Oi Gente,
Estou aqui para escrever sobre o livro Tem
Alguém Ai? Da Marian Keyes.
Até hoje, todos os livros que eu li dela foram
sempre muito divertidos, uma leitura fluída, descontraída, que eu queria ler o
tempo todo para saber o que iria acontecer. E era uma leitura que me distraía,
que me tirava do dia a dia da vida agitada e cansada. Porém, este livro foi um
pouco diferente... não sei explicar exatamente por que, mas foi. Talvez a situação
pessoal que eu estava vivendo no momento da leitura não tenha ajudado muito...
um misto de coisas boas (praticamente todas voltadas ao pedal) com coisas bem
ruins (mais uma vez a pessoa achar que conhece o ser humano e se enganar
grandemente) fizeram com que a leitura se tornasse “ruim”, digamos assim.
Foi uma leitura lenta, difícil, cansativa...
Anna Walsh não me cativou. No início ela se mostrou cansativa demais para
mim... não consegui sentir empatia pela história ou pela dor dela. Nem pela
busca que ela achava ser correta, ou pelos seus sentimentos confusos. Então,
foi realmente difícil iniciar este post, eu não conseguia organizar as ideias
para escrevê-lo. Na realidade, ainda não estou conseguindo direito, pois quando
achei que as coisas estavam tomando um rumo adequado na minha vida novamente,
recebi outras “lambadas” da senhora vida. Pois como diz um colega de trabalho, “nada
está tão ruim que não possa piorar”. Aff...
Mas como estava ficando muito tempo sem posts
e não gosto disto, resolvi arriscar umas letras ai...
Enfim, para escrever sobre o livro, busquei
inspiração em blogs que fazem resenhas e acabei descobrindo que na realidade,
Marian escreveu um livro para cada uma as irmãs Walsh (e que estes são os seus
mais famosos livros – e que eu não os li – oxi). Eu não tinha ideia disso...
talvez eu me dê a chance de ler os demais livros e tirar essa má impressão,
pois realmente acho que foi o meu momento que não colaborou com a leitura (e
que não está colaborando com a escrita agora).
Mas vamos lá. Anna Walsh sofre um grave
acidente que faz com que ela retorne para a casa dos pais em Dublin para se
recuperar... neste acidente, suas feridas não são somente físicas, mas muito
mais emocionais que outra coisa.
"Eu
me arrastava ao longo de cada dia e a única coisa que me mantinha viva era a
esperança de que o seguinte seria mais fácil. Só que não era. Todos os dias
eram exatamente iguais. Era como se eu estivesse entrando por uma porta errada
da minha vida e estivesse em um mundo onde tudo era idêntico, exceto por uma
enorme diferença. Tinha esperança de que voltar a Nova York, levar uma vida
normal, curtir meu trabalho e meus amigos fizesse o pesadelo se dispersar. Nada
disso aconteceu. O trabalho e os amigos simplesmente passaram a fazer parte do
pesadelo" (p. 224).
Demorei muito tempo para entender o que tinha
acontecido com ela, pois ela não deixa claro em suas divagações sobre o
acidente. Ela só quer retornar à Nova York e ao trabalho e quer encontrar seu
amado Aidan, seu marido, aquele que dá sentido à sua vida. E indo contra seus
pais e irmãs, ela retorna e tenta retomar a vida.
Porém, ela trabalha como relações públicas de
uma grande marca de cosméticos e o tal acidente deixou-a com uma cicatriz muito
feia no rosto, o que dificulta as coisas, pois ela trabalha com a imagem e,
digamos que a sua imagem está afetada.
Mas a pior parte nem é essa... a questão é que
neste acidente, ela perde o seu tão amado Aidan, questão esta que realmente eu
demorei para entender. Pois ela vê Aidan em todos os lugares, mas isto é uma
coisa da sua cabeça, da sua imaginação, do seu desejo. E este seu amor
incondicional por ele à leva aos extremos, em busca de algum contato, qualquer
que seja com ele, para saber o que ela pode fazer para que sua vida seja o
mínimo “normal” depois de tudo o que aconteceu.
Dá para entender isto, tendo em vista que a
maneira como tudo aconteceu em suas vidas e o amor que tinham um pelo outro era
algo realmente lindo, puro, sincero... e pior (se é que posso dizer isso),
muito real, algo que pode acontecer com qualquer um de nós, pois é uma história
comum, não como num conto de fadas. Então é compreensível que, ao perder seu
amor, que, no entender de Ana, seria para a vida toda, ela se desespere e
queira entrar em contato com ele de qualquer maneira, para saber se ele está
bem, para saber por que ele teve que ir tão cedo, por que ela teve que ficar
sozinha... e o que ela deveria fazer daqui para frente, quais os caminhos a
seguir a partir de agora. Por que não seguir com ele? Como fazer isso? Não
seria mais fácil ir também? Por que ela não foi levada em seu lugar? Por que
não morreu também?
E nesta busca, ela conhece pessoas que acabam
mudando sua vida, porém, sem que ela perceba num primeiro momento. Há também a
sua família... mãe, pai, irmãs, que de um jeito ou de outro, lhe dão apoio,
estão presentes e buscam confortá-la e ajudá-la a superar este momento de dor e
perda.
Há também os amigos de Anna, em especial
Jacqui, sua melhor amiga... que se mostra realmente especial. Alguém que está
ao seu lado, que lhe dá força, mas que também lhe mostra que tem uma hora que
ela precisa cair na real e voltar para a sua vida de forma verdadeira,
totalmente, presente, de fato.
Como citado em um dos blogs que li para me
ajudar a construir meu texto, o livro nos permite montar o quebra cabeças que é
o passado de Anna e entender o que esperar (ou achar que esperamos) do seu futuro,
mas até chegar nisso, demoooooora!
Mas nossa, meu texto está ficando horrível,
credo... realmente não estou boa para escrever, aff. Não sei se não era melhor
deixar mesmo de escrever por um tempo do que
lhes oferecer algo tão bagunçado assim. Um texto sem pé nem cabeça, tão confuso quanto anda a minha vida. Hehe!
Mas foco, vamos voltar ao livro. Anna volta
para Nova York, tenta retomar sua vida, o que é difícil, pois sem Aidan nada é
como antes, porém, ela resolve focar em seu trabalho, e um novo desafio faz com
que, aparentemente, isto fique mais fácil, e assim ela vai para seu escritório
todos os dias, e aos domingos, se une a um grupo de pessoas que tentam entrar
em contato com seus entes queridos que já partiram. Num primeiro momento isto à
conforta, porém, por não conseguir “falar” com Aidan, ela acaba se desmotivando
disto também, e desistindo.
Em paralelo, ela mantêm uma relação com seus
pais, suas irmãs e amigos, porém, esta relação é superficial. Ela se preocupa
com a irmã que se mete com uma investigação de traição entre os mafiosos da
região onde mora (ela é um tipo de detetive particular), mas às vezes se
questiona se toda a história da irmã não passa de imaginação. Isto a distrai, o
que é bom, mas ainda assim ela não consegue seguir com uma vida “normal”.
A questão é que ela demora muito tempo para
entender que todo aquele sofrimento não a deixa seguir em frente, e também, de
alguma forma, não deixa que seu amado Aidan descanse em paz. E como em todos os
livros deste mote, há uma questão surpresa, algo que deixa o livro um tanto
interessante, que chega até a dar um pouco de emoção em certo ponto (para mim).
E que faz com que o sangue corra um pouco mais rápido nas veias desta pessoa
que anda sem tanta emoção assim. O fato é que Anna percebe que precisa seguir
em frente... que ela pode e deve construir uma nova vida e que Aidan estará ao
seu lado de um jeito ou de outro e que o amor que sentem um pelo outro não
morreu naquele acidente, mas que também não precisa ser um fardo a ser
carregado de forma tão pesarosa.
Bem lá no finalzinho, entendi o que o livro
estava querendo me mostrar... ufa!
Mas é isso... desculpa aí gente... a
inspiração fugiu sem destino, espero que volte logo e me ajude a não
torturá-los mais com textos tão ruins!
E vocês, já leram este livro? Sabiam desta
questão os outros livros das irmãs? Vamos conversar?
Bjo bjo