terça-feira, 24 de outubro de 2017

A Violência de Curitiba



A Pior? Sim, acho que foi a pior situação que vivi na vida, até hoje...

E cá estou eu para compartilhar mais um pouco da minha vida com vocês. Lamentavelmente, esta foi uma experiência horrível, e que não desejo para ninguém.

Como alguns já sabem, eu estou grávida, de 14 semanas, e na última sexta-feira (dia 20/10), indo fazer alguns exames de manhã cedo (6h15), eu fui abordada por dois delinquentes que me deram voz de assalto e já foram chegando, me empurrando no chão, tentando tirar minha mochila das costas. Me mandaram não gritar, mas foi só isso que eu consegui fazer, pedir por socorro, pedir ajuda... aleguei estar grávida e eles disseram não estar nem aí, queriam as minhas coisas.

Isto aconteceu na rua 24 de Maio, entre as ruas Engenheiros Rebouças e Getúlio Vargas. Por causa do horário de verão, ainda estava escuro e não tinha ninguém na rua (nem andando, nem de bicicleta, nem de carro). Enfim, era bem cedo, então, eu estava sozinha... e como disse, gritando a plenos pulmões, eles me arrastaram pelo chão, puxando de todo jeito a mochila. 

De repente, um casal começou a gritar que havia chamado a polícia e percebi outras pessoas nas janelas observando tudo... aí os dois meliantes forçaram mais ainda e conseguiram tirar a mochila de mim, saindo correndo.

Depois, só me lembro de atravessar a rua e me jogar no chão, na frente da casa deste casal. Eles me acolheu em sua casa e me levaram (de carro) pra casa... eu chorava muito, não conseguia me acalmar de jeito nenhum... acordei o Kadu e contei o que tinha acontecido... eu não conseguia parar de chorar e com o meu desespero, pude ver a aflição e raiva no rosto do meu amado. Ele agradeceu ao casal, pegou a bike e saiu feito um louco, não sei se atrás dos caras, ou atrás de achar algo que eles podiam ter deixado pra trás. 

Aqui, quero agradecer imensamente, de todo o meu coração ao casal... ainda existem pessoas boas neste mundo! Obrigada!!!!

Antes, o Kadu me colocou na cama, mas como eu não conseguia me acalmar ou descansar, levantei e comecei a tratar das questões práticas necessárias num caso deste. Então, cancelei meus cartões, o chip e o aparelho celular, mudei minhas senhas nas redes sociais que estavam salvas no celular.... depois tomei um banho pra tirar aquela roupa com todas as lembranças e traços da violência que me acometeu. Logo o Kadu voltou, de mãos vazias claro, e fomos registrar a ocorrência e ir até o hospital para ver se estava tudo bem com o nosso bebê. 

No 2º Distrito, o policial que nos atendeu não pareceu ligar muito para o que tinha acontecido comigo, ele foi de uma frieza que chegou a me irritar, mas tudo bem, ele está acostumado né? É o seu dia a dia.

Depois, fomos até o Santa Brígida, onde fui prontamente atendida, mesmo sem documentos, e com a graça de Deus, ouvimos o coração do bebê e soubemos que foi só o susto para o nosso pequeno pedaço.

De volta em casa, o Kadu saiu de novo para tentar encontrar algo... e observou que a polícia estava circulando pelas ruas, sinal de que as pessoas realmente chamaram e eles foram... então estavam abordando pessoas suspeitas na rua e fazendo um tipo de “batida”, isso já me confortou de alguma maneira.

Neste momento, o celular o Kadu tocou e um homem, se identificando como soldado, alegou ter encontrado um celular que podia ser o meu, mas que eu deveria ir até o local para identificar o aparelho e também quem estava com ele. Então fui atrás do Kadu e fomos até o local... lá na Avenida Paraná, quase no terminal do Santa Cândida. 

E lá estava o meu celular. E dois caras que eu não conseguia identificar de jeito nenhum. Me acalmando um pouco, tive certeza de que não era nenhum dos dois. Um era um pobre coitado que foi abordado pelo meliante que havia “comprado” o meu celular na Rui Barbosa. Alegou ter pago 100 pelo aparelho, mas não consigo acreditar.

Enfim, a questão é que o ser foi preso por receptação de produto roubado, e nós tivemos que ir à delegacia para eu dar meu depoimento sobre o ocorrido. E ainda terei que passar por uma audiência por isso.

Depois de um tempo imenso, conseguimos sair de lá e fomos atrás da minha mochila, que gentilmente uma senhora que trabalha no Pronto Socorro do Sugisawa encontrou... e lá estavam todos os meus documentos, minha agenda... o que foi um alívio tremendo... só não estavam lá o carregador portátil, meus pen drives, meus remédios e alguns outros objetos de uso pessoal, mas tendo em vista as circunstâncias, dos males o menor, bem menor. 

Saldo do dia, arranhões, roxos, dor nas costas, alguns itens furtados, mas os mais importantes retornaram para mim... e o mais importante, tudo bem com o nosso pedacinho.

A violência sofrida ainda será lembrada por muito tempo, o corpo ainda dói.... o medo de sair sozinha na rua ainda está aqui, afinal, a gente jamais imagina que passará por uma situação destas, ainda mais grávida, e a meia quadra de casa. 

Ainda tenho medo que tudo o que aconteceu deixe sequelas no meu bebezinho... demorei muito, muito tempo mesmo para me acalmar, para conseguir pensar, sem chorar ou entrar em desespero. Sei que tudo que sentimos passamos para o bebê, rezo a Deus que seja apenas o susto, que não haja nada mais. 

Mais uma vez, agradeço ao casal que me acolheu... agradeço também, aos policiais que desconfiaram daquele cara e o abordaram... agradeço ainda, à senhora que encontrou minha mochila e à outra senhorinha que colocou tudo na internet. Ah, agradeço também ao rapaz que encontrou o meu crachá da empresa... e também à quem o deixou na portaria da empresa. 

Ah, agradeço também à todos que, de alguma forma, se preocuparam... que mandaram mensagens, que ligaram, agradeço cada abraço e cada acolhida, tão importantes num momento como este.

quinta-feira, 5 de outubro de 2017

Então, noivamos...



E cá estou eu para compartilhar com vocês um pouco da minha vida... um pouco das experiências pessoais que temos e que só nos fazem crescer e aprender a cada dia.

E quem diria, a Mel noivou.... e vai casar, sim senhor! (Pra quem achava que isso não iria mais acontecer pois passei do tempo, tá ai hehehe)

Minha vida está passando por mudanças “radicais” desde dezembro do ano passado... primeiramente, foram 09 meses que vivi só... no “meu apertamento”, mas que era a minha cara e super aconchegante.... até que a vida resolveu me presentear com alguém disposto a compartilhar tudo.... uma casa, as contas, as alegrias e tristezas, enfim, compartilhar a vida... e até um dog, kkkkkkk, então, vamos lá né, encarar esta nova fase da vida... a vida de casada.

Oficialmente ainda não, mas já estamos providenciando isso também.

E quando resolvemos morar juntos, começou tudo de novo... procurar um lar... um lugar para morar, para dividir a vida... e não é que o primeiro que vimos era exatamente o nosso número?! Bora lá correr atrás da papelada pra poder alugar... e daí contar com a ajuda sempre carinhosa dos amigos para fazer aquela super mudança no fds.... bem naquele que eu viajei (Roberto, Aquino, vocês foram ótimos, muito obrigada)!

E quando a pessoa volta de viagem, já volta na casa “nova”.... uma casa grande, que só na sala caberia todo o outro “apertamento” hehe... Nos primeiros dias, eu até cansava de andar por toda ela, imaginem só.

E já completou um mês que estamos lá e não está nem perto de organizar tudo... sempre tem algo à ser feito, sempre tem algo para limpar, arrumar, colocar no lugar, ou trocar de lugar... mas aos poucos está ficando tudo com a nossa cara... do nosso jeito.

Mas quero compartilhar aqui com vocês também, a experiência de viver com alguém... com alguém que não é parente hehe... nem pai, nem mãe... uma pessoa totalmente diferente de você, com comportamentos e costumes distintos.

Não vou dizer que é fácil... mas também não é tão difícil assim... interessante é viver o que sempre disse à todos os amigos próximos que se casaram... “casal, antes de mais nada, se respeitem e respeitem o espaço do outro e tem tudo pra dar certo”. E olha a Mel aqui, tentando colocar em prática o conselho que dá para os outros...

Cada dia é um aprendizado, uma novidade, uma situação diferente que nos faz aprender... principalmente, a respeitar o outro e o seu espaço (repetitivo né, mas é tão real que tem que ser repetido mesmo).

Ah, a vida muda sim, e muito quando você divide a casa e a vida com alguém... do que eu sinto falta? Talvez de ler mais, escrever mais, de ver os meus seriados e filmes... o que é novo e é muito bom? Ser recebida em casa todos os dias com um beijo, um abraço, um eu te amo, um almoço delicioso ou um café da tarde muito bem preparado. Além dos pulinhos e lambeijos do nosso Bolinha, cachorrinho que adotamos a alguns dias (mais uma coisa em que concordamos e compartilhávamos o desejo). E tem muitas outras coisas boas, que se for pra escrever, vai faltar espaço por aqui! 

Enfim, todo dia um aprendizado, todo dia uma coisa nova, às vezes aqueles questionamentos se é a coisa certa a fazer.... questionamentos que faço ao Kadu também, mas que na real, talvez nunca tenham uma resposta, pois é necessário viver um dia de cada vez, sempre pensando no futuro claro, mas vivendo aquele dia de forma que as dificuldades se transformem em crescimento, em amadurecimento, para que o relacionamento perdure.

Bom, acho que é isso... então a Mel está noiva, morando junto, com direito até a um cachorrinho e sim, ela vai casar... e está muito feliz, obrigada!

E vocês, como vai a vida? Espero que tão bem quanto a minha, senão, melhor! É o que desejo à todos vocês... uma vida feliz e plena, cheia de conquistas, realizações e aprendizado diário!

E é isso, vamos conversar?
Bjo bjo