terça-feira, 26 de abril de 2016

Lugares Escuros






Este é mais um livro de Gillian Flynn, responsável por Garota Exemplar e Objetos Cortantes, livros excelentes e que prenderam a minha atenção de forma peculiar.


E com este não foi diferente... para a minha alegria. Esta autora tem um dom espetacular, e isto é maravilhoso, pois nos brinda sempre com leituras fantásticas. Envolventes, misteriosas, daquelas que você entra no livro, participa da história, sente medo, dor, tristeza, raiva, quer saber logo o que vai acontecer, o que ocorreu, quem foi, quem fez, se desespera, tem aquele embrulho no estômago... aquela ânsia, aff, faltam palavras para descrever todos os sentimentos que brotam durante a leitura. 


Especificamente neste livro, no decorrer do mesmo fica claro que, para a autora, lugares escuros são todos aqueles lugares sombrios para os quais o seu pensamento se transporta quando você começa a lembrar de certas coisas que aconteceram em sua vida... certas situações que viveu, e que preferia não ter vivido e que gostaria de esquecer, e que deixaram sequelas que podem ser consideradas irreparáveis em sua vida!


E assim é a vida de Libby Day, única sobrevivente de um massacre ocorrido na madrugada de 03 de janeiro de 1985, na fazenda em que vivia com a sua família. Libby Day que tem uma mente cheia de lugares escuros... na realidade, uma vida repleta de lugares escuros.


Ela tinha somente 7 anos quando foi testemunha de uma triste tragédia: a morte da mãe e das suas duas irmãs. E como se isto não bastasse, seu irmão mais velho, Ben, naquela época um adolescente cheio de problemas, e um dito adorador do diabo, foi acusado do crime e Libby, muito nova e confusa, acabou testemunhando que sim, tinha sido ele o assassino. Devido a esta acusação, Ben foi condenado à prisão perpétua e Libby viveu pulando de lar em lar, com tios que tentavam de toda a forma possível, dar uma vida digna a uma menina que só queria saber de fazer da vida de todos um inferno. E por isso, ela acabou sozinha e com uma vida totalmente infeliz, sobrevivendo de uma ajuda de custo do governo e também de doações feitas por pessoas que tinham pena dela, além dos direitos autorais de um livro de autoajuda escrito por ela, mas que não teve todo aquele sucesso que ela gostaria.

Passados 24 anos desta tragédia ela se vê com pouco dinheiro e pensando o que fazer para continuar sobrevivendo, pois as pessoas não se interessam mais por ela, já que há outros casos que chamam mais atenção, que “dão mais audiência”... e é neste momento em que ela não vê mais perspectivas que entra em sua vida Lyle Wirth, representante de um grupo chamado Kill Club, clube este que está lhe oferecendo um “trabalho”... que vai lhe pagar 500 dólares, então ela resolve ver qual é a do tal clube.


Na realidade eles vão fazer um tipo de evento e ela terá que participar como um tipo de atração principal, e falar sobre o dia mais difícil da sua vida. Porém,  neste clube, as pessoas acham que o seu irmão é inocente, e é aí que tudo começa a mudar na vida de Libby.


Mesmo meio contrariada, mas principalmente por causa do dinheiro, ela vai, e a partir daí, ela começa a rever seus conceitos (literalmente), e junto com Lyle e aquelas pessoas “estranhas” (porém não mais estranhas que ela própria), Libby resolve reabrir uma ferida que na realidade nunca cicatrizou e  investigar o que realmente aconteceu aquele dia.


A narrativa do livro se passa nos dias atuais e no passado. Os personagens que narram a história são Libby, Patty (sua mãe) e Ben, apenas um capítulo é narrado por outro personagem, e de forma geral, os capítulos de Libby são no tempo presente e os de Patty e Ben são do passado. Apenas um capítulo é de Ben nos tempos atuais. Esta alternância, por diversas oportunidades, trás respostas ao leitor.


E assim, Libby, juntamente com Lyle buscam informações com as pessoas envolvidas... desta forma ela resgata o contato com seu pai, e até com Ben, que em todos estes anos ela nunca foi visitar na cadeia.


Entram em cena, a partir daí, diversos outros personagens que são importantíssimos para desvendar os acontecimentos daquela madrugada.... mas e ai, será que Ben é culpado? Ou seria outra pessoa? Ele fez aquilo tudo sozinho? Alguém ajudou-o? Ele realmente era adorador do diabo como todos diziam? Grandes mistérios são desvendados por Libby que depois de tantos anos, finalmente, encontra um pouco de paz e elimina alguns dos lugares escuros da sua vida!



Sinopse Retirada do Skoob:

“Libby Day tinha apenas sete anos quando testemunhou o brutal assassinato da mãe e das duas irmãs na fazenda da família. O acusado do crime foi seu irmão mais velho, que acabou condenado à prisão perpétua.
Desde aquele dia, Libby passou a viver sem rumo. Uma vida paralisada no tempo, sem amigos, família ou trabalho. Mas, vinte e quatro anos depois, quando é procurada por um grupo de pessoas convencidas da inocência de seu irmão, Libby começa a se fazer as perguntas que até então nunca ousara formular. Será que a voz que ouviu naquela noite era mesmo a do irmão? Ben era considerado um desajustado na pequena cidade em que viviam, mas ele seria mesmo capaz de matar? Existiria algum segredo por trás daqueles assassinatos?

Gillian Flynn intercala a trajetória detetivesca de Libby com flashbacks dos acontecimentos do dia dos crimes com tanta habilidade que o leitor é levado a diferentes direções. Escrito com primor, Lugares escuros não só mostra como a memória é passível de falhas, mas também evidencia as mentiras que uma criança pode contar a si mesma para superar um trauma”.

Fonte: http://www.skoob.com.br/lugares-escuros-445494ed504765.html




Mas e ai, vocês já leram este livro? Conhecem os livros de Gillian Flynn? Curtem este tipo de história? Vamos conversar?


Bjo bjo

domingo, 10 de abril de 2016

Arrombaram o meu Carro... e não é conto de Primeiro de Abril!



Oi Pessoal,

Cá estou eu para compartilhar uma triste experiência.

Sou motorista a pouco mais de 10 anos e neste período me envolvi em 3 pequenos acidentes, e, por mais que vocês não acreditem, não fui responsável por nenhum deles. E em todos tive que arcar com as despesas dos estragos feitos por terceiros, pois, ou as pessoas envolvidas fugiram (em 2 dos casos) ou o cara estava tão sujo na praça que se eu fosse esperar que ele me pagasse, eu já seria só o pó da gaita. 

Enfim, a questão é que no dia 1º de abril... sexta-feira... e não é mentira (infelizmente), arrombaram o meu carro. Eu estava na casa da minha tia, para comemorar o aniversário do meu avô (92 anos) e quando resolvi ir embora, ao acionar o controle para destravar o alarme, percebi que o mesmo não funcionou. Ao abrir o carro, me deparei com o mesmo todo revirado. Painel dos fusíveis arrancado.... com vários fusíveis no chão, porta luvas aberto e tudo o que tinha dentro no banco do passageiro e revirado. O painel do rádio (sem o rádio obviamente) solto, com alguns arranhões, fios para fora, e o banco traseiro estava projetado para frente, pois foi por ali que tiraram o estepe.

Depois de uns 5 segundos para absorver a cena e o fato, corri, chamei meus tios, que cansaram de olhar tudo por fora e não conseguiram achar a forma como abriram o meu carro. Por fim, arrumaram basicamente as coisas por dentro, testaram o carro para ver se funcionava (já que todos, ou praticamente todos os fusíveis tinham sido arrancados), enquanto eu estava com a menina do seguro ao telefone para saber que atitude tomar. 

Eu tenho o seguro da HDI, e preciso dizer pra vocês que num primeiro momento o atendimento foi péssimo, eu estava extremamente nervosa, me sentindo violada, impotente com o que tinha acontecido, e a atendente não parecia dar a mínima. Tudo bem que ela deve atender diversas ligações com a mesma situação por dia, porém, um pouco de compreensão não seria nada mal. Enfim, constatado que o carro funcionava, ela disse que eu deveria registrar um boletim de ocorrência na polícia e no dia seguinte ir até o Bate Pronto mais próximo da minha residência para uma vistoria, para verificar se acionaria efetivamente o seguro, ou não.

Chegando em casa, com um pouco mais de claridade é que consegui ver que o puxador do lado do motorista estava meio solto e a fechadura um pouco amassada, como que se tivessem colocado algo que não a chave.... uma micha no caso, certo?! Aff.... foi assim que entraram no carro... e de certo arrancaram os fusíveis para que o alarme parasse de tocar.

Importante dizer que eu estava na Rua Anne Frank e que o meu carro estava em frente ao número 1960, na quadra do Balaroti e da Positivo Tecnológica, que, ao meu ver, é a responsável pelo que aconteceu, afinal, agora aquele local virou um cardápio de carros para os ladrões.... mal é possível estacionar lá, pois os alunos da faculdade ocupam todos os lugares.... por isso o meu carro não estava exatamente na frente da casa da minha tia, e sim um pouco mais para trás... de toda forma, a rua é movimentada, pois é paralela à Marechal Floriano e ainda está próxima ao terminal do Hauer, tem a faculdade, um bar movimentado do lado... e ainda assim não intimida a ação destes meliantes, na verdade, acho que até estimula.

Gente, a revolta ainda é tão grande... hoje é dia 10 e eu ainda estou sem o meu carro, pois no sábado, dia 02 eu levei-o para fazer a vistoria e ficou constatado que possivelmente passaria do valor da franquia os consertos. Importante ressaltar que no Bate Pronto eu fui muito bem atendida. Tanto a moça que registrou a ocorrência, quanto o rapaz que fez a vistoria e as fotos foram realmente ótimos. Prestativos, atenciosos e responsáveis.

Segunda, dia 04, levei o carro na oficina indicada pela HDI para fazer o orçamento... e aqui também quero abrir um parênteses, pois a oficina fica exatamente na quadra onde meu carro foi arrombado (triste coincidência), e a primeira pessoa que me atendeu, me atendeu muito mal, foi muito grosseira. Mas uma vez repito. Pode até ser que seja comum atender pessoas que tiveram seus carros arrombados, mas ter o mínimo de respeito e sensibilidade é uma questão de humanidade. E outra, ficou claro ali, que o fato de eu ser mulher e ter ido sozinha também estava impactando. 

Se eu sou a dona do carro, é comigo que você vai tratar meu querido... no final das contas ele acabou chamando outro rapaz para me atender, este sim, educado, atencioso. Ouviu todo o relato das condições do carro e do que eu tinha identificado de “problemas”. 

Ah, o nome do lugar é Branello.

Como não era possível fazer o orçamento de imediato por causa das questões elétricas, o carro ficou e eu fui atrás do carro reserva. 

Outra burocracia, pois pago seguro a 10 anos e para pegar o carro é necessário deixar cheque de garantia, entregar com tanque cheio e mais o dinheiro da lavagem... e o carro é tão 1.0... e tão sem direção hidráulica, hehe... quando a gente se acostuma com o mínimo do conforto, é complicado.

O fato é que, como já disse ali em cima, hoje já é dia 10 e eu ainda estou sem o meu lindo carrinho, pois a oficina está dependendo da chegada de uma peça para começar a fazer os reparos necessários e a previsão de término é quarta (dia 13), se a peça chegar até amanhã.

Daqui a pouco vence o prazo que posso ficar com o carro reserva e dai danou-se tudo mesmo, pois com as correrias que preciso fazer todos os dias, de ônibus ficará humanamente impossível.

E tudo isso por que um ou vários (pois acho que não foi só um) infeliz resolveu que o carro da vez deveria ser o meu.

De coração, não desejo isso para nenhum de vocês, pois é horrível você constatar que a sua conquista, fruto de muito trabalho, dedicação e economia, é violada de uma forma tão fácil assim... estamos tão vulneráveis, complicado! =/

Mas é isso pessoal... este é um post de desabafo e a dica que fica é: não estacionem os seus carros na Rua Anne Frank, na quadra do Balaroti e da Positivo Tecnológica.... pelo menos não no período da noite, pois vocês correm o risco de ter uma surpresa ao voltarem.