sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Começar Sempre Algo Novo



Borboleta: Transformação

 Fonte: http://www.eusoucurioso.com/wp-content/uploads/2014/09/metamorfose-borboleta.jpg


A borboleta nos ensina a perceber todas as etapas necessárias a uma verdadeira transformação, interna ou externa.

Ela passa por vários estágios, de ovo para larva, desta para casulo. E finalmente nasce. 

Os estágios são importantes, indispensáveis, para que não se pule de uma fase para outra sem a devida atenção ao que está sendo feito.

Devemos ter sempre clara a ideia de eterno ciclo de autotransformação.

Será que não ficamos eternamente criando ideias fantásticas, sem colocá-las em prática? Ou, no estágio da larva, não conseguimos tomar uma decisão, permanecendo “grudados” a um padrão de vida de que não nos libertamos? Ou será ainda que temos mil projetos, mas eles ficam no fundo da gaveta porque na verdade não queremos compartilhá-los  com o mundo?

A energia da borboleta nos faz desenvolver mais clareza mental e habilidade de pôr em ação ideias adormecidas há muito tempo.

Ou seja, se nos sentirmos sem coragem para iniciar algo novo, de um regime alimentar a um emprego, é porque estamos usando de modo errado a energia da borboleta – principalmente esquecendo as cores e a alegria com que podemos preencher nossa vida se estivermos sempre dispostos a renascer.

·         Se estiver sem ânimo para começar algo realmente novo, imagine-se com asas, brilhantes de coragem, e voe! Atire-se sem receio a novas oportunidades.

·         Se achar que está “empacado” com algum sentimento de mágoa, saia desse ovo, quebre a casca e ouse esquecer!

·         Coloque delicadeza e colorido em suas ideias, sinta-se mais leve, mais desapegado, mais livre.

·         Veja se faz sempre o que “se espera de você” no trabalho. Ultrapasse seus limites com criatividade. Mostre como pode se transformar a todo momento e como se adapta com facilidade aos novos tempos.

·         Apresente uma ideia nova. Ouse expor um projeto de modificação que transformará sua forma de trabalhar e a relação interpessoal de todos os envolvidos.


Fonte: O Poder dos Animais – Como Utilizar a Sabedoria dos Animais para Melhorar Nosso Dia a Dia, de Valéria Silveira Wagner – Editora Gente.

sábado, 24 de dezembro de 2016

Dewey – Um Gato Entre Livros



E hoje, véspera de Natal, entre tantas coisas à fazer, arrumei um tempinho e terminei de ler este livro tão lindo... Dewey, um gato entre livros. Livro este de uma história real, escrito por Vicki Myron com Bret Witter, a dona de Dewey.

Um livro inspirador e que nos mostra o quanto um bichinho pode mudar a vida de uma pessoa, e neste caso, de uma cidade inteira.



Dewey entrou na vida de Vicki e da biblioteca de Spencer de uma forma totalmente inusitada, e também, mudou suas vidas para sempre. Não tenho palavras para descrever o quanto a história me tocou, o quanto senti e me identifiquei. Amo gatos de paixão, já tive vários no decorrer da vida, hoje tenho uma cachorrinha que é parte da família e os sentimentos descritos no livro são semelhantes. 

Dewey se tornou o centro das atenções daquela biblioteca e no decorrer da sua vida, tornou-se conhecido em todo o mundo,  e muito mais que conhecido, se tornou querido, amado. Ele tinha todas as características e comportamentos bem clássicos dos gatos, porém, tinha o dom de cativar as pessoas, desde as crianças pequenas até os idosos. Ele sabia quem não estava bem e precisava mais da sua atenção naquele determinado dia, ele sabia quando devia manter a distância, ele sabia em quais colos se aninhar para uma boa soneca. 

As últimas palavras deste livro descrevem muito bem os sentimentos que Dewey  e os animais em geral despertam nas pessoas:

“Um ano depois da morte de Dewey, minha saúde finalmente me pegou. Eu sabia que era a hora de seguir em frente com a minha vida. A biblioteca estava diferente sem Dew e eu não queria terminar meus dias daquele jeito: vazia, silenciosa, ocasionalmente solitária. Quando eu via passar o carrinho com os livros, aquele em que Dew gostava de passear, meu coração partia. Sentia tanta falta dele, e não apenas de vez em quando na biblioteca, mas todos os dias. Mais de cento e vinte e cinco pessoas compareceram à minha festa de aposentadoria, inclusive muita gente de fora da cidade com quem eu não falava há anos. Papai leu um de seus poemas; meus netos sentaram a meu lado para cumprimentar os presentes; foram publicados dois artigos no Spencer Daily Reporter agradecendo-me pelos vinte e cinco anos de serviço. Do mesmo jeito que Dewey, eu tinha sorte. Consegui sair da minha própria maneira.
Encontre seu lugar. Seja feliz com o que tem. Trate bem todo mundo. Viva uma boa vida. Não estou falando de coisas materiais – estou falando de amor. E não dá para prever o amor.
Aprendi essas coisas com Dewey, é claro, mas, como sempre, tais respostas parecem fáceis demais. Todas as respostas – com exceção de que amei Dewey com todo o coração e ele me amou da mesma forma – parecem fáceis demais. Porém vou tentar.
Quando eu estava com três anos, papai tinha um trator John Deer. Aquela máquina tinha uma roçadeira na frente, uma longa fileira de lâminas que pareciam pás, seis de cada lado. As pás ficavam erguidas alguns centímetros acima da terra e era preciso empurrar a alavanca para frente para colocá-las no chão. Então elas cortavam o solo, jogando terra fresca nos canteiros de milho. Um dia, eu estava brincando na lama em frente à roda daquele trator, quando o irmão de mamãe saiu, depois do almoço, engatou a marcha e começou a dirigir a máquina. Papai viu o que estava acontecendo e começou a correr. Meu tio não escutava os gritos dele. A roda me jogou no chão e me empurrou para as lâminas. Fui empurrada por elas, passei de uma à outra, até que o irmão de mamãe girou a roda e a lâmina de dentro me jogou pela calha do meio e me deixou de cara para o chão atrás do trator. Papai me pegou, num só movimento, e correu comigo de volta para a varanda. Ele me examinou com assombro e me manteve no colo o resto do dia, balançando-me para frente e para trás em nossa velha cadeira de balanço, chorando em meu ombro e me dizendo: ‘Você está bem, você está bem, você está bem...’.
Por fim, olhei para ele e disse: ‘Cortei o dedo’. Mostrei o sangue. Eu estava machucada, mas, fora isso, aquele corte  minúsculo foi minha única marca.
A vida é assim. Todos de vez em quando passamos pelas lâminas do trator. Todos ficamos machucados e nos cortamos. Algumas vezes, as lâminas cortam fundo. Os que têm sorte saem com alguns arranhões, um pouco de sangue, contudo isso não é o mais importante. O que realmente importa é ter alguém para pegá-lo, abraçá-lo apertado e dizer que está tudo bem.
Durante anos, achei que tinha feito isso com Dewey. Achei que essa era a história que eu tinha de contar. E fiz isso. Quando Dewey estava machucado, com frio e chorando, eu estava lá. Segurei-o. certifiquei-me de que estava tudo bem.
Mas essa é apenas uma lasca da verdade. Na realidade, por todos aqueles anos, nos dias difíceis, nos dias bons, e durante todos os dias não lembrados que compõem as páginas do verdadeiro livro de nossas vidas, Dewey estava me segurando.
E ele continua me segurando. Desse modo, obrigada, Dewey. Obrigada. Seja lá onde você estiver” (p. 264-266).

Que todos possam ter um Dewey em suas vidas!

Feliz Natal...

Bjo bjo
 

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

2º Pedal Free Force em Pomerode

E neste final de semana eu vivi mais um daqueles momentos perfeitos... e foi um momento perfeito cheio de superação e parceria que só o pedal consegue proporcionar para nós!

Eu participei do 2º Pedal Free Force em Pomerode, a convite do querido amigo Fabio! Simplesmente SENSACIONAL!!!!

Um daqueles momentos que só vivendo mesmo para poder descrever as sensações (e acho que nem assim a gente consegue descrever realmente)... pois é um misto de cansaço, desespero, dor, mas também de superação, parceria, alegria... foi uma experiência única.

Fomos no sábado a tarde para lá e chegamos já no início da noite, pois pegamos bastante trânsito. Ao chegar na Pousada apenas deixamos nossas coisas e fomos nos encontrar com o pessoal que já estava na cidade para jantar e tomar um chopp para relaxar. Comi uma batata recheada com linguiça blumenau que era dos deuses, hehe!

De volta à pousada um banho relaxante e cama, pois deveríamos “pular” cedo da cama.

O desafio tinha saída programada para às 8h, mas desde às 6h o kit já estava sendo entregue e como não deu tempo de pegar no sábado, fomos bem cedinho para o Pavilhão de Eventos pegar o nosso. Aproveitamos para tomar café por lá, já que o horário de café da Pousada era mais tarde e não conseguimos forrar o estômago antes de sair.

Comi uma (ou várias) cuca de banana pra ter energia para encarar os 40 km que viriam pela frente e que eu nem imaginava como seriam.

Pouco depois das 8h partimos... quase 900 pessoas inscritas para o Desafio, destas, aproximadamente 200 mulheres, e eu era uma delas! =D

E foi dada a largada, hehe... lindo de ver aquele mar de bikers. Muitas e muitas bicicletas, de todos os tipos e modelos possíveis e imagináveis, das mais simples até as mega sofisticadas, muitas e muitas pessoas, das mais preparadas e atletas, até aquelas com pouca experiência (como eu).

Enquanto a gente estava no asfalto, paralelepipedo e estrada de chão, mas era plano, tudo bem... mas a hora que chegou na subida, vi muito neguinho dando meia volta e retornando ao Pavilhão de Eventos. E não era uma subidinha não, era uma subida master blaster power... e não eram assim alguns metros, eram vários quilometros... e ela não era a única... tinha mais e mais pra frente.

Respirei fundo, contei até três e bora lá, kkkkkk... até encontrei os colegas Mauri e Neia na subida, mas como eu não tenho resistência, perdi eles já no início... Fui até aonde eu aguentava, não foi muito não sabe, mas foi bastante pra mim. Daí desci da bichinha e fui empurrando... quando nem empurrar era mais possível o amigo Mauro fez a gentileza de empurrar a minha bike um bom trecho. Mas um bom trecho mesmo, fiquei até com vergonha, pois eu nem conseguia vê-lo lá na frente.

Tentei levar mais um pouco e como vi que não ia rolar, pedi “arrego” para o carro de apoio e fui até uma altura do percurso. Lá desci e me garantiram que iríamos, mais a frente, seguir por um trecho plano, que não precisaria fazer o percurso pelo Morro do Saco. Então fiquei “feliz” e retonei o pedal. Mas quando chegou no local onde seria para seguir este novo caminho, informaram que o desvio seria de muitos kms e que o ideal era subir o morro mesmo. Então, sabendo dos meus limites e para não estragar a festa dos que estavam comigo, revolvi voltar para o carro de apoio. Fui nele até acabar toda a subida. Passava eventualmente pelo Fabio que resolveu seguir com a bike... ficava preocupada cada vez que o via com cara de “morto” kkkkkk... mas ele estava lá, firme e forte, um orgulho, me garantindo sempre que estava “bem”.
Quando chegou no trecho que mais para frente se iniciaria a descida, peguei a bike, esperei o Fabio e seguimos... mas e quem disse que descer era mais fácil? Descida hard também. Estrada de chão com pedrinhas (e pedronas) soltas, bike dançandinho e a ponto de tombar. Grandes emoções, algumas derrapadas, uma quase caída, alguns arranhões, agradecimentos especiais à menina do Divas da Bike de Joinville que segurou a minha bike senão o tombo seria feio.  Neste trecho também encontramos uma menina desfalecida, tinha perdido o controle da bike durante a descida e bateu com as costas no chão, tenso, mas foi atendida pelo SAMU e SIATE, e até onde sabemos, fraturou costela, mas passa bem.

E bora continuar descendo, testando os freios da bike e sem se distrair muito, apreciar a vista... alguns lugares dignos de cena de filme.

Quando chegamos no terreno plano eu nem acreditava... fiquei tão tão feliz que quase chorei hehe! Mas ainda faltavam vários kms para finalizar o desafio... então tocamos pra frente... corre lá, ou melhor, pedala Mel. Pegamos BR, onde deu pra ganhar certa velocidade apesar das pernas cansadas.

Chegando ao Pavilhão de Eventos, procuramos nossos companheiros de desafios e foi muito gratificante ver a cara de alegria do Mauro quando nos viu... pois nada nada, terminados o percurso 2 horas depois do horário previsto para o término de desafio. Mas o importante é que finalizamos. Morta com farofa literalmente... cansada, esgotada, mas feliz, muito feliz. Pela experiência, por conhecer uma nova cidade, pelo convite, pela parceria, pelos novos amigos feitos, enfim,  pelo conjunto da obra.

Só tenho a agradecer pelo convite e espero poder participar de outros eventos assim... mas da próxima vez, vou me preparar adequadamente para finalizar com melhor tempo e fazendo todo o percurso sem pedir arrego para o carro de apoio, hehe! =)






 Mas e vocês, participaram do 2º Pedal Free Force ou de algum outro desafio como este? Como foi? Vamos conversar?

Bjo Bjo


sábado, 3 de dezembro de 2016

Pedal Noturno



Gente... e com todas essas coisas que aconteceram e ainda estão acontecendo na minha vida, eu comecei a escrever este texto e ele ficou “esquecido” nos meus arquivos.

Eu fiz o  meu primeiro pedal noturno e nem compartilhei com vocês a experiência... e foi com um grupo de pedal super forte... hehe! Foi com o Bike & Runners. E não foi um pedal qualquer, foi um pedal em grande estilo, um pedal temático, foi o Pedal Halloween, ou como alguns chamaram: Pedalaween! Hehe...

E como vocês podem perceber, já faz um certo tempo né, pois se foi um pedal de halloween, foi no dia 31/10 e só agora percebi que comecei a escrever este texto e não terminei. Mas foco no objetivo do texto... vamos ao pedal:

Ele foi divertidíssimo... como disse, ele foi organizado pelo grupo Bike & Runners, rumo ao Cemitério Municipal.

Ótima oportunidade para a pessoa sair de casa de pijama... explico. Eu tenho um pijama de caveira, daqueles que brilham no escuro inclusive, =D e então, foi o momento que eu tive para sair na rua de pijama! Hehe

E ainda maquiada... com cara de caveira, ou mais ou menos, kkkkkkk, pois a gente tenta, já que não é expert (nada nada) em maquiagem! 







A parceria de sempre da Lu foi importante e também é bem importante citar aqui a recente parceria do Fábio... que conhecemos no Parque Náutico em evento da Pedalada Cristã e que tem se demonstrado um parceiro de verdade. Nos acompanhou o trajeto todo e sempre perguntando se estava tudo bem, se a gente estava dando conta do pedal. Mas foi tranquilo, foi um pedal passeio... então não foi corrido, agitado, foi bem light, num ritmo bem tranquilo, passeando mesmo... só lá perto do cemitério mesmo que teve uma subidinha mais tensa. 

Lá no cemitério ainda teve comemoração ao aniversário do Val, um dos líderes do grupo... confraternizamos, conversamos com as pessoas, tiramos fotos... teve até um concurso das “melhores caracterizações”. Fiquei entre os melhores... eu só dava risada, parecia uma boba, kkkkk

A questão é que de fato foi um super pedal, que eu me diverti diversos e quero poder repetir quando for possível.

E vocês, costumam pedalar? De dia de noite? Gostam? Vamos conversar?

Bjo Bjo

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Um Certo Verão



E este foi um dos livros que me foi “repassado” pela amiga Grasi, então eu sabia que era garantia de boa leitura, apesar a surpresa de saber que ela ainda não o leu, hehe!

Já na capa há uma pergunta: “Como começar de novo quando o amor da sua vida se foi?”. Este é o questinamento feito pelo livro “Um Certo Verão” de David Baldaca.

Confesso que até repensei a leitura, já que o coração da pessoa aqui está uma confusão só, e histórias de amor talvez não seriam muito indicadas, mas devo confessar que foi ótimo tê-lo escolhido. Principalmente porque aquela reviravolta de todo romance que é tão clichê e que aqui também acontece, é tão bem elaborada, que dá até vontade de “perdoar o autor” (quanta pretensão a minha, heim).

Um Certo Verão conta a história de amor de Jack e Lizzie, que começaram a namorar lá na escola e se casaram... e tiveram três lindos filhos (quer mais clichê que isso?, kkkkkkk).

Jack serviu o exército honrosamente por muitos anos, e quando voltou para casa, seu único objetivo era trabalhar e estar ao lado de sua família. Porém, algo inesperado acontece. Ele é acomedido de uma doença que não tem cura e seu único destino é a morte. Ele passa os dias em uma cama, riscando os dias no calendário, esperando seu fim. Lizzie, sua amada esposa, faz de tudo para tornar seus dias mais confortáveis, e isto enquando cuida dos três filhos: Mikki - uma adolescente com todas as características da adolescência bem acentuadas, Cory – uma criança adorável e introspectiva, e Jackie – um bebezinho que ainda está em seus primeiros anos de vida.

Com muitas coisas em mente, ela ainda sonha que a família possa passar o verão no “Palácio”, a casa em que ela viveu quando criança, lugar que guarda muitas lembranças, nem todas tão boas... porém, os médicos alertam que Jack dificilmente passará do Natal. Ainda assim, eles fazem planos.

Planos estes que acabam mudando totalmente quando Lizzie, ao sair para buscar os remédios de Jack, na véspera de Natal, acaba se envolvendo em um acidente, e morre tragicamente.

E agora? Como Jack fará? Ele está morrendo... como ficam as crianças? Sua sogra acaba ficando com Mikki e os meninos com uma tia, enquanto Jack vai para um asilo esperar pela sua morte certa.

Porém, no asilo, algo mais inesperado ainda acontece. Indo contra todos os prognósticos médicos, Jack começa a melhorar e, em algum tempo, recupera 100% da sua saúde, e assim, vai atrás dos filhos para recuperar então a sua família e partir para uma nova aventura... recomeçar a vida sem o seu grande amor e tendo que cuidar dos três filhos, missão essa que Lizzie fazia de olhos fechados e que parecia tão simples... e que Jack viu no seu dia a dia, ser muito mais dificíl do que realmente sua amada demonstrava parecer. E isto só o fez amar ainda mais sua querida esposa que teve que deixá-lo tão precocemente.

Para surpresa de Jack, sabendo do desejo de Lizzie quanto ao “Palácio”, sua avó deixa em testamento a “velha casa” para Jack e seus filhos e ele, então, parte com a família para lá, para realizar o último desejo de sua esposa, passar o verão no Palácio.... e lá suas vidas, dele e de seus filhos, muda totalmente.

Enfim, muitas coisas acontecem nesta nova cidade, nesta nova vida... eles conhecem pessoas que os recebem super bem e outras nem tanto. Eles tem que encarar seus “monstros” e recomeçar, literalmente. Não vou escrever, pois como sou apegada aos detalhes como vocês sabem, seria spoiler demais, hehe... mas o que eu posso garantir é que vale cada página... leiam, vocês não vão se arrepender!

Mas e ai, já leram este livro? Gostaram? Vamos conversar?


Bjo bjo

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Tem Alguém Ai?

Oi Gente,

Estou aqui para escrever sobre o livro Tem Alguém Ai? Da Marian Keyes.



Até hoje, todos os livros que eu li dela foram sempre muito divertidos, uma leitura fluída, descontraída, que eu queria ler o tempo todo para saber o que iria acontecer. E era uma leitura que me distraía, que me tirava do dia a dia da vida agitada e cansada. Porém, este livro foi um pouco diferente... não sei explicar exatamente por que, mas foi. Talvez a situação pessoal que eu estava vivendo no momento da leitura não tenha ajudado muito... um misto de coisas boas (praticamente todas voltadas ao pedal) com coisas bem ruins (mais uma vez a pessoa achar que conhece o ser humano e se enganar grandemente) fizeram com que a leitura se tornasse “ruim”, digamos assim.

Foi uma leitura lenta, difícil, cansativa... Anna Walsh não me cativou. No início ela se mostrou cansativa demais para mim... não consegui sentir empatia pela história ou pela dor dela. Nem pela busca que ela achava ser correta, ou pelos seus sentimentos confusos. Então, foi realmente difícil iniciar este post, eu não conseguia organizar as ideias para escrevê-lo. Na realidade, ainda não estou conseguindo direito, pois quando achei que as coisas estavam tomando um rumo adequado na minha vida novamente, recebi outras “lambadas” da senhora vida. Pois como diz um colega de trabalho, “nada está tão ruim que não possa piorar”. Aff...

Mas como estava ficando muito tempo sem posts e não gosto disto, resolvi arriscar umas letras ai...

Enfim, para escrever sobre o livro, busquei inspiração em blogs que fazem resenhas e acabei descobrindo que na realidade, Marian escreveu um livro para cada uma as irmãs Walsh (e que estes são os seus mais famosos livros – e que eu não os li – oxi). Eu não tinha ideia disso... talvez eu me dê a chance de ler os demais livros e tirar essa má impressão, pois realmente acho que foi o meu momento que não colaborou com a leitura (e que não está colaborando com a escrita agora).

Mas vamos lá. Anna Walsh sofre um grave acidente que faz com que ela retorne para a casa dos pais em Dublin para se recuperar... neste acidente, suas feridas não são somente físicas, mas muito mais emocionais que outra coisa.

 "Eu me arrastava ao longo de cada dia e a única coisa que me mantinha viva era a esperança de que o seguinte seria mais fácil. Só que não era. Todos os dias eram exatamente iguais. Era como se eu estivesse entrando por uma porta errada da minha vida e estivesse em um mundo onde tudo era idêntico, exceto por uma enorme diferença. Tinha esperança de que voltar a Nova York, levar uma vida normal, curtir meu trabalho e meus amigos fizesse o pesadelo se dispersar. Nada disso aconteceu. O trabalho e os amigos simplesmente passaram a fazer parte do pesadelo" (p. 224).

Demorei muito tempo para entender o que tinha acontecido com ela, pois ela não deixa claro em suas divagações sobre o acidente. Ela só quer retornar à Nova York e ao trabalho e quer encontrar seu amado Aidan, seu marido, aquele que dá sentido à sua vida. E indo contra seus pais e irmãs, ela retorna e tenta retomar a vida.

Porém, ela trabalha como relações públicas de uma grande marca de cosméticos e o tal acidente deixou-a com uma cicatriz muito feia no rosto, o que dificulta as coisas, pois ela trabalha com a imagem e, digamos que a sua imagem está afetada.

Mas a pior parte nem é essa... a questão é que neste acidente, ela perde o seu tão amado Aidan, questão esta que realmente eu demorei para entender. Pois ela vê Aidan em todos os lugares, mas isto é uma coisa da sua cabeça, da sua imaginação, do seu desejo. E este seu amor incondicional por ele à leva aos extremos, em busca de algum contato, qualquer que seja com ele, para saber o que ela pode fazer para que sua vida seja o mínimo “normal” depois de tudo o que aconteceu.

Dá para entender isto, tendo em vista que a maneira como tudo aconteceu em suas vidas e o amor que tinham um pelo outro era algo realmente lindo, puro, sincero... e pior (se é que posso dizer isso), muito real, algo que pode acontecer com qualquer um de nós, pois é uma história comum, não como num conto de fadas. Então é compreensível que, ao perder seu amor, que, no entender de Ana, seria para a vida toda, ela se desespere e queira entrar em contato com ele de qualquer maneira, para saber se ele está bem, para saber por que ele teve que ir tão cedo, por que ela teve que ficar sozinha... e o que ela deveria fazer daqui para frente, quais os caminhos a seguir a partir de agora. Por que não seguir com ele? Como fazer isso? Não seria mais fácil ir também? Por que ela não foi levada em seu lugar? Por que não morreu também?

E nesta busca, ela conhece pessoas que acabam mudando sua vida, porém, sem que ela perceba num primeiro momento. Há também a sua família... mãe, pai, irmãs, que de um jeito ou de outro, lhe dão apoio, estão presentes e buscam confortá-la e ajudá-la a superar este momento de dor e perda.

Há também os amigos de Anna, em especial Jacqui, sua melhor amiga... que se mostra realmente especial. Alguém que está ao seu lado, que lhe dá força, mas que também lhe mostra que tem uma hora que ela precisa cair na real e voltar para a sua vida de forma verdadeira, totalmente, presente, de fato.

Como citado em um dos blogs que li para me ajudar a construir meu texto, o livro nos permite montar o quebra cabeças que é o passado de Anna e entender o que esperar (ou achar que esperamos) do seu futuro, mas até chegar nisso, demoooooora!

Mas nossa, meu texto está ficando horrível, credo... realmente não estou boa para escrever, aff. Não sei se não era melhor deixar mesmo de escrever por um tempo do que  lhes oferecer algo tão bagunçado assim. Um texto sem pé nem cabeça,  tão confuso quanto anda a minha vida. Hehe!

Mas foco, vamos voltar ao livro. Anna volta para Nova York, tenta retomar sua vida, o que é difícil, pois sem Aidan nada é como antes, porém, ela resolve focar em seu trabalho, e um novo desafio faz com que, aparentemente, isto fique mais fácil, e assim ela vai para seu escritório todos os dias, e aos domingos, se une a um grupo de pessoas que tentam entrar em contato com seus entes queridos que já partiram. Num primeiro momento isto à conforta, porém, por não conseguir “falar” com Aidan, ela acaba se desmotivando disto também, e desistindo.

Em paralelo, ela mantêm uma relação com seus pais, suas irmãs e amigos, porém, esta relação é superficial. Ela se preocupa com a irmã que se mete com uma investigação de traição entre os mafiosos da região onde mora (ela é um tipo de detetive particular), mas às vezes se questiona se toda a história da irmã não passa de imaginação. Isto a distrai, o que é bom, mas ainda assim ela não consegue seguir com uma vida “normal”.

A questão é que ela demora muito tempo para entender que todo aquele sofrimento não a deixa seguir em frente, e também, de alguma forma, não deixa que seu amado Aidan descanse em paz. E como em todos os livros deste mote, há uma questão surpresa, algo que deixa o livro um tanto interessante, que chega até a dar um pouco de emoção em certo ponto (para mim). E que faz com que o sangue corra um pouco mais rápido nas veias desta pessoa que anda sem tanta emoção assim. O fato é que Anna percebe que precisa seguir em frente... que ela pode e deve construir uma nova vida e que Aidan estará ao seu lado de um jeito ou de outro e que o amor que sentem um pelo outro não morreu naquele acidente, mas que também não precisa ser um fardo a ser carregado de forma tão pesarosa.

Bem lá no finalzinho, entendi o que o livro estava querendo me mostrar... ufa!

Mas é isso... desculpa aí gente... a inspiração fugiu sem destino, espero que volte logo e me ajude a não torturá-los mais com textos tão ruins!

E vocês, já leram este livro? Sabiam desta questão os outros livros das irmãs? Vamos conversar?


Bjo bjo