, retirado do site: http://www.aescotilha.com.br/olhar-de-cinema/these-are-the-rules-e-boa-aparencia-do-fragil-lar/, pois acho que ele fecha muito bem este texto:

“Ao sair da sessão de These are the Rules é inevitável não pensar em nossas relações mediadas por regras, por organizações, mundos construídos para que sejam mantidos em pé a todo custo. Desconstruir os grandes castelos de cartas das metrópoles, que escondem seus defeitos edificados, torna-se necessário, é preciso olhar e se envolver com aqueles que estão próximos, mas separados pela organização de uma sociedade que valoriza a materialidade acima dos afetos.Ao fim da sessão a família não é a mesma, o fogão será trocado e o jantar está sendo preparado. A sociedade contemporânea tem conflitos internos, mas as aparências são mantidas, pelos adultos responsáveis por guardar os problemas em gavetas bem organizadas”.




Então é isso pessoal... abaixo segue o trailer do filme para vocês terem um gostinho dele!





(A versão do link abaixo tem legenda em inglês)

Se alguém teve a oportunidade de assistir, comente o que achou, vamos conversar?

Bjo bjo

domingo, 21 de junho de 2015

Objetos Cortantes



Hello Meu Povo!

Tudo bem com vocês?
E cá estou eu com uma ótima leitura para compartilhar com vocês.... Gillian Flynn é fantástica, não adianta hehe... escreve daquele jeito que te prende... que te faz não querer parar... que te faz querer saber o que vai acontecer!
Tudo bem que neste caso, ela te leva a “suspeitar dos suspeitos”... maaaaas, ela te surpreende no final! =)

Nas leituras que fiz sobre este livro na net descobri que este foi o seu primeiro livro... e que estreia, fantástica... perfeita!!!!!



Então... eu estou falando do livro Objetos Cortantes... um livro intrigante, que conta a história de Camille Preaker... repórter de um jornal de Chicago que se vê em uma situação um tanto quanto desconfortável... depois de alguns muitos anos, ter que voltar à sua cidade natal para fazer uma matéria sobre o desaparecimento de uma garotinha e o assassinato de outra.

E desta forma Camille se dirige a Wind Gap, no Missouri, cidade que “abandonou” oito anos atrás. Ela decide hospedar-se na casa de sua mãe... mesmo sabendo que esta não é a melhor ideia... porém, ainda não se sentindo 100% preparada para tal experiência, decide parar em um motel de beira de estrada para tomar (literalmente) um pouco mais de coragem. E isto foi ótimo, pois nem em seus piores pensamentos ela fazia ideia de tudo o que estava por vir!

Primeiramente, no decorrer das páginas ficava difícil entender o nome do livro... e quando eu descobri, caros amigos leitores, que medo, que dó, que tristeza.... mas enfim, que interessante também! Quantas questões mal resolvidas uma família pode ter? Quanta falta de amor uma mãe pode ter com uma filha? E quanto amor ela pode ter por outra(s)? Ou isto tudo é somente uma encenação? Quanto o amor pode sufocar uma pessoa? Quanto a carência e a necessidade de atenção pode fazer mal para uma pessoa? Estes são alguns dos questionamentos que o livro nos leva a ter em seu decorrer.

Muitas palavras circulam a vida de Camille... cada uma com um significado muito particular; cada uma, literalmente, uma cicatriz em sua vida... em seu corpo!

Quanto mais perto de sua velha cidade ela chegava, mais perto de velhas lembranças esquecidas e que ela não gostaria de lembrar. Maior a dor era em seu corpo... maior o formigamento em suas “entranhas”...

Lá ela se viu entre antigos conhecidos e novos moradores, tentando conversar e obter informações sobre os fatos ocorridos para construir sua matéria... quando não conseguiu mais evitar, foi para a casa da mãe, que a recebeu com tamanha indiferença, que chegou a me deixar assustada. Uma mãe não trata um filho deste jeito... principalmente depois de tanto tempo sem vê-lo. Mas enfim... a mãe de Camille reserva tantos mistérios e surpresas nesta trama que aff... chega a deixar sem fôlego.

Mesmo sem gostar muito da ideia, ela permite que a filha fique hospedada em sua casa e assim cria-se uma nova rotina na vida de todos... e aos poucos Camille tenta descobrir o que aconteceu com aquelas duas menininhas... e também, de uma forma muito peculiar, se aproxima de sua meia irmã, Amma, que também reserva muitas intrigantes surpresas no decorrer da história... e de sua mãe, que em certa altura do livro admite que não a ama, que nunca conseguiu amá-la de verdade. E como esta verdade dói em Camille, por mais que no fundo ela já soubesse disto. Mas esta é só uma “pitadinha” do enredo que deixo aqui, para instigar a curiosidade de vocês à lerem este livro intrigante... que te deixa com uma sensação estranha, eu poderia dizer até que um certo ruim, um mal estar... pois ele mexe demais com alguns princípios ditos imutáveis, como o amor de mãe e filhos... como o amor próprio... como a inocência de ser criança... e vou parando por aqui!

Mas então, já leram este livro? Me contem o que acharam... se não leram, leiam e depois compartilhem suas opiniões... vamos conversar?

Bjo bjo