terça-feira, 24 de outubro de 2017

A Violência de Curitiba



A Pior? Sim, acho que foi a pior situação que vivi na vida, até hoje...

E cá estou eu para compartilhar mais um pouco da minha vida com vocês. Lamentavelmente, esta foi uma experiência horrível, e que não desejo para ninguém.

Como alguns já sabem, eu estou grávida, de 14 semanas, e na última sexta-feira (dia 20/10), indo fazer alguns exames de manhã cedo (6h15), eu fui abordada por dois delinquentes que me deram voz de assalto e já foram chegando, me empurrando no chão, tentando tirar minha mochila das costas. Me mandaram não gritar, mas foi só isso que eu consegui fazer, pedir por socorro, pedir ajuda... aleguei estar grávida e eles disseram não estar nem aí, queriam as minhas coisas.

Isto aconteceu na rua 24 de Maio, entre as ruas Engenheiros Rebouças e Getúlio Vargas. Por causa do horário de verão, ainda estava escuro e não tinha ninguém na rua (nem andando, nem de bicicleta, nem de carro). Enfim, era bem cedo, então, eu estava sozinha... e como disse, gritando a plenos pulmões, eles me arrastaram pelo chão, puxando de todo jeito a mochila. 

De repente, um casal começou a gritar que havia chamado a polícia e percebi outras pessoas nas janelas observando tudo... aí os dois meliantes forçaram mais ainda e conseguiram tirar a mochila de mim, saindo correndo.

Depois, só me lembro de atravessar a rua e me jogar no chão, na frente da casa deste casal. Eles me acolheu em sua casa e me levaram (de carro) pra casa... eu chorava muito, não conseguia me acalmar de jeito nenhum... acordei o Kadu e contei o que tinha acontecido... eu não conseguia parar de chorar e com o meu desespero, pude ver a aflição e raiva no rosto do meu amado. Ele agradeceu ao casal, pegou a bike e saiu feito um louco, não sei se atrás dos caras, ou atrás de achar algo que eles podiam ter deixado pra trás. 

Aqui, quero agradecer imensamente, de todo o meu coração ao casal... ainda existem pessoas boas neste mundo! Obrigada!!!!

Antes, o Kadu me colocou na cama, mas como eu não conseguia me acalmar ou descansar, levantei e comecei a tratar das questões práticas necessárias num caso deste. Então, cancelei meus cartões, o chip e o aparelho celular, mudei minhas senhas nas redes sociais que estavam salvas no celular.... depois tomei um banho pra tirar aquela roupa com todas as lembranças e traços da violência que me acometeu. Logo o Kadu voltou, de mãos vazias claro, e fomos registrar a ocorrência e ir até o hospital para ver se estava tudo bem com o nosso bebê. 

No 2º Distrito, o policial que nos atendeu não pareceu ligar muito para o que tinha acontecido comigo, ele foi de uma frieza que chegou a me irritar, mas tudo bem, ele está acostumado né? É o seu dia a dia.

Depois, fomos até o Santa Brígida, onde fui prontamente atendida, mesmo sem documentos, e com a graça de Deus, ouvimos o coração do bebê e soubemos que foi só o susto para o nosso pequeno pedaço.

De volta em casa, o Kadu saiu de novo para tentar encontrar algo... e observou que a polícia estava circulando pelas ruas, sinal de que as pessoas realmente chamaram e eles foram... então estavam abordando pessoas suspeitas na rua e fazendo um tipo de “batida”, isso já me confortou de alguma maneira.

Neste momento, o celular o Kadu tocou e um homem, se identificando como soldado, alegou ter encontrado um celular que podia ser o meu, mas que eu deveria ir até o local para identificar o aparelho e também quem estava com ele. Então fui atrás do Kadu e fomos até o local... lá na Avenida Paraná, quase no terminal do Santa Cândida. 

E lá estava o meu celular. E dois caras que eu não conseguia identificar de jeito nenhum. Me acalmando um pouco, tive certeza de que não era nenhum dos dois. Um era um pobre coitado que foi abordado pelo meliante que havia “comprado” o meu celular na Rui Barbosa. Alegou ter pago 100 pelo aparelho, mas não consigo acreditar.

Enfim, a questão é que o ser foi preso por receptação de produto roubado, e nós tivemos que ir à delegacia para eu dar meu depoimento sobre o ocorrido. E ainda terei que passar por uma audiência por isso.

Depois de um tempo imenso, conseguimos sair de lá e fomos atrás da minha mochila, que gentilmente uma senhora que trabalha no Pronto Socorro do Sugisawa encontrou... e lá estavam todos os meus documentos, minha agenda... o que foi um alívio tremendo... só não estavam lá o carregador portátil, meus pen drives, meus remédios e alguns outros objetos de uso pessoal, mas tendo em vista as circunstâncias, dos males o menor, bem menor. 

Saldo do dia, arranhões, roxos, dor nas costas, alguns itens furtados, mas os mais importantes retornaram para mim... e o mais importante, tudo bem com o nosso pedacinho.

A violência sofrida ainda será lembrada por muito tempo, o corpo ainda dói.... o medo de sair sozinha na rua ainda está aqui, afinal, a gente jamais imagina que passará por uma situação destas, ainda mais grávida, e a meia quadra de casa. 

Ainda tenho medo que tudo o que aconteceu deixe sequelas no meu bebezinho... demorei muito, muito tempo mesmo para me acalmar, para conseguir pensar, sem chorar ou entrar em desespero. Sei que tudo que sentimos passamos para o bebê, rezo a Deus que seja apenas o susto, que não haja nada mais. 

Mais uma vez, agradeço ao casal que me acolheu... agradeço também, aos policiais que desconfiaram daquele cara e o abordaram... agradeço ainda, à senhora que encontrou minha mochila e à outra senhorinha que colocou tudo na internet. Ah, agradeço também ao rapaz que encontrou o meu crachá da empresa... e também à quem o deixou na portaria da empresa. 

Ah, agradeço também à todos que, de alguma forma, se preocuparam... que mandaram mensagens, que ligaram, agradeço cada abraço e cada acolhida, tão importantes num momento como este.

quinta-feira, 5 de outubro de 2017

Então, noivamos...



E cá estou eu para compartilhar com vocês um pouco da minha vida... um pouco das experiências pessoais que temos e que só nos fazem crescer e aprender a cada dia.

E quem diria, a Mel noivou.... e vai casar, sim senhor! (Pra quem achava que isso não iria mais acontecer pois passei do tempo, tá ai hehehe)

Minha vida está passando por mudanças “radicais” desde dezembro do ano passado... primeiramente, foram 09 meses que vivi só... no “meu apertamento”, mas que era a minha cara e super aconchegante.... até que a vida resolveu me presentear com alguém disposto a compartilhar tudo.... uma casa, as contas, as alegrias e tristezas, enfim, compartilhar a vida... e até um dog, kkkkkkk, então, vamos lá né, encarar esta nova fase da vida... a vida de casada.

Oficialmente ainda não, mas já estamos providenciando isso também.

E quando resolvemos morar juntos, começou tudo de novo... procurar um lar... um lugar para morar, para dividir a vida... e não é que o primeiro que vimos era exatamente o nosso número?! Bora lá correr atrás da papelada pra poder alugar... e daí contar com a ajuda sempre carinhosa dos amigos para fazer aquela super mudança no fds.... bem naquele que eu viajei (Roberto, Aquino, vocês foram ótimos, muito obrigada)!

E quando a pessoa volta de viagem, já volta na casa “nova”.... uma casa grande, que só na sala caberia todo o outro “apertamento” hehe... Nos primeiros dias, eu até cansava de andar por toda ela, imaginem só.

E já completou um mês que estamos lá e não está nem perto de organizar tudo... sempre tem algo à ser feito, sempre tem algo para limpar, arrumar, colocar no lugar, ou trocar de lugar... mas aos poucos está ficando tudo com a nossa cara... do nosso jeito.

Mas quero compartilhar aqui com vocês também, a experiência de viver com alguém... com alguém que não é parente hehe... nem pai, nem mãe... uma pessoa totalmente diferente de você, com comportamentos e costumes distintos.

Não vou dizer que é fácil... mas também não é tão difícil assim... interessante é viver o que sempre disse à todos os amigos próximos que se casaram... “casal, antes de mais nada, se respeitem e respeitem o espaço do outro e tem tudo pra dar certo”. E olha a Mel aqui, tentando colocar em prática o conselho que dá para os outros...

Cada dia é um aprendizado, uma novidade, uma situação diferente que nos faz aprender... principalmente, a respeitar o outro e o seu espaço (repetitivo né, mas é tão real que tem que ser repetido mesmo).

Ah, a vida muda sim, e muito quando você divide a casa e a vida com alguém... do que eu sinto falta? Talvez de ler mais, escrever mais, de ver os meus seriados e filmes... o que é novo e é muito bom? Ser recebida em casa todos os dias com um beijo, um abraço, um eu te amo, um almoço delicioso ou um café da tarde muito bem preparado. Além dos pulinhos e lambeijos do nosso Bolinha, cachorrinho que adotamos a alguns dias (mais uma coisa em que concordamos e compartilhávamos o desejo). E tem muitas outras coisas boas, que se for pra escrever, vai faltar espaço por aqui! 

Enfim, todo dia um aprendizado, todo dia uma coisa nova, às vezes aqueles questionamentos se é a coisa certa a fazer.... questionamentos que faço ao Kadu também, mas que na real, talvez nunca tenham uma resposta, pois é necessário viver um dia de cada vez, sempre pensando no futuro claro, mas vivendo aquele dia de forma que as dificuldades se transformem em crescimento, em amadurecimento, para que o relacionamento perdure.

Bom, acho que é isso... então a Mel está noiva, morando junto, com direito até a um cachorrinho e sim, ela vai casar... e está muito feliz, obrigada!

E vocês, como vai a vida? Espero que tão bem quanto a minha, senão, melhor! É o que desejo à todos vocês... uma vida feliz e plena, cheia de conquistas, realizações e aprendizado diário!

E é isso, vamos conversar?
Bjo bjo

terça-feira, 19 de setembro de 2017

Viagem à Aparecida

E pelo terceiro ano seguido, fui para Aparecida com a Romaria dos Amigos de Chris e Lidi, Romaria que eles organizam à 16 anos já e que tive a satisfação de ir nos últimos dois anos com a mãe e este ano novamente, nos dias 25, 26 e 27 de agosto.

Desta vez, diferente do ano passado, nos antecipamos pra não perder a viagem, já confirmei que iríamos no mesmo dia que a Lidiane mandou as informações.

Mais uma vez uma Romaria muito organizada, com um valor justo, e novamente com dois pontos de encontro para facilitar a vida de todos os interessados.

E lá fomos nós... rumo à casa da Mãe... uma viagem tranquila, aquela parada estratégica em Registro... e quando vimos, já estávamos lá no Hotel Hollywood... o mesmo das outras vezes.
Um descanso básico, café da manhã bem reforçado e bora para o Morro da Via Sacra...  como já sabíamos o caminho, fomos na frente... bem tranquilas e sem pressa... e ainda tivemos que esperar um tempão todo mundo chegar para fazer a via sacra.

E este ano, eu tinha muitos, mas muitos motivos mesmo para agradecer à Mãe... e também, alguns pedidos especiais à fazer... afinal de contas, a gente não é de ferro né, tem que pedir uma ajuda divina para nossas vidas.

Então a via sacra teve um significado mais especial... a entrega foi maior... e a minha participação efetiva também... fiz a leitura de muitos trechos no decorrer das nossas orações, pedidos e agradecimentos. Foi tão bom, tão leve, tão... não sei nem dizer.

Também fomos à Basílica para a tradicional missa das 20h.... onde consegui abençoar algumas lembranças que comprei para pessoas especiais que ficaram em Curitiba.

Sim, claro que teve aquele momento consumo, mas bem mais suave do que da vez passada, que já foi leve, hehe!

A questão é que, como já disse lá em cima, os motivos de agradecimento eram imensos... e ainda são... todos os dias tenho algo à agradecer e é por isso que quero ir todos os anos, sendo possível, é claro.

Então é isso... terceiro ano visitando a casa da Mãe.... que venham outros e mais outros!







E vocês, conhecem Aparecida? Tem vontade de visitar a Basílica e fazer a peregrinação? Contem suas experiências... vamos conversar?


Bjo bjo

terça-feira, 12 de setembro de 2017

Jusita

E no dia 06 de agosto eu tive a minha primeira experiência no Jusita, ou seria na Jusita?! Enfim... foi a minha primeira experiência de verdade em uma BR por tempo suficiente para ficar com todo o tipo de sensação que se possa imaginar hehe! Medo, euforia, alegria, aquela vontade de gritar, sensação de que iria sair voando (cheguei a 53,6 km/h – sei que para muitos pode ser pouco, mas para mim, de bike, é muuuuito) e também, e mais do que tudo, aquela sensação de superação, de mais um desafio vencido.

Ah, importante aqui lembrar, que este lugar fica em Campo Largo... para aqueles que não conhecem! Então foi uma boa “pernada”... heheh!

A intenção primeira era ir para o Pedágio, mas daí eu acabei sugerindo irmos para lá e o Kadu aceitou... e é importante registrar aqui que ele me ajudou e orientou durante todo o trajeto de ida e volta... como alguns sabem, estou com uma dorzinha chata atrás do joelho e ele estava o tempo todo cuidando para que ela não se manifestasse, ou que fosse o mais suave possível.

Chegando lá, primeiro quis ir até a Igreja que tem do outro lado da rodovia (Igreja de São Sebastião de Rondinha)... e por se tratar de um domingo pela manhã, imaginei que a mesma estivesse aberta, eu queria agradecer pela meta atingida e por muitas outras coisas... mas para minha surpresa, ela estava fechada (uma pena).

Enfim, atravessamos a rodovia novamente e fomos em direção a Jusita... uma lanchonete que tem um famoso suco de uva... lá me esbaldei de comer (esqueci que tinha que voltar pedalando sabe, kkkkkk), e ainda passamos por uma loja de louças que é de encher os olhos de tanta coisa bonita.
A volta foi um pouco mais “pesada”, pois o cansaço bateu um pouco e também porque a barriga estava cheia demais, kkkkkk.

Mas ainda paramos no Park Shopping Barigui no retorno...

A questão é que foi uma experiência única, deliciosa e que eu gostaria de repetir um dia... digo um dia, pois agora vai ficar mais difícil fazer pedais mais longos, ou que tenham mais subidas fortes e terreno irregular.... por um tempo pelo menos.

Como vocês perceberam eu sumi por tempo demais daqui.... mas é que muitas coisas aconteceram na minha vida e não deu para escrever... me faltou tempo... para compartilhar esta experiência maravilhosa que foi chegar até Campo Largo pedalando... e também para ler e escrever sobre minhas leituras.

Mas estas são histórias para os próximos posts....

Deixo abaixo, algumas fotos dos momentos deliciosos passados neste pedal mais que especial... o último forte que fiz (por enquanto).









E vocês, conhecem este lugar? Já foram pra lá? Compartilhem suas experiências...

Vamos conversar?


Bjo bjo

sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Todo Mundo Que Vale a Pena Conhecer

Hello People... e cá estou eu para escrever sobre mais um livro finalizado: Todo Mundo que Vale a Pena Conhecer, de Lauren Weisberger.



Eu não sei se é porque eu demorei muito tempo (3 meses), para terminar de ler este livro, ou se foi porque eu criei faltas expectativas, mas eu não gostei do final dele. Terminei de ler agora (02/08) e confesso que me decepcionei um pouco.

Todo Mundo que Vale a Pena Conhecer conta a história de Bette. Uma jovem que leva uma vida mais ou menos, trabalhando para um banco local, que não tem nada de estilo e que se compreende feliz dentro desta realidade que pode-se dizer até que é meio medíocre. Pois bem, ela é a típica personagem “mocinha bobinha”, que tem uma melhor amiga, pais “cafonas” e tios refinados.

Um belo dia ela cansa desta vidinha mais ou menos e aceita as investidas do tio para buscar algo melhor e mais útil para fazer e assim começa a trbalhar numa empresa de relações públicas que organiza festas de todo tipo, de segunda a segunda. E neste novo mundo, Bette conhece todo tipo de gente, desde artistas famosos de todo o mundo, até o segurança daquela boate do momento.

Assim ela emagrece, passa a se vestir “bem” (entre aspas sim, pois o bem pra mim pode não ser para você, coisa beeeeem relativa) e sai em colunas sociais praticamente todos os dias. Ela até “ganha” um namorado de fachada, desses bad boys super famosões, desejados por todas as mulheres (e homens) da face da Terra.

Porém, o que Bette não imaginava, é que afora todos estes “ganhos”, ela perderia muito... sua privacidade, sua melhor amiga, o respeito dos pais e até do tio que foi quem a ajudou a entrar nesta nova vida.

Ela não tem mais tempo para nada a não ser frequentar festas badaladas, paparicar estrelas da mídia, e dormir pouco, muito pouco. No começo tudo é alegria e felicidade... mas com o tempo, esta vida tão agitada começa a cansar Bette... principalmente porque ela pensa ter encontrado o grande amor da sua vida, que não é o bad boy famosão, mas sim o segurança da boate badalada.

E em um momento de stress intenso, em uma grande festa que ela organizou para a empresa em que trabalhava, ela simplesmente abandona tudo e vai pra casa... desiste desta vida.

Então ela passa por aquele famoso momento depre, até que no dia do seu aniversário, meses depois de ter abandonado a festa e tudo aquilo (inclusive o seu segurança amado), ele aparece, o seu grande amor, em uma ligação, a convida para um drink e conhecer o restaurante que ele abriu, seu grande sonho de ser chef. E ai, você imaginam o que acontece né? Já imaginam o final também, não?!

Achei tão, tão sem graça, hehe... tão, tão clichê. Esperava mais romance, mais “pimenta”, mais vida... ou sei lá o que eu esperava de fato.

Enfim, talvez seja porque eu não ando lendo tanto quanto gostaria, e acabei deixando o “climax” da história se perder...

Ressalto aqui duas questões: Bette participa de um clube do livro, daqueles livros de bancas de revista, tipo “Sabrina”, romances açucarados e que sempre, sempre tem um final feliz... e isso é bem fofo nela. E também, nas minhas investidas pela  internet para ler sobre o livro, descobri que várias pessoas concordam que o livro é extenso e fraco para a autora, afinal é a autora de O Diabo Veste Prada, maaaaas, faz parte!

Mas é isso, livro extenso, longo, que me cansou e que no final das contas não recomendo.

E vocês, já leram? Curtiram? Vamos conversar?


Bjo bjo

segunda-feira, 24 de julho de 2017

A Importância da Parceria em uma Relação Afetiva



oi Pessoal! Estou aqui hoje para escrever um texto diferente... algo que foge à minha experiência, ou ainda, que foge muito aos temas que costumo escrever por aqui. Mas é que estou vivendo um momento único, que tem me feito refletir sobre várias coisas e decidi compartilhar estas reflexões para ver se estou no caminho certo... portanto, fiquem muito à vontade para comentar, por favor.

Hoje eu estou aqui para falar sobre os relacionamentos afetivos... sobre as relações de parceria. Tenho percebido no meu dia a dia, a importância da parceria, do respeito, do amor... desde as grandes coisas da vida, até aquelas mais simples, se não houver parceria, respeito e amor, não há relação que dure.

E eu encontrei um parceiro pra vida... se vai durar a vida toda ou se será até o próximo verão, eu não tenho como saber, eu não tenho como afirmar, confirmar nada... a vida é repleta de surpresas e esta pessoa foi uma grata surpresa que a vida me trouxe.... que o pedal me trouxe, no caso. E olha lá a bicicleta mudando mais um pouco a vida da pessoa aqui.

Conheci meu namorado em um pedal... e já faz tempo, bastante tempo, mas como ele é um galático, pouco o via e confesso, gente, pra mim, ele era a pessoa mais metida da face da Terra nos pedais (e exibido também hehe)... o cara não parava quieto, já tinha ido e voltado umas vinte vezes enquanto a gente ainda estava indo a primeira.... sobe morro, desce morro, sobe escada, desce escada... anda deitado na bike, parecendo que vai voar... aff, que tipo desse piá (nossa, isso é muito curitibano).

Mas um dia esse “piá metido”, resolveu passar um pedal inteirinho ao meu lado, conversando comigo, me fazendo rir, me ajudando. E não é que ele não era tão metido assim?!  Até hoje me pergunto e pergunto à ele, por que cargas d’água ele resolveu ficar de papo comigo.

Daquele domingo em diante, do pedal do morango com nata com o grupo Trilhas Curitiba, ele não parou mais de falar comigo... todos os dias, o dia todo.

Então resolvi convidá-lo para conhecer os meus outros amigos de pedal, aqueles lá do Fazendinha.... convidei-o pois achava que seria legal, afinal, o Black é ótimo, super divertido, e faz uns pedais mais fortinhos, talvez ele curtisse. E naquele dia, o pedal foi fortão, não fortinho... e se ele não tivesse ido, talvez eu não estivesse escrevendo agora, hehe... pensem num pedal forte pra caramba, com uma quilometragem não tão grande, mas com um percurso forte. E se não fosse ele me empurrar praticamente o pedal todo, eu não teria conseguido acompanhar o grupo. Tanto que dei o nome de pedal do empurra pra essa noite.

Mas não foi assim, só me empurrando, que ele me conquistou. Desde o primeiro dia que começamos a conversar oficialmente, ele se mostrou alguém interessante. Bem mais novo, é verdade, mas já com uma história de vida interessante, com vitórias na vida, com dificuldades superadas, outras sendo superadas ainda... com um coração enorme, um sorriso fácil... ai ai, já perceberam né?! Ele me conquistou, ganhou meu coração.

Eu que achei que não encontraria ninguém disposto a uma relação de verdade nessa vida tão superficial e descartável que as pessoas vivem hoje. E gente, eu resisti, passei vários dias apenas respondendo às mensagens dele e dizendo que não era possível, que a nossa diferença de idade era muita, que eu já tinha alguém, que não daria certo.

Aí ele vêm com o “jogo sujo” hehe... dizendo que queria namorar, usar aliança, andar de mãos dadas no parque, casar, ter filhos... viver uma vida juntos, de verdade. Ah gente, aí eu tive que rever os meus conceitos e cheguei a conclusão de que eu não tinha nada a perder tentando.

A diferença de idade é muita? Sim, é muita.... mas ele está disposto a acompanhar... e é ai que entra a questão da parceria, que é o foco deste texto. Pensem em alguém parceiro, mas muito parceiro mesmo... nos pedais e na vida. 

Já perdi a conta de quantas vezes ele me empurrou durante os pedais.... sempre bem humorado e fazendo bagunça e piadas com os colegas de pedal. Me empurra nas subidas mais ferradas, aquelas que só de olhar você busca um caminho alternativo. Mas ele também é parceiro na vida, daquele que vai pra cozinha pra fazer a janta, que não se importa de lavar uma louça, que presta atenção nos meus tocs (e faz de tudo pra não ‘fazer nada errado’ por conta deles, hehe) e faz de tudo para que eu esteja bem e feliz. Ele é aquele cara que gosta de andar de mãos dadas na rua, que vive me enchendo de beijos, que diz que me ama.... mesmo com tão pouco tempo de relacionamento. 

Mas o foco aqui é a parceria... em tão pouco tempo, ele se mostrou parceiro, tão parceiro que parece que estamos juntos à anos, que nos conhecemos a vida toda... é tanta intimidade, gostamos das mesmas coisas, damos risadas das mesmas coisas bobas, mas também conversamos sério, pensamos e falamos sobre o futuro. Dividimos as coisas... nos ajudamos.. cuidamos um do outro. 

No pedal que fizemos no dia 15/07 para as profundezas do Taboão, pedal este que eu já queria fazer a muito tempo, mas que temia as famigeradas subidas, nosso colega de pedal Marcus retratou um destes momentos de parceria... e eu fiquei tão encantada por esta foto, que por causa dela, resolvi ler, pesquisar e escrever sobre as parcerias nos relacionamentos.


Claro que todo relacionamento tem “problemas”, palavra que eu entendo que podemos trocar por “adversidades”... e que podem ser superadas, desde que haja respeito, amor, amizade... e parceria. Desde que ambos respeitem os limites do seu companheiro, que façam a sua parte, mas que também, saibam contribuir para a parte do outro... seja fazendo algo, seja não fazendo nada, seja ficando em silêncio, seja contemplando a alegria e vibrando com a vitória do parceiro. 

Enfim, já estou aqui me enrolando e falando demais, como quase sempre faço hehe... 

Nas minhas leituras pela internet achei um trecho de um texto que quero compartilhar com vocês, pois ele descreve exatamente o que é esta parceria que estou sentindo neste momento e que percebo ser tão importante... e mais do que isso, que desejo que perdure por muito e muito tempo. O texto é de Anissis Moura Ramos e retirei do link: https://www.anissis.com.br/single-post/2016/07/08/A-parceria-num-relacionamento-a-dois

“Ser parceiro não é concordar com tudo que o seu companheiro fala ou fazer tudo o que ele quer, tornando-se um marionete em sua mão. Quando se concorda com tudo o que o outro diz, ao invés de ser um parceiro, se está servindo de espelho. Parceria não exige que você anule a sua personalidade, que seja submissa, apesar de a parceria permitir que o outro nos ensine a ver diferente, que nos proporcione momentos prazerosos e fazer com que isto retorne para a pessoa.
 Parceria não é desenvolver críticas, ser deselegante com o outro. Isto é chatice, é ser rabugento. Ser parceiro é saber lidar com as diferenças no dia-a-dia. São exemplos e demonstrações de afeto e carinho. É a transmissão de princípios e valores, sabendo que haverá um retorno, que as suas atitudes não ficarão no vácuo.
 É poder contar com a generosidade, com a elegância, com a finesse, com espontaneidade, com a alegria de seu parceiro, pois se tem a clareza que a recíproca será verdadeira. É poder acompanhá-lo, mesmo quando o programa não é algo que você prioriza, mas sabe que na hora que lhe sugerir algo, ele irá fazer, pois sabe que lhe dará prazer. A parceria se dá não apenas nos momentos bons, nos ruins ela também deverá estar presente.
 Parceria é compreender e se deixar ser compreendido; é ser benevolente, respeitar o momento do outro, como ele o respeita; é gerar prazer e receber prazer; é dar amor e se permitir receber amor. Esta cumplicidade que se estabelece num casal é que ajuda a nutrir a reação e fazer com que esta perdure por um bom tempo.
 Enfim, a parceria é um dos ingredientes que não pode faltar numa relação para que ela se torne saudável, Sem a presença dela, o que se estabelece é a desunião, as brigas, as críticas, o desrespeito, o afastamento, gerando frustrações e desconfortos para o casal”.

E é isso, desejo que todos encontrem o seu parceiro “perfeito”, aquele que lhes faça feliz com as simples coisas da vida. E se vocês já tem esta pessoa, cultivem este relacionamento, mantenham esta parceria ativa, acessa, viva. E mais do que tudo, curtam cada momento juntos e sejam felizes.

Ufa, quanto romantismo, quanta “melação”.... nem me lembro quando me senti ou estive assim... só sei que é bom e quero aproveitar cada momento.

Então, agora espero comentários contando sobre a parceria que existe em suas relações!

Bjo bjo!

segunda-feira, 17 de julho de 2017

As Mudanças da Vida



Agora estou aqui para falar um pouco sobre as mudanças que ocorreram na minha vida nos últimos seis (sete, ou oito) meses. 

Como alguns sabem, em novembro do ano passado, eu resolvi que era hora de partir da casa dos meus pais... tentar ser um pouco mais independente e tomar pose da minha vida de vez. 

No começo a procura por um lugar foi bem difícil, não queria sair do bairro, mas os aluguéis excessivamente caros me fizeram ter que ampliar o entorno da procura. Com a ajuda dos amigos e colegas de trabalho, fui visitar vários imóveis, até que finalmente encontrei um bacana, próximo ao meu trabalho e que cabia no orçamento. 

O processo da mudança foi muito doloroso, tanto para os meus pais quanto para mim, e também foi lento, muito lento. Mas no último dia das minhas férias de janeiro, eu tinha me mudado 100%.

Com o básico para a sobrevivência, comecei uma nova fase!

Quando vamos morar sozinhos, temos uma falsa impressão de que tudo será fácil, lindo, florido e tranquilo. Que serão só festas, bagunça e pernas pro ar. Mas não, não é assim não... muito pelo contrário, é bastante trabalho, muitas coisas para organizar diariamente, casa pra limpar, roupa pra lavar, comida pra fazer... mas também tem sim, muitas coisas boas. É o seu espaço, que você organiza quando puder e como quiser. É você aprender que sabe cozinhar sim, e que faz uma comida gostosa... é você terminar de limpar a casa e se sentir feliz e satisfeita pois ela está linda, cheirosa e bem do jeitinho que você queria.... aconchegante... e com cara de lar. 

Claro que tive que abrir mão de muitas coisas por isso!  O dimdim é sempre curto, contado e mais suado do que nunca. Ainda não tenho um guarda-roupas (e nem espaço pra isso), nem um sofá de verdade (sofá cama, eu te amo, mais você sabe que é bem velhinho e já está quase no osso, hehe).


Edit 1: Agora eu já tenho um sofá... e um armário que atende bem como guarda-roupas.


Mas a experiência é maravilhosa... o aprendizado é fabuloso... a relação comigo mesma tem melhorado muito... o amor próprio... o autoconhecimento... cada dia descubro algo diferente, novo e muito bom.

Sim, tem dias que fico triste... sinto falta dos meus pais e da Pepê... do som deles fazendo suas coisas nos cômodos ao lado. Sinto-me sozinha também... tenho medo... mas vou aprendendo a viver e conviver com tudo isso.

Foi uma escolha da qual não me arrependo. Descobri que nós geramos muito, mas muito lixo mesmo, descobri que dá pena de tomar banho e fazer comida depois que a gente deixa tudo limpinho e arrumado. Descobri também que estou crescendo e amadurecendo mais e mais. E que isto é bom, muito bom.

O saldo geral é positivo no final das contas, e assim a vida segue, traçando novos rumos, conhecendo novas pessoas, aprendendo com a vida... vivendo verdadeiramente a alegria e a tristeza de ser quem sou!

Alguns dizem que eu não deveria ter feito isso, outros que a saída foi tardia... eu acho que foi no momento certo.

Viver um dia de cada vez, aproveitando todos os momentos para crescer e ser feliz!

E vocês já passaram por esta experiência? Como foi? Vamos conversar?


Bjo bjo