quarta-feira, 28 de maio de 2014

O Que Realmente Importa?

E vamos continuando a leitura deste ano... como ando meio triste e deprimida, tenho focado muito mais na leitura... pelo menos uma coisa boa nessa situação triste e chata que eu espero que passe logo. Enfim, o livro da vez se chama O que realmente importa?, de Anderson Cavalcante. Ai você vai me dizer, tá com cara, ou melhor, com nome, de livro de autoajuda... e eu vou te dizer sim, é exatamente isso... é um livro de autoajuda e é ótimo... mais um daqueles que realmente faz você refletir e agir, pois existem diversos livros de autoajuda que não nos motivam a uma prática, mas este não, ele incita a prática, ele pede que você reflita, escreva e parta para a ação.

As palavras-chaves dele são: Missão, Objetivo, Meta, Ação.

O que você quer para a sua vida? O que você está fazendo para alcançar este desejo? Estas são algumas das perguntas que eu me fiz durante a leitura.


Estas são algumas palavras do autor sobre o seu livro:
Certas coisas vemos melhor com os olhos fechados. Aqui vai meu pedido. Espero que no decorrer desta leitura você use o olhar da contemplação. Deixe de lado seus pressupostos e preconceitos. Mergulhe na leitura desarmado e com o coração aberto, para que, mais do que ler para entender, possa ler para sentir. Tenho certeza de que, assim, minhas palavras farão um sentido muito maior para você e para sua vida, pois verá este livro com o olhar de quem deseja — e pode — ver além”.

O livro nos mostra que todos temos uma missão e pede que reflitamos sobre ela... será que é realmente esta a sua missão? Será que o seu foco está correto? Por diversas vezes me senti assim, me questionando se o que estou fazendo da vida é o que eu realmente quero, ou se me falta algo... e sim, parece que o livro tem razão, me falta algo... e diz respeito a não só uma área da minha vida, mas pelo menos duas delas.

O rumo profissional que tomei é o que eu quero? Não? Mas por que não mudo? Me acomodei? Sim.... e assim por diante, estas foram mais algumas questões que o livro me levou à reflexão.

Será que é possível dar uma guinada na vida e conseguir arcar com as consequências? Segundo Cavalcante, sim, é possível, basta ter tudo muito bem planejado e para isso, é preciso fazer anotações, recorrer a tais anotações sempre que necessário e alterá-las quando achar que é o caso.

Enfim, foi um livro que mexeu comigo, e espero que tenha mexido o suficiente para me fazer tomar atitudes necessárias para melhorar minha vida, focar de fato na minha missão... durante a leitura, só conseguia enxergar que o meu destino é a sala de aula, que é lá que eu me sinto realizada... preciso fazer algo a respeito, pois a vida está passando e já não sinto mais como se estou fazendo a diferença como fazia quando estava dando aula.

Espero que tal leitura possa mexer com o seu íntimo também... que te leve a identificar a sua missão e que você faça por si, o que é necessário para realizá-la.

Conheçam mais sobre o autor através do site: http://www.andersoncavalcante.com.br/

Boa leitura!






terça-feira, 20 de maio de 2014

O Lado Bom da Vida



Terminei esta semana de ler O Lado Bom da Vida, de Mathew Quick... estava ansiosa para lê-lo, já que muitos conhecidos comentavam sobre ele... e tem também o filme que só ouvi elogios... mas preciso confessar pra vocês que eu achei o Pat um grandessíssimo chato hehe! Aff... parece que entrou na fila umas 1000 vezes pra ser chato, cruzes.
Mas dizem que no filme ele não é tão chato assim... vou assistir o filme neste fds (se der tempo) e tomara que seja mesmo mais legalzão hehe!

Mas vamos a história do livro... ele conta o que aconteceu com Pat Peoples e que ele, Pat, busca o final feliz para a sua história... e o final do tempo separados com a sua tão amada esposa Nikki... porém, ele passou anos numa clínica psiquiátrica, mas ele não tem noção de quanto tempo passou e também não lembra ao certo por que foi parar lá.

Pat é um jovem bom, chega a ser até um pouco ingênuo, porém, por sua condição psiquiátrica afetada, tem altos e baixos que por vezes podem assustar.

Sua mãe, Jeanie, de uma bondade incrível, vai até a clínica e resolve tirá-lo de lá a qualquer custo. Explica ao filho que para que ele permaneça em casa e não volte para o lugar ruim, como ele mesmo denomina, será necessário que ele tome todos os remédios e vá a um psiquiatra (Dr. Cliff, que acaba se tornando um amigo, o que ajuda muito na recuperação de Pat). Ele concorda e assim vão-se embora.

Seu pai, Patrick, não recebe-o bem em casa, estranhando que o filho tenha recebido alta, ao que a mãe explica. A relação entre pai e filho não é boa, o pai é rude com o filho, por vezes ignorando-o totalmente, como se ele não estivesse em casa.

Assim, Pat passa seus dias entre exercícios e a leitura dos livros que a Nikki utilizava para dar aulas. Ele queria ficar forte, bonito e gentil para quando o tempo separados acabasse. Ele não entende por que as pessoas não falam nada sobre os acontecimentos do passado, que sempre que ele se depara com questões de tempo, todos fiquem desconfortáveis. Ele também não entende como as fotos do casamento dele com Nikki não estão mais na casa dos seus pais, nem como o vídeo do casamento sumiu. Ele questiona as pessoas que inventam as mais diversas histórias para justificar as situações. Ele não consegue aceitar que houve um fim com Nikki, para ele, o tempo separados vai acabar e tudo vai voltar ao normal, ele será um bom marido como sua amada sempre quis. E para isso ele se esforça, pratica a gentileza, como ele diz, ele prefere ser feliz a ter razão.

Pat tenta retomar velhos hábitos, então volta a frequentar os jogos dos Eagles com o seu irmão, onde acaba por conhecer muitas pessoas bacanas que passam a fazer parte de sua vida, mas também acaba se envolvendo em várias confusões. E retoma também, a amizade com Ronnie, aquele que ele considerava seu melhor amigo. Ronnie é casado com Verônica e ela tem uma irmã chamada Tiffany, a quem todos tentam “jogar” para cima de Pat.

Tiffany é um caso a parte neste livro, gostei muito do seu papel geral na história. Ela também tem problemas psiquiátricos devido a morte do seu marido prematuramente. Para extravasar, ela dança, para competir um campeonato ao qual não consegue ganhar pois sempre dança sozinha.

Tiffany e Pat, com seus comportamentos peculiares, para não dizer estranhos, acabam se aproximando dia a dia, correndo juntos, ficando em silêncio juntos e depois, devido a uma trama que a Tiffany “inventou”, dançando juntos.

A intenção da garota era a melhor, porém, ela acaba piorando a situação de seu amigo Pat de uma maneira bem séria. Mas adivinhem? Ela fez tudo isso por amor, ela se apaixonou por seu amigo... e por amor, acaba valendo tudo.

Confesso que só o final do livro me pegou de jeito... pois num geral, achei o Pat muito chato como já disse anteriormente, e também assisti o filme, que pra variar, se perde tanto, que não parece nem baseado no livro. Comportamentos dos personagens totalmente diferentes da narrativa oficial, mas enfim, são filmes baseados em livros, expectativa minha ser igual ou no mínimo parecido.

Enfim, minha avaliação não é a melhor, o que me deixa pensativa, será que fui eu que mudei o meu ponto de vista? Será que os meus critérios de avaliação mudaram? Será que estou mais “bruta”? Todos que conheço amaram o livro, amaram o filme e eu não... mas eu não!

Se gostaram ou não, comentem, compartilhem suas opiniões!


Beijos e até a próxima!!!!

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Pode Beijar a Noiva



Hora de comentar mais um livro lido... comecei o ano bem empenhada nas leituras, mas acabei dando uma relaxada por causa da Hospedeira que foi muito difícil de ler, hehe... enfim, este a leitura foi rapidinho, mas confesso que esperava mais, principalmente sendo de quem é...
E o livro em questão é Pode Beijar a Noiva, de Patricia Cabot que é um pseudônimo utilizado pela escritora norte-americana e tão conhecida, Meg Cabot.
Trata-se de um livro de época, uma história de amor claro... Emma Van Court é uma jovem que se apaixona por Stuart, que queria se mudar para a Escócia e viver como cura (o mesmo que um pároco hoje em dia). Mas James, primo de Stuart, acha que ambos são muito jovens e que é uma loucura que eles se casem, contando para a família de Emma, que também reprova a ideia. Assim, Emma e Stuart fogem para a Escócia, para uma cidade chamada Faires e se casam...
Lá eles pensam que viveriam sua linda história de amor. Ou melhor, Emma achava isso, pois Stuart era a pessoa mais desapegada que ela já conheceu e o seu foco era a caridade, deixando seu casamento um pouco de lado.
Mas alguns meses depois do casamento chegou a epidemia de tifo, que matou diversos moradores de Faires, entre eles, Stuart....
E a partir de então Emma passou a viver sozinha em sua precária casa, ocupando os seus dias dando aulas para as crianças da cidade no velho farol.
Como acreditou ser uma obrigação, enviou uma carta para a família de Stuart, informando sobre  sua morte... mas o que ela não esperava, era que James apareceria por lá, para levar o corpo do primo para ser enterrado junto ao jazigo da família, em Londres.
Além disto, algo em torno do falecimento de Stuart não está muito claro para James, já que ele vê que Emma é cortejada por diversos homens no vilarejo onde mora.
Primeiramente ele chega à casa de Emma dizendo que foi dar suas condolências e chamá-la para morar com a mãe de James em Londres, convite que Emma rejeita sem nem pensar.
James não se dá por vencido, diz que irá embora, mas volta à hospedaria onde conversando com moradores, descobre que na realidade o seu primo não morreu de tifo e sim foi assassinado. Que o motivo de tal barbaridade não está clara, mas que o assassino, entregou-se à polícia e, condenado a morte, deixou toda a sua herança para Emma, como um pedido de desculpas por ter matado seu marido. O juiz da cidade, para impedir que Emma deixasse toda a herança para os pobres e em obras de caridade, instituiu uma condição. Para retirar a herança, ela deveria se casar novamente.
Para James, o dinheiro não é a questão, na realidade, em segredo, ele sempre foi apaixonado por Emma, tão diferente das moças de sua idade.
Depois de muito insistir para que Emma vá embora com ele, James decide lhe fazer uma proposta, uma proposta comercial como ele mesmo disse: James pede Emma em casamento para que ela possa retirar a herança e fazer o uso que achar melhor dela. Meio relutante, ela acaba aceitando, pois percebe que é a melhor saída.
E assim James e Emma se casam, porém, como há uma “plateia” em seu casamento, eles se veem obrigados ao beijo dos noivos... e quando eles se beijam, Emma sente algo indescritível, que jamais sentiu, nem mesmo por seu amado Stuart. James também sente o mesmo, e fica muito feliz pois por diversas vezes se viu, se imaginou beijando sua amada Emma.
E assim a história se segue, sem Emma desconfiar, que na realidade, James não deseja que seja um casamento de fachada, ele deseja sim, ficar com ela para sempre...

Vale como um tipo de sessão da tarde... romance água com açúcar, bem tranquilinho e sem grandes pretensões...



sexta-feira, 2 de maio de 2014

A Menina Sem Qualidades





Gente... agora sim uma ótima recomendação, que talvez vocês até comentem que está beeeeem atrasada, hehe, mas só agora tomei conhecimento.

Então, terminei de ver essa semana a série “A Menina Sem Qualidades”, que passou nesta mesma época, no ano passado, na MTV.
Ela foi produzida pela MTV e dirigida por Felipe Hirsch, com coprodução dos Estúdios Quanta e parceria com a Quanta Post. 



Confesso para vocês que só resolvi assistir por causa do Javier Drolas, ator argentino, protagonista do filme Medianeras e que é o meu objeto de desejo nos últimos tempos... estou encantada com sua atuação, ai ai... (ainda irei à Buenos Aires assistir a uma peça dele).

Enfim, comecei a assistir por causa dele e tive uma grata surpresa ao me deparar com um texto muito bem estruturado, dividido em 12 episódios e adaptado do romance alemão Spieltrieb, de Juli Zeh.

Existem diversas cenas fortes e até por isso, pelo que pesquisei, os episódios eram transmitidos à meia noite.

Além de Javier Drolas (professor de literatura espanhola - Tristán), tem como protagonistas Bianca Comparato (como Ana – a Menina Sem Qualidades) e Rodrigo Pandolfo (Alex, o menino manipulador/sedutor/estranho pra caramba, hehe).

O termo que dá nome à série só aparece lá pelo episódio 9 ou 10, não estou bem certa, quando Alex afirma para Ana que ela é uma menina sem qualidades e por isso, extremamente comum.



Como disse acima, possui cenas fortes e não só de nudez, mas para uma reflexão pesada sobre questões da vida de uma adolescente de 16 anos, problemática, introspectiva, forte e ao mesmo tempo frágil, inteligentíssima e, acima de tudo, só.

Muitos diálogos nos levam a retornar a fala para confirmar se era aquilo mesmo que os personagens queriam dizer.... sempre que assistia a um, dois ou três episódios por vez, acabava sonhando com toda aquela história e com o reflexo daquilo tudo na minha própria vida... por quantas questões existenciais já passei que Ana e Alex passaram no decorrer da série? E Tristán? Envolvo numa situação a qual pareceu chocado num primeiro momento, depois acabou se tornando confortável e ele se mostrou confortável com tudo aquilo?



Ana desenvolveu muito bem o seu intelecto pois passa muito de seu tempo livro lendo os livros que o seu padastro deixou na casa antes de ir embora. Ela diz ter “preguiça da internet”, pois os assuntos que nem aparecem são muito rasos. Por viver num mundo só seu, Ana é um tanto agressiva e acaba expulsa de uma escola por agredir outro aluno. Na nova escola, acaba se envolvendo primeiramente com rapaz chamado Olavo, que diz que ela é estranha e que isso é bom, pois com ela, ele consegue manter um diálogo, mas também, se o diálogo não acontece, não tem problema, ficam confortáveis em seus silêncios.
Na escola ela costuma enfrentar seus professores, e quando Alex um rapaz de 18 anos, de origem libanesa (pode-se considerá-lo niilista) entra na escola, ela encontra um parceiro para toda aquela introspecção. Alex é um rapaz manipulador e passa seus dias a testar os limites das regras sociais, questionando os valores e as fraquezas da “raça humana”. Para ele, não existe nada de extraordinário na vida, nada pelo que vale a pena se empenhar. Mas isso é apenas uma cortina que esconde seu verdadeiro eu.
A situação fica um tanto tensa quando eles resolvem envolver o professor Tristán nessa paranoia que é a vida de ambos. Tristán tem convicções políticas fortes, pois foi preso político na época da ditadura militar em seu país e possui uma esposa depressiva que não ajuda muito a ter uma vida plenamente feliz. Sua felicidade, na realidade, é estar em sala de aula, vivendo, respirando a literatura espanhola e tentando mostrar aos alunos a sua beleza. Por diversas vezes ele é repreendido por Ana, que diz que ele não pertence a esta época, a este mundo. 
Enfim, Ana seduz Tristán e depois, juntamente com Alex, eles passam a chantagear o professor que entra na onda deles.



Adorei a descrição que o blog papo de homem fez e transcrevo abaixo:

“Alex é aquele tipo de garoto que acredita saber mais do que seus professores. Em parte, têm razão, pois sabe mais do que seus mestres sobre um bocado de coisas. Mas ainda é novo demais para compreender que a medula da verdade só é mordida com o tempo, após roer o osso da experiência, enfiar os dentes na carne dura dos caminhos equivocados. O menino, filho de uma época em que nobres sentimentos são tratados com ironia e a cara de tédio é considerada sinal de inteligência, está desconectado de sua própria hombridade. É um homem incompleto, semelhante a um homem castrado.
Tristán é aquele que viveu um bocado, já foi preso, já amou e conviveu com uma mulher, já apanhou de inimigos e já tirou a vida de alguém. Ele roeu o proverbial osso até chegar à medula, mas seu paladar rejeita o gosto das duras verdades que Ana aceita lucidamente, pois isso significaria abdicar de seu amor. “Por causa desse amor, ele não quer escutar”, diz Ana, “quando eu lhe esclareço a falta de sentido do universo”.
Tristán é o Adão tardio. Ana é a Eva prematura. Alex é o demônio disfarçado de inofensivo réptil. Juntos, seu jogo é reencenar o drama mais antigo da humanidade”.
Sugiro, inclusive, que leiam todo o texto oportunamente, pois é bem interessante.

A trilha sonora é outro prato cheio... muitas músicas interessantes, de todos os estilos, retratando cada cena, cada situação de forma ímpar.

Então, neste caso, SUPER RECOMENDO!!!! Se ainda não assistiram, assistam, se já assistiram, comentem o que acharam!!!

É possível assistir a todos os episódios através do youtube.
Segue o link do primeiro episódio, os demais aparecem na barra lateral direita da página: