quinta-feira, 14 de maio de 2020

Os Reflexos da Pandemia



Bom Dia Pessoal, tudo bem com vocês?
Ando meio bem desaparecida daqui.... mas nesta semana que passou senti a necessidade extrema de escrever um pouco para extravazar.
Foi um texto escrito em vários dias e ouso dizer, ainda incompleto, por isso ele começa com data retroativa.
Vamos lá?



Hoje é dia 10 de maio. Hoje fazem 52 dias que estou em casa em função desta Pandemia.
Minha quarentena se iniciou em 20 de março, e na minha cabeça, ainda no final de março as coisas já teriam "se ajeitado" e eu voltaria ao trabalho e minha filha para a escola e nossas vidas voltariam ao normal, vendo meus pais, estando com os colegas de trabalho e amigos, podendo visitar shoppings e mercados sem medo.

Primeiro dia em casa.... vamos trabalhar? Levei um dia inteiro para conseguir fazer o acesso ao sistema da empresa para o famoso "home office".

No começo, achei sensacional poder trabalhar de casa e poder ter mais tempo com a minha filha. Na prática, percebi que não seria tão simples assim.

Ingenuidade a minha achar que conseguiria trabalhar 8 horas por dia (seguidas) e ter 1h30 de almoço e fazer comida, cuidar da filha, levar o cachorro fazer xixi....

Na prática, você tem que parar no meio de algo que requer toda a sua atenção, para atender a sua filha que não consegue pegar/abrir/puxar um brinquedo ou qualquer outra coisa.

Na prática, você tem que se preocupar com o almoço e a janta, e isso tem que ser feito "durante o expediente".

E as louças na pia?! Elas tem o poder da multiplicação. Você lava e em segundos aparece mais.
E a criatividade para o cardápio?! Todo dia tenho que pensar em algo "novo" para fazer, pois não é só a criança que tem que comer, o marido, que chega tarde da noite em casa, ele também precisa e quer comer e quer variedade, claro... afinal, trabalhou duro o dia inteiro, já que a empresa que trabalha não parou com tudo o que está acontecendo.

E a boba aqui achou que ia dar tempo de ler, escrever, de atualizar o blog com mais frequência para não parecer um blog abandonado.... mas mais uma vez, que "bobinha" que eu fui.

Mas uma coisa é certa, apesar de super cansativo tanto para mim quanto para a Maria que já está cansada de ficar dentro de casa, sem ver os amiguinhos da escola, sem poder correr por ai, é muito bom acompanhar o desenvolvimento dela. Ver o comportamento mudando, amadurecendo, o "gênio" ariano do serzinho se manifestando cada vez mais. Acompanhar suas vitórias, suas conquistas... as frases completas, os beijos e abraços mais fortes e carinhosos.

Ajudar a levantar dos tombos, beijar os dodóis pra sarar mais rápido. Vê-la dormir (menos do que eu gostaria) no meio da tarde das maneiras mais engraçadas. Se eu tentar dormir de qualquer um dos jeitos que ela frequentemente dorme, nunca mais ando kkkkkk

E também, "decorar" todos os episódios da Masha e o Urso, Chip e Potate, Caillou, entre outros....ai ai! 

Também é bom por descobrir alguns dons culinários que eu não imaginava ter... cada comidinha gostosa que tem saído por isso! Pena que com essas delícias, venha também o peso que já aumentou muito mais do que eu gostaria.

Não tenho vontade e nem tempo para exercícios, mesmo em casa. 

Sabe, nunca, em toda a minha vida, eu imaginei que vivenciaria uma situação como essa. Mas também, nunca imaginei que seria "bom" tudo isso.

Tem sido um tempo para conhecer melhor minha filha, meu marido e até o cachorro.... mas também, a mim e às minhas limitações e à situações que eu achava que estavam "vencidas e superadas" e que ainda incomodam... Nossos limites estão sendo testados diariamente para mostrar que somos humanos, que temos sentimentos e que o contato físico e a "liberdade" nos é tão importante e antes, tão pouco valorizada. Neste tempo, cansamos, choramos, achamos que não vamos dar conta, que etsá tudo errado, para logo depois perceber que é um momento de aprendizado e que, acima de tudo, vai passar.... então, não podemos desistir, é momento de união (distante, por mais estranho que pareça), o negócio é ficar em casa, respeitar as orientações dos órgãos competentes e saber que um dia melhor está por vir.

E vocês, como estão se virando com tudo isso?

Vamos conversar???

Bjo bjo

segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

Viver Duas Vezes



Todas as noites, após o jornal, acabamos assistindo algo na Netflix, normalmente, desenhos e filmes infantis por causa da Maria... mas esses dias, como ela já estava dormindo, sugeri algo diferente ao querido esposo... e já de cara a Netflix nos ofereceu Viver Duas Vezes... ao ler o resumo e ver a sinopse, me pareceu interessante, então, resolvemos assistir.



O título original é Vivir Dos Veces, filme espanhol, produzido e dirigido por Maria Ripoll em 2019 e lançado na primeira semana de 2020.

Ele conta a história de Emilio, um professor universitário de matemática, aposentado, que para sua infelicidade, é diagnosticado com Alzheimer.

Imaginem o desgosto de um professor que descobriu um número primo, seu maior feito, começar a esquecer o que tanto amou e se dedicou uma vida toda.

Ao se ver passando por esta situação, não reconhecendo onde estava, não conseguindo voltar para casa, tentando pagar uma conta duas vezes, passou a recordar toda a sua vida,  e o coração bateu mais forte com as lembranças da infância, do seu primeiro amor. 

Como sabia que iria esquecer seu primeiro amor, Margarita, ele resolve buscá-la, reencontrá-la uma última vez. 

Para isto, ele faz a mala e entra em seu carro (bem velho) e é abordado por sua neta, Blanca, que por estar em conflito com o pai, não quer ir para casa e resolver embarcar com o avô nesta empreitada.

Eles não conseguem ir muito longe até serem “denunciados” para Julia, filha de Emilio, mãe de Blanca.

Como existe uma questão (que até certo ponto podemos dizer mal trabalhada no filme) entre Julia e seu esposo, ela resolve largar tudo e correr atrás do desejo do pai, encontrar Margarita, apenas sabendo que ela foi professora em Granada e mais nada. 

Chegando lá, descobrem que ela não mora mais no endereço que conseguiram e então, voltam para Valenza frustrados. 

Vida que segue, Emilio se muda para a casa da filha e sua netinha, usando a internet e seus contatos, acaba conseguindo o verdadeiro endereço de Margarita, que pasmem, é em Valenza mesmo... assim, eles vão ao encontro do grande amor da infância daquele homem.

Ao chegar na casa, Emilio identifica como aquela em que passava seus verões durante a infância e com isso, muitas e muitas memórias voltam a sua cabeça, são lembranças que chegam a doer, ele entra na casa, vai até os fundos e lá encontra ela, Margarita, sentada em uma cadeira, contemplando a paisagem. Ele senta, se apresenta e ela o olha atentamente, mas existe algo “errado”.... Seu primeiro amor tem demência em estado avançado, ou seja, não está lúcida... mas fica claro que ela o reconhece, quando lhe entrega um bordado inacabado, parecendo o símbolo do infinito e que remete aos tempos em que se conheceram.

E assim, ele vai embora e continua sua vida... até que o estado avançado da doença o leva para uma casa de acolhimento e lá, para sua surpresa, ele reencontra aquela que fazia o seu coração bater mais forte e aceita aquele convite para ir à praia... aquele convite feito a mais de 50 anos e que ele nunca esqueceu.

...


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Oscar Martínez é quem interpreta Emilio... sem dúvidas o melhor do filme, pois suas expressões (principalmente quando os sistemas da doença começam a se acentuar), seu humor ácido, sua inteligência, prendem a atenção e emocionam.

Mafalda Carbonell, a neta “rebelde” que só quer saber de ficar no celular também, é ótima, pois no desenrolar do filme, vai se envolvendo verdadeiramente com aquele vô que, até então, ela queria manter distância... em diversas cenas, o envolvimento de ambos é são simétrico, que fica evidente a cumplicidade que existe naquela relação, cumplicidade que nasceu e cresceu no decorrer da história. 

Enfim, chega de bla bla bla... assistam e depois me contem... terminei o filme chorando litros, pois Alzheimer é uma doença muito triste, pois nos leva do que de mais valioso tempos, nossas memórias, nossas lembranças... e um amor da infância é sempre emocionante também... 

E vocês, gostam deste tipo de história? Vamos conversar?

Bjo Bjo

segunda-feira, 13 de janeiro de 2020

Balanço 2019



Hello People! Como vocês estão?! E cá estou eu, mais uma vez me tornando repetitiva, hehe: vejam só como a vida de mãe é corrida... quanto tempo sem escrever.... desde setembro, que tristeza. Mas também, parece que perdi muitos leitores neste tempo, desde que me tornei mãe e os posts se espaçaram mais.
Mas vamos lá para mais um balanço anual... vamos avaliar como foi o ano de 2019... e gente, parece que 2019 não durou 12 meses, parece que durou, pelo menos, 18!
Bom, assim como 2018, ano em que recebi nos braços o maior e melhor presente da vida e com ele, minha vida mudou totalmente, preciso informar que 2019 não foi diferente.... foi aquele ano diferentão em todos os sentidos... acompanhar o crescimento de um bebê é mágico, e também cansativo, mas muito, muito gratificante... mas uma coisa é fato, anulamos muito da nossa vida... que agora, não nos pertence mais.
Foi mais uma vez, um ano de aprendizados praticamente diários... completamos nosso primeiro ano no sobrado, que diga-se de passagem torna-se cada dia mais o nosso lar e com gratas surpresas quanto aos vizinhos. Principalmente os vizinhos do 11 e do 12.... tanto os casais como as crianças. Gêmeos fofos que tem muito carinho com a Maria e gostam de brincar com ela, além do pequeno Gabriel que é pouco mais velho que a Maria e também curte brincar com a minha pequena!
Então, quanto a rotina diária, algumas coisas até que entraram “no eixo”, em contrapartida de 2018, porém, há coisas que ainda não consegui... e que doem no coração, mas tudo bem, um dia de cada vez. Como ouço muito: as crianças crescem rápido, aproveite, depois você volta pra sua rotina... e é verdade. Minha Maria já anda por tudo, corre, pula, sobe em tudo, fala mais que papagaio, dá risadas deliciosas, beija, abraça, ama... e isso tudo é uma delícia e não troco por nada.
Isto posto, vamos aos dados:
Começando por este blog lindo, foram 10 atualizações, mais que em 2018, onde consegui escrever apenas 2 posts. Mas confesso que me faltou mais inspiração do que tempo para escrever. Vamos ver se neste ano que se inicia, consigo pelo menos 2 posts mensais.
Quanto aos filmes e seriados vistos, foram 532 (nenhum no cinema, Maria ainda pequetita demais pra isso), um pouco mais que no ano anterior...
Pra variar, foi o ano dos seriados... vou citar um pouco dos diversos vistos:
Sex Education (bem adolescente, mas engraçadinho), Elementary (sensacional, ele faz uma “analogia” ao Sherlock Holmes, mas nos tempos atuais... o protagonista também se chama Sherlock e tem uma monitora de reabilitação – pois ele precisou passar por um tratamento de desintoxicação – era viciado – que olhem só, se chama Watson... devido ao seu problema de saúde, ele deixa de prestar serviços para a Scotland Yard em Londres e se muda para Nova York, onde passa a prestar serviços de consultoria para a polícia local, pois é um gênio dedutivo e seus interessantes nem sempre “comuns” auxiliam a polícia em suas investigações mais complexas – ele sempre encontra “o bandido”),
The Umbrella Academy (meio incomum, mas bacaninha), continuamos com a saga adolescente Shadowhunter, Society (um grupo de adolescentes sai para uma excursão da escola e devido a uma tempestade precisam voltar para casa... mas quando chegam “em casa”, não existem mais adultos, parece que eles estão vivendo em um mundo paralelo, bonzinho até... vamos ver se terá continuação).
Riverdale (que é a minha nova queridinha, já sofro de abstinência, aguardando ansiosamente a quarta temporada – mais um daqueles dramas adolescentes que eu tanto adoro, heheheh... os amigos Archie, Betty, Veronica e Jughead se envolvem em diversas situações e acabam descobrindo que a vida em sua linda Riverdale não é tão “normal” assim, difícil descrever, pois cada temporada teve um mote, porém, tudo começa com a estranha morte de um adolescente rico da cidade), O Mundo Sombrio de Sabrina (série adolescente sobre bruxas, uma graça).
Stranger Things (nem requer comentários), La Casa de Papel (também não requer comentários), Lucifer (ah esse diabo kkkkk, espero que chegue logo a próxima temporada), Elite (mais um seriado adolescente que mostra os bastidores de um grupo de adolescentes que tem muito dinheiro e muito a esconder também).
Dark (que tive que rever a primeira temporada para conseguir entender a segunda melhor hehe, mas é bom pois instiga o raciocínio), mais uma temporada de 13 Reasos Why (que não foi assim tão “boa”), Glitch (que assisti novamente a primeira temporada para conseguir dar conta do recado e que também instiga o raciocínio).;
Vis a Vis (mais uma daquelas séries que te envolve em tudo – resumidamente, é a vida das detentas de uma penitenciária de grande porte), a segunda temporada de Você (maravilhosa, envolvente e aterrorizante no melhor estilo Don Juan malvado).
Finalizei o ano com Good Witch (ainda em andamento), uma série fofinha sobre a vida das pessoas na cidade de Middleton, onde uma mãe e filha (bruxinhas do bem), deixam a vida das pessoas da cidade e de fora dela também, muito mais interessantes e melhores... ótima para dar uma aliviada depois de tantas séries mais fortes e “violentas”.   
Um filme muito bom, foi O Farol das Orcas, super recomendo.
Quanto aos livros, já melhoramos em comparação com 2018, mas não chega nem perto do meu “normal”. Foram 4 livros lidos completos: O Despertar do Príncipe e o Coração da Esfinge de Collen Houck, Cartas aos Mortos de Ava Dellaira e A Lista de Cecelia Ahern.
No balanço profissional, vejamos... foram 12 meses de muito trabalho, foram meses de se sentir valorizada e participar de questões estratégicas (desenvolvimento de sistemas, treinamento ministrado, planejamento, novos desafios na área da qualidade – ISO), mas também, foram alguns meses de decepção e, até, posso arriscar dizer, puxadas de tapete de quem sempre ajudei.
Quanto ao meu segundo turno, posso dizer pra vocês que, pelo menos, tenho dormido mais, hehe! Não chegamos a 8 horas de sono, mas muito perto disso... e também, com o crescimento da Maria, veio alguma independência dela, e minha também.
Mais uma vez tive o prazer de participar de uma noite de avaliações de bancas de TCC lá na UFPR, para avaliar projetos de implantação de melhorias na área de secretariado... o que muito me alegra, pois são muitos projetos interessantes e que mudam a visão que, infelizmente, ainda se tem do profissional de secretariado. Gratidão pelo convite!
Sobre as viagens, diferente de 2018, até que saímos da cidade: em agosto fomos para Aparecida do Norte com a romaria da Lidiane (ida e volta bem tensas com a bebezita, mas lá foi tudo lindo) e em dezembro fomos para Caiobá, apresentar o mar para nossa peixinha (diferente da mamãe que tinha medo do mar, ela “se jogou” na água e também na areia, curtiu cada momento que tivemos na praia).
Quando o assunto são as questões de coração estamos bem... coração cheio de amor, feliz... mas que fique claro que, assim como no ano anterior, rolaram os altos e baixos de qualquer relação, principalmente quando se tem bebê e cachorro no contexto. Como nossa relação começou meio atravessada, com a mamãe engravidando com um mês de namoro, seguimos nos conhecendo, aprendendo um com o outro, tentando respeitar os limites de cada um e aceitar que somos diferentes e que não tem mal nenhum nisso.
Como eu sempre digo: “Amor, eu sou chata, eu sei, mas eu te amo, tá?!”
Então é isso, 2019 foi um bom ano até... e eu desejo que 2020 seja melhor ainda... que eu possa ler mais, viajar mais, voltar a fazer coisas que eu gosto, que eu possa estar presente na vida da minha família de forma plena e completa... que possamos crescer juntos e amadurecer.
Mas e vocês, como foi o ano de 2019? E o que sejam para 2020?
Vamos conversar?
Bjo bjo