quarta-feira, 18 de julho de 2018

Ser Mãe é Padecer no Paraíso




Hoje é dia 05/07/2018 e estou começando a escrever este texto. Coloco a data pois não sei se eu consigo terminar hoje, ou mês que vêm hehe... É, agora as coisas são assim... as prioridades se inverteram e foi de um jeito que eu nunca imaginei que aconteceria.

Eu sempre idealizei ser mãe... era o sonho da vida... casar, ter filhos, aquele sonho bem tradicional, de toda “menina”... e ele aconteceu comigo. Tardou, é verdade, mas como dizem, as coisas acontecem no tempo de Deus e não no nosso... então, cá estou eu agora com 38 anos e uma bebê que amanhã (06/07), completará 3 meses. 

Casei... uhuuuuu.... encontrei o louco disposto. Então tudo como “manda o figurino”!

Mas estou aqui hoje para escrever como a vida mudou... primeiro como vocês puderam notar, atualizar o blog ficou 100% esquecido.... depois, a minha vida deixou de existir para dar lugar à vida da minha filha... dizem que com o tempo algumas coisas voltam para o lugar (tomara), mas por enquanto é bastante mudança para se adaptar.

Bom, tudo começou a mudar quando descobri que estava grávida, mas nem de perto eu imaginava que na verdade as mudanças mesmo começariam depois de ouvir aquele primeiro choro, na sala de parto... aquele choro que provavelmente dava para ouvir no hospital todo, pois a bichinha tem pulmões bem “potentes” hehe!

Então, tudo realmente mudou no dia 06 de abril de 2018, às 10h38, quando veio ao mundo Maria Alice Grigowski Chagas, pesando 3,340 kg, e medindo 48 cm. Uma menina linda, cabeluda e bem, bem bocuda. Dava para ouvir a bichinha gritando longe, lá onde as enfermeiras estavam fazendo sua higienização e troca. 

Fiquei mais de uma hora aguardando para ir para o quarto... e nesse meio tempo, levaram minha menina duas vezes para mamar, pois ela chorava muito e as enfermeiras entenderam que deveria ser fome.

Que sensação mais ambígua essa de amamentar. Primeiramente, quando você ainda está dopada das anestesias....  sim, anestesias, pois devido a pré-eclampsia e uma diabetes gestacional, Maria veio ao mundo através de uma cesária e não do parto normal como eu gostaria... mas quem disse que isso importa? O que importa era a saúde dela, a minha... então, que seja cesária.

Depois de chegar ao quarto, ainda levou um tempo para levarem o meu pequeno pacote para lá...me deram banho, fizeram eu comer... ou isso foi depois? Já não lembro mais... muito do que aconteceu no hospital, hoje é um borrão para mim... a anestesia me fez muito, muito mal.

E lá veio a minha filha... tão lindo escrever isso, “minha filha”... então lá veio a minha filha... tipo: toma que o filho é seu, se vira... amamente, troque, dê carinho, amor.... Ah, socorro.... o que eu faço com isso? Onde é o botão de desliga? Essa criança não pára de chorar... tem algo errado! Socorro!!!
Por que eu estou aqui mesmo? Toda aquela teoria lida em pouco mais de 8 meses caindo por terra.... a realidade é muito diferente. 

E lá vem a enfermeira com uma caixa de remédios para mamãe... e... mamãe, vamos furar o pé da sua filha mil vezes para medir a glicose.... e vamos tirar todo o sangue dela para o teste do pezinho... e, poc, ela está de brinco e chegou a hora de ir para casa... para casa da vovó, é claro, pois não dá para ficar sozinha nesses primeiros dias com zero de experiência materna.

Vamos lá virar a casa da vovó e do vovô de cabeça para baixo... acabar com a rotina deles. Por que não é que vai um bebê para casa da vovó... é uma nova mãe completamente sem experiência, um bebê tentando se adaptar ao mundo, um marido que também é pai fresco e não sabe nada de nada e um cachorro que percebeu que tem algo “errado” pois de repente ele deixou de ser o centro das atenções e perdeu aquele colo de todo dia.

E os dias passam e o aprendizado vêm em cada banho, cada troca de fralda, cada ninar,cada colinho, cada noite mal dormida, cada noite não dormida... e o tempo passa e você já começa a ser cobrada: você tem sua casa... vamos para nossa casa.

Mas e o medo de encarar tudo sozinha, a gente faz o que com ele? Socorro de novo!

Então, a mamãe “fresca” coloca tudo dentro do carro e “volta para casa” que na verdade é seu novo lar, pois em meio a toda turbulência que é ser mãe, ela ainda resolve se mudar por motivos que nem vem ao caso. E o seu novo lar ainda não é um lar de fato... tudo virado, bagunçado, fora do lugar... eu não acho nada, não sei onde estão as coisas... e mais uma vez... socooooorro! 

Mas o dia a dia faz tudo começar a se encaixar... a filha dorme no seu bercinho dentro do seu quarto já na primeira noite, que lindo! É isso ai, nada de dormir com os pais... E no dia seguinte, o que acontece? Sobe o bercinho sobressalente, coloca no quarto dos pais... melhor ter ela por perto a noite.... Ah, mas ela não dorme na cama, só no berço, certo? Errado, algumas noites, por mil motivos diferentes, você coloca sim a sua filha na cama dos pais e ainda abraça ela, pra proteger mesmo, indo contra o que todo mundo fala por ai sobre isso. E ela dorme a noite toda, enquanto você fica acordada, com medo de algo dar errado... não tem problema se o seu braço formiga, amortece, essas coisas não tem problema, você nem sente no dia seguinte.

E falando em nem sentir, pra que coluna e joelhos saudáveis né?! Quanto mais a pequena cresce, em saúde e beleza, mais pesada fica... e gosta de um colo essa danada. 

Berço, carrinho, bebê conforto, sofá, tudo isso tem espinho... e aff, é um perigo, só no colo que eu tenho segurança mamãe.

E assim você embala a pequena, enquanto acompanha pela tela do celular, o desenrolar da vida alheia, vê os amigos indo naqueles pedais maravilhosos que você sempre quis ir, vê os seus amigos superando limites... ir até o pedágio agora é fichinha (pra eles)... e você nunca foi... e o coração fica apertado pois você se sente mal, por se sentir mal, por ter digamos “inveja” dos amigos... ué, não era você que queria ser mãe? Ser mãe é abrir mão de tudo, é padecer no paraíso... sim, é verdade... eu amo ser mãe, mas isso não me impede de sentir falta da vida que eu tinha.... das coisas que eu fazia... até a vida de casal muda, e muito... e os cuidados que precisamos ter para não ruir aquele amor eterno que agora fica abalado por causa de um serzinho tão pequeno.

Vida difícil minha gente, mas tudo é compensado quando ela me olha e abre aquele sorrisão lindo, toda simpática... e agora já começou a “conversar” sabe... fala tanto que chega a dar soluço.

E é linda, perfeita, e me faz muito feliz.

Dias difíceis são compensados com outros mais suaves... e assim vamos levando um dia de cada vez, com muito aprendizado e vibrando com cada conquista dela... diz que um dia as coisas “voltam ao normal”... e enquanto esse dia não chega, vamos vivendo do jeito que dá mesmo.

E não é que consegui escrever tudo hoje mesmo? Isso porque ela está dormindo, dormindo tanto que já estou ficando preocupada, veja se pode.

Alguns dizem, aproveita pra dormir também... tem dias que eu até faço isso, mas na maioria das vezes, tem roupas para lavar, casa para limpar, roupas para passar, comida para fazer.... e essa é a tarefa mais difícil, cozinhar... e, em consequência, tenho me alimentado meio mal, meu almoço muitas vezes é pão ou miojo, que é mais rápido, porém, nada saudável para quem amamenta. Mas com o tempo creio que dará mais tempo de cozinhar e comer melhor.

Bom, acho que por enquanto paro por aqui... vou ali dar uma olhada no meu “pacotinho de amor” e volto logo (espero).

Ah, hoje já é dia 18... então, vejam quantos dias demorei para conseguir digitar o texto escrito... e mais uma vez, porque a pequena está dormindo... e mais uma vez, dormindo tanto que já estou ficando preocupada, kkkkkk

É meus amigos, essa é a vida de mãe.... e ela é MARAVILHOSA, apesar de tudo.

Beijos para vocês e até a próxima!!!!

quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

Balanço 2017



E ai pessoal, tudo bem com vocês?
Depois de algum bom tempo ausente, cá estou eu para atualizar vocês das coisas e também fazer um balanço do ano que passou...
2017 acabou e com ele, o ano que mudou a minha vida... sim, mudou.
2017 foi o ano do aprendizado... foi o ano que sai de casa e conquistei a minha independência. Ano em que vivi 9 meses no meu cantinho, aprendendo diariamente, vivi “sozinha” e cada dia descobria algo novo que me fazia crescer como pessoa. Foi também, o ano que encontrei o amor verdadeiro... amor que eu já não imaginava mais ser possível em minha vida. Eu finalmente “arrumei um louco disposto” hehe...
Sim, alguém que quis constituir uma família comigo. Foi o ano em que eu engravidei... foi o ano em que eu casei... mudanças? Sim, foram muitas... Aprendizado? Sim, diário.
Então, como eu desejei no post do balanço de 2016 para o ano de 2017, foi um ano realmente novo, em alguns aspectos difícil, mas no final das contas, maravilhoso, um ano MARAVILHOSO.
Mas vamos lá para o tal balanço que eu faço anualmente... este ano bem mais “fraco” que nos outros, mas é porque a vida mudou 100%.
A começar pelas atualizações do blog, que no ano passado ficaram em 22 postagens, bem menos que no ano anterior, ou seja, a primeira promessa de ano novo do ano passado não foi cumprida, pois não consegui manter a média de 3 a 4 posts mensais. Na realidade, de outubro até dezembro não postei nada.
Já quanto aos filmes e seriados vistos, foram 306 (só 02 no cinema, muito caro hehehe), pouca coisa menos que no ano anterior... e só consegui manter uma boa média, pois o marido adora um seriado e também, pois agora temos uma TV que dá pra ver netflix hehehe.
Como em todos os anos, o que mais vi, foram seriados. Grey’s Anatomy, Shadowhunters, How I Met Your Mother, Narcos, 13 Reasons Why, Grimm (terminei toda a série, pelo menos até onde tem episódios), Stranger Things, Eu, tu e ela, Glitch. Destaque para as séries mais no estilo de suspense, até um tanto de terror.
Quanto aos livros, foram 5 completos e 1 iniciado no mês de outubro! Sim, uma vergonha para quem gosta tanto de ler... mas além da falta de tempo, há também uma falta de interesse.
Neste ano que passou, tive o prazer de ver o show do Nevilton lá no Jokers, show que fazia tempo que não vinha pra cidade e foi maravilhoso. Para variar, fui sozinha, mas não dá nada... me diverti do mesmo jeito. E também, assisti a uma peça teatral no Festival de Curitiba, Macumba, que foi extraordinária.
Quanto ao balanço profissional, no final das contas não posso reclamar, tive um bom ano. Acredito que a gestação tenha influencia nisso. Sim, a gestação... acreditem, a gente muda muito, muito mesmo.
Uma coisa que estava acontecendo todos os anos e em 2017 não aconteceu, foi o convite para avaliar as bancas de TCC da UFPR, não sei o que houve, mas fez falta ter aquela interação maravilhosa com a minha área.
Agora, as viagens... apesar de todas as mudanças, até que elas aconteceram hehe... Fui para Guaratuba, Praia de Leste, Ilha do Mel (pedalar, e foi MARAVILHOSO), Morretes (pedalar também), Bombinhas (no Free Force), Garuva (para as férias de inverno), Ponta Grossa (pedalar), Praia de Leste de novo para pedalar dessa vez e por fim, Caiobá, para a minha lua de mel hehe. Neste ano que se inicia, não sei como será... com a bebê chegando, talvez 2018 não seja o ano das viagens.
Quanto às questões do coração, finalmente o status mudou... e mudou muito né? Encontrei um louco disposto, casei, estou grávida... então as questões do coração estão muito bem, obrigada!
Bom, acho que paro por aqui este balanço... que 2018 seja um ano abençoado para todos, pois o meu já está sendo! Mas e como foi o ano de 2017 para vocês? O que desejam para 2018?

Vamos conversar?

Bjo Bjo