terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Na Ilha - Tracey Garvis Graves





   Estou com muitos títulos para ler, e este não seria o próximo, maaaaas, como a dona Grasi insistiu, pulei a fila e comecei a ler Na Ilha de Tracey Garvis Graves no dia 22 de dezembro e terminei 5 dias depois, confesso que não conseguia largar o bichinho.

   Ele conta a história de TJ e Anna.
   TJ é um adolescente de 16 anos, que está em remissão de um câncer e pretende aproveitar tudo o que não pôde da vida enquanto estava doente. Porém, sua mãe acha que é melhor reunir a família numa Ilha das Malvinas para que estejam juntos e que ele aproveite para estudar com uma tutora particular para poder recuperar o tempo perdido e alcançar sua turma na escola.
Anna é uma professora de inglês que encontra-se numa situação pessoal um tanto quanto indefinida e resolve trabalhar como tutora nas férias, para assim ficar longe de John, seu namorado já há 8 anos, que não tem certeza se quer casar e ter filhos, “enrolando” Anna literalmente.
   Suas vidas se cruzam quando os pais de TJ a entrevistam e contratam para ser a tutora de TJ.
   Como ela dá aulas em uma escola pública, e as férias não iniciavam no mesmo período das escolas privadas, não poderia viajar junto com a família Callahan para a ilha, indo alguns dias depois. Quando TJ soube disso, conseguiu convencer sua mãe de que poderia viajar com Anna, podendo assim ficar mais tempo em Chicago e participar da festa que o seu melhor amigo, Ben, estava organizando no final de semana.
   Assim, Anna e TJ se encontraram no aeroporto para sua viagem entre Chicago e Malé – capital das Maldivas – que era para levar em torno de 18 horas, mas como houveram alguns problemas mecânicos e questões climáticas, levou muito mais tempo do que o imaginado.
   Depois de todos os atrasos possíveis e imagináveis, chegaram em Malé e devido a mais alguns imprevistos, conseguiram embarcar em um hidroavião apenas no dia seguinte, para uma viagem de 2 horas até a Ilha onde a família Callahan já os aguardava.
   Mick era o piloto que os levaria até a casa de verão. Eles embarcaram e seguiram viagem. Em determinada altura do trajeto, Mick começou a se sentir mal e disse que seria necessário um pouso de emergência. Pediu para que Anna e TJ colocassem o colete salva-vidas e sentassem em suas poltronas.
   Porém, ele desmaia antes de conseguir pousar e Anna corre para tentar acudi-lo, mas já é tarde, Mick está morto e o hidroavião cai no mar. Por causa dos coletes salva-vidas, Anna e TJ boiam e a maré os leva, depois de algum tempo, para uma ilha.

   A partir daqui, deixo sua curiosidade aguçada procurar ler Na Ilha e depois me contar o que achou... São 288 páginas de muita emoção, aventura e amor.

   Aproveito para desejar um 2014 maravilhoso para todos os que acompanham meus posts.

   Beijos e abraços!!!!!!

domingo, 22 de dezembro de 2013

Ouro - Chris Cleave

"[...] as voltas mais difíceis são aquelas que você dá depois que a multidão foi embora."



Este livro é do mesmo autor de Pequena Abelha então, quando ganhei-o do meu pai, como presente de aniversário, fiquei muito feliz e pensei: “oba, mais um bom livro, com uma  história interessante e envolvente”.
Como o número de livros para ler é imenso (estou com 17 livros novos), continuei “na ordem” que tinha os tinha comprado ou ganhado. E finalmente chegou a vez de Ouro.

Abri a primeira página com grande expectativa e comecei a leitura... e confesso, as primeiras páginas me decepcionaram tão fortemente, que a minha vontade era parar de ler, desistir. Mas como nunca fiz isso, insisti e pensei, não pode ser ruim, o autor escreve bem, força Melissa, leia.

E assim foi... levei mais tempo do que o normal para lê-lo pois a motivação era menor, mas me esforcei e todo o meu esforço valeu a pena... demora um pouco pra história engrenar, fazer sentido, mas quando faz, é impressionante e envolvente tanto quanto Pequena Abelha.

Enfim, vamos lá, à história do livro: nele, conta-se a história de Kate, Zoe, Jack e Sophie.

Kate e Zoe se conheceram aos 19 anos, quando participaram de uma eliminatória para fazer parte da equipe de talentos do ciclismo de elite. Nesta ocasião, ambas conheceram Jack.

Os três se destacaram aos olhos de Tom, o técnico, e entraram para a equipe. Zoe sempre foi muito determinada e nada além da vitória interessava. Quando percebeu que Kate e Jack estavam se envolvendo, jogou todo o seu charme em Jack para conseguir desestabilizar Kate nas pistas. Com o passar dos anos, Zoe aprende a ler Kate em cada detalhe e usa isto no velódromo para vencê-la. Mas nem suas investidas pesadas conseguiram acabar com o amor de Kate e Jack e eles resolvem se unir. Tom passa a cuidar de Zoe como uma filha para que ela não se sinta tão sozinha. Zoe tem uma história de vida triste que nunca contou totalmente àquelas pessoas que estavam a sua volta e só queriam o seu bem. Ela chegava a ser agressiva quando alguma situação de amor e preocupação por parte de Kate, Jack e Tom chegavam muito próximas a sua zona de proteção.  Para Zoe, só a bicicleta, o ciclismo, o velódromo, a vitória, o ouro era o que importava.

Jack também se destaca e ganha o ouro nas olimpíadas, assim como Zoe. Kate fica em casa, com a pequena Sophie que passou a fazer parte de suas vidas.

Sophie tem 8 anos e é totalmente apaixonada pela saga Guerra nas Estrelas. Seu quarto é todo decorado com o tema e ela vive sonhando acordada (e dormindo) que faz parte da história, que batalha contra Darth Vader e por ai afora. Mas Sophie também tem algo que nenhuma criança gostaria de ter, Sophie tem leucemia e tenta de todas as formas possíveis, disfarçar suas dores e mal estar, para não preocupar seus pais. Kate e Jack se dividem entre treinar para as competições e cuidar de sua filha tão amada.

A partir daqui é melhor não falar mais nada... pois se eu contar, vai perder o sentido e as grandes surpresas do livro.

O que eu tenho a dizer é que mesmo que você o ache chato e cansativo no início, insista na leitura, pois você vai se envolver e querer saber como é que termina a história destas pessoas tão parecidas conosco no final das contas.


domingo, 1 de dezembro de 2013

Como Conviver com Pessoas Tóxicas e Sair Leve Desses Encontros

Recebi este texto semana passada de uma colega de trabalho e acho que vale a pena compartilhar... leiam, reflitam e pratiquem.
Desejo que as pessoas tóxicas se mantenham longe de todos que estimo, mas se não for possível, que consigamos sair leves destes encontros!!!!

-------------------------------------------


As pessoas tóxicas jogam jogos para roubar a energia que você tem de utilizar para realizar seus sonhos e metas, assim como para viver em harmonia consigo mesmo e com os demais tirando a paz, que é sua por direito, de experienciar e viver.
As pessoas tóxicas, não sabem que são tóxicas - estão doentes e adoecem aos demais, porem não tem consciência de seu grau de toxicidade.
As pessoas tóxicas falam o tempo todo, não valorizam o silêncio, a meditação, a oração - não podem faze-lo porque, como tóxicos, necessitam desesperadamente da energia que você proporciona para que suas vidas possam ter algum sentido e, se você joga o jogo, elas se energizam às suas custas e você cairá completamente desfalecido devido a um intercâmbio energético completamente inadequado e inútil, para a evolução e crescimento pessoal de todos os envolvidos.
Você saberá se está com pessoas tóxicas quando a conversa se baseia em desqualificar, criticar, aberta ou sutilmente, as pessoas presentes ou ausentes, de tal forma a minar a autoestima e o valor da pessoa, pelo menos para o conceito e forma de ver a vida do outro que, obviamente, não coincide de maneira alguma com a sua visão.
As pessoas tóxicas não gostam de aprender através dos demais já que, para eles, não há nada que precisem assimilar; em suas mentes pensam que são os outros que tem de aprender com elas, mesmo quando vivem vidas miseráveis.
As pessoas tóxicas querem harmonia, felicidade, prosperidade e saúde, discutindo, provocando conflitos, falando da infelicidade que as circunstâncias externas provocam em suas vidas, da escassez, da morte, da obscuridade, sem entender que existe apenas um caminho para a evolução pessoal que é através da luz, da boa vontade e do reconhecimento humilde dos erros cometidos para que possam ser corrigidos, dentre outras coisas...
Todos convivemos com pessoas tóxicas, e analisar o grau de toxicidade que nós temos em nossos modelos mentais e de comportamento interpessoal, na maioria das vezes, isto constitui um ponto cego.... é compreender que não temos consciência de que estamos de alguma outra forma contaminados.
Porém, é muito fácil para você saber se está contaminado, observando os sintomas da enfermidade espiritual:
- Perca da paz interior
- Discussões acaloradas fora de todo contexto racional e das boas maneiras.
- Incômodos físicos, dores de cabeça, dores musculares, dores de estômago, enfim, qualquer dor em seu corpo está indicando a desconexão da fonte adequada de energia e a conexão à uma fonte altamente tóxica para sua saúde.
Existem tipos distintos de pessoas tóxicas e graus de toxicidade:
- Os Intimidadores: são as pessoas que discutem, sempre querem ter razão, ameaçam, ofendem verbalmente e, no pior dos casos, partem para a agressão física.
- Os Distantes: te ignoram, te transformam numa pessoa absolutamente invisível, você simplesmente não existe. E, através de uma atitude maquiavelicamente premeditada, te faz sentir um zero à esquerda. Essa é a ideia: roubar sua atenção e energia.
- Os interrogadores: são os críticos audazes disfarçados no que, na atualidade, se denomina "crítica construtiva" porém, no fundo, são habilidosos em destruir pouco a pouco através de um questionamento incessante sobre sua conduta, atos e maneira de ser para roubar sua energia e fazer com que perca o valioso tempo para onde se deve focar na realização de suas metas e objetivos importantes, fazendo com que pareçam irrelevantes, quando realmente não são.
- Os "Pobre de mim..." (vítima) - São aqueles que desde que chegam a um encontro ou reunião, não fazem outra coisa a não ser se lamentar de uma situação pessoal, ou do país, das condições do clima, da economia, dos pobres, dos ricos, do que seja! A ideia, neste caso, é fazer com que você se sinta culpado com sua felicidade e que não se importa com a realidade alheia ( a deles...). Demonstram um estado mental de pobreza e insegurança, impotência diante da vida e das circunstâncias, que não são capazes de assumir em sua totalidade, buscando atenção e carinho, deixando o ouvinte completa e absolutamente sem energia para desfrutar, viver e compartilhar de maneira natural, através de uma troca saudável, construtiva e edificante.
A forma que temos para sair vitoriosos desses encontros tóxicos, é estarmos preparados mentalmente para entender, e compreender, quais são os jogos que estão, ou estamos, jogando e decidir se participaremos ou não.
Assim, cairemos, ou não, em tentação com suas terríveis consequências.
Temos de entender que nossa paz é assunto nosso e não dos demais, que para discutir é preciso duas pessoas e que, no pior dos casos, se sentir que caiu involuntariamente em algum jogo, tomar consciência e sair dele o mais rápido possível com a finalidade de melhorar sua energia e a qualidade do encontro, assim como pedir desculpas, ou perdão, diante de algum impropério ou imprudência, se faz preciso para agir com base na boa conduta e costumes de pessoas civilizadas em uma comunidade que quer prosseguir crescendo e evoluindo em conjunto e fazer dos encontros momentos especiais para a vida e para a boa recordação de momentos compartilhados.
Texto de Maria Tirone

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

A Última Música





Este é o livro da vez, este é a indicação do momento. Ainda estou meio anestesiada pelo efeito que ele teve em mim.
O autor? Nicholas Sparks, é este mesmo... super famoso por ótimos livros. Confesso que este foi o primeiro livro dele que li, e gostei muito.
 
Que linda história... no começo, parece um livro adolescente, daqueles bem mi mi mi, mas não, ele tem uma intensidade, uma força, que vale cada página de leitura.

Ele conta a história de Verônica Miller, que tem 17 anos e se vê obrigada pela mãe a passar suas férias de verão com seu pai. Pai este que ela simplesmente deixou de falar a 3 anos, pois ele abandonou sua família. Ronnie, como gosta de ser chamada, tem uma mágoa muito grande de seu pai e deixa isso bem claro desde o primeiro minuto em que chega a praia de Wrightsville,na Carolina do Norte, onde ele mora. 

Como não está disposta a interagir com Steve, procura ficar o dia todo fora de casa, onde acaba se envolvendo com as pessoas erradas. Steve tenta chamar a atenção da filha utilizando o que considerava ser o seu maior trunfo, o piano e a sua grande habilidade com o mesmo. Quando moravam juntos, ele chegou a ser o professor de Ronnie, que tinha um dom nato para tocar e compor. Porém, como ela se sentia traída pelo abandono do pai, em uma de suas brigas, disse que não queria nunca mais ouvi-lo tocar, muito menos, se sentaria ao seu lado para terem um momento como os momentos passados. Com muita dor no coração, sei pai constrói uma parede na sala de estar, escondendo o piano para fazer a vontade da sua filha.

Jonah, irmão mais novo de Ronnie, no entanto, aproveita cada segundo ao lado de seu pai, seja passeando pela praia, seja empinando pipas, seja na oficina da casa, ajudando-o a construir a janela da igreja... ah a janela da igreja.

Alguns meses atrás, a igreja que Steve frequentava pegou fogo, quase levando ao falecimento do Pastor Harris, que era o cuidador da mesma. Como aquele lugar tinha um significado muito grande e forte para Steve, ele resolveu ajudar o Pastor Harris, construindo uma nova janela, um vitral, que quando a luz do sol transpassava, parecia que era uma cachoeira de brilhos e cores. 

Enquanto isso, Ronnie continuava tentando fugir do pai e viver sua vida “alienada”. Em determinada situação ela conhece Will e aos poucos, sua vida vai mudando... nasce nela o primeiro amor, e no decorrer dos dias, ela começa a enxergar o que realmente aconteceu quando seu pai foi embora... mas vou parar por aqui, pois senão vai rolar um spoiler e vai perder  a graça.


O que eu posso dizer é que vale muito, mas muito a pena a leitura deste livro, pois é um livro que fala de amor, primeiro amor, amor incondicional de um pai por seus filhos, fala de conflitos, de dor... ele é mais real do que parece num primeiro momento.

domingo, 17 de novembro de 2013

Assédio Moral


    Tendo em vista alguns acontecimentos recentes, decidi fazer um texto sobre assédio moral, algo tão comum no ambiente profissional hoje em dia e também uma questão difícil, pois em casos judiciais, é complicado provar.

    Estou usando como base para o texto, o seguinte livro: Assédio Moral – a violência perversa no cotidiano, de Marie-France Hirigoyen (2006). Então, todos os conceitos serão baseados nesta autora.
    Peguei como base o capítulo 2, que fala sobre o assédio na empresa.

    Então vamos lá...


   Por assédio em um local de trabalho, temos que entender toda e qualquer conduta abusiva, manifestando-se sobretudo por comportamentos, palavras, atos, gestos, escritos que possam trazer dano à personalidade, à dignidade ou à integridade física ou psíquica de uma pessoa, pôr em perigo seu emprego ou degradar o ambiente de trabalho.

      Mesmo sendo o assédio no trabalho algo tão antigo quanto o próprio trabalho, apenas no começo desta década é que foi identificado como um fenômeno realmente destruidor deste ambiente, sendo responsável pela diminuição da produtividade, além do aumento do absenteísmo, devido aos desgastes psicológicos que provoca.

     Em seu cerne, o assédio nasce como algo inofensivo, propagando-se insidiosamente. Num primeiro momento, as pessoas que estão envolvidas no caso de assédio, não querem se mostrar ofendidas e acabam levando na brincadeira desavenças e maus-tratos. Com o tempo, estes ataques vão se multiplicando e o assediado é seguidamente acuado, posto em situação de inferioridade, submetido a manobras hostis e degradantes durante um período maior.

      Frequentemente, o assediado não é aquele que possui qualquer tipo de patologia ou é considerado frágil, mas sim, aquele que reage ao autoritarismo de um chefe, ou se recusa  deixar-se subjugar. É sua capacidade de resistir à autoridade, apesar das pressões, que a leva a se tornar um alvo.

      Quando o processo de assédio se estabelece, a vítima é estigmatizada: dizem que é de difícil convivência, que tem mau caráter, ou então que é louca. É atribuído a sua personalidade, algo que é consequência do conflito e esquece-se o que ela era antes, ou o que ela é em um outro contexto. Uma pessoa que é acuada desta forma, não consegue manter o seu potencial no máximo, acaba por ficar desatenta, diminui sua eficiência e torna-se alguém mais suscetível às críticas sobre a qualidade e seu trabalho. Torna-se, então, fácil afastá-la por incompetência profissional ou erro.

       Quando questiona-se quem agride quem, existem algumas situações como: um colega que agride outro colega, um superior que é agredido por seus subordinados e um subordinado que é agredido por seu superior.  Neste texto, vou me focar num subordinado que é agredido por seu superior.

        Esta situação é demasiado frequente no contexto atual, em que se busca fazer crer aos assalariados que eles têm que estar dispostos a aceitar tudo se quiserem manter seus empregos. A empresa deixa um indivíduo dirigir seus subordinados de maneira tirânica ou perversa, ou porque isso lhe convém, ou porque não lhe parece ter a menor importância. As consequências são muito pesadas para o subordinado.

       Pode ser simplesmente um caso de abuso de poder: um superior se prevalece de sua posição hierárquica de maneira desmedida e persegue seus subordinados por medo de perder o controle. É o caso do poder dos pequenos chefes.

        Pode ser também uma manobra perversa de um indivíduo que, para engrandecer-se, sente necessidade de rebaixar os demais; ou que tem necessidade, para existir, de destruir um determinado indivíduo escolhido como bode expiatório.

      Alguns superiores tratam seus subordinados como crianças, outros os consideram como “coisas” suas, que podem ser utilizadas a seu bel prazer. Quando se trata de uma pessoa que trabalha com criação, por exemplo, ou com situações de necessitem de iniciativa, pró-atividade, inovação, o superior extingue no seu subordinado, tudo que ele poderia ter de inovador, toda sua iniciativa. No entanto, se o empregado é útil ou indispensável, para que ele não vá embora, é necessário paralisá-lo, impedi-lo de pensar, de sentir-se capaz de trabalhar em outro lugar. É preciso levá-lo a crer que não vale mais que sua posição na empresa. Se ele se torna resistente a esta situação, é isolado. Não lhe dão nem bom dia, ele é ignorado quando dá alguma sugestão, recusa-se-lhe todo e qualquer contato. Na sequência começam as observações ferinas e desabonadoras e, se isto não basta, aparece a violência.

       Quando a vítima reage e tenta rebelar-se, a maldade latente dá uma a hostilidade declarada. Tem início, ai, a fase de destruição moral, que já foi denominada de psicoterror. Neste momento são permitidos todos os meios para demolir a pessoa visada, inclusive violência física, o que pode levar a um aniquilamento psíquico ou ao suicídio. Nesta forma de violência, o interesse da empresa some da vista do agressor, que quer unicamente a derrota de sua vítima.

      A autora diz que dar queixa é o único meio de acabar com este psicoterror. Porém, neste caso, é preciso muita coragem pois, via de regra, esta queixa gera uma ruptura definitiva com a empresa. É normalmente quando se chega a uma situação-limite que a denúncia é feita. A questão é que, mesmo sendo feita tal denúncia, nem sempre existe a certeza de que esta será acolhida, nem que o processo desencadeado venha a ter um resultado positivo.

     Bom, acho que por hora, é isso... se deixar, posso escrever muito mais, mas acho que para se ter uma ideia de como a coisa funciona, já está de bom tamanho.
      
Você é vítima de assédio? Conhece alguém que seja? Comente!!!!