sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Que la Muerte te Acompañe

Oi Pessoal, comecei a escrever este post a muuuuito tempo, muito tempo mesmo... meses, vários... e acabei deixando de lado, pois como se trata de um livro em espanhol, eu queria dar toda a atenção e todas as “desventuras” da vida sempre me levavam a deixar de lado este texto. Enfim... quando comecei, a ideia era contar toda a história, toda mesmo, em português para vocês, o que daria um post gigantesco. Mas depois de muito refletir... e também com a intenção de finalmente startar este post, resolvi mudar a minha estratégia.
Vou fazer como faço com os outros... comentar, contar superficialmente... tentar explicar do que se trata a história e assim “tentar” despertar o interesse de vocês para uma leitura bem diferente.

Apenas para contextualizar, como muitos de vocês sabem, eu fazia o curso de espanhol que por diversas questões terei que suspender temporariamente, e ler livros no idioma me pareceu uma boa, afinal, apenas assistir aos filmes deixava a lacuna da leitura, do tentar entender ao ler, do interpretar e visualizar, imaginar em outro idioma. Então, ao encontrar este livro por uma bagatela de R$ 35,00 na Livrarias Cultura, abracei-o com todas as forças e me dirigi ao caixa. Acreditem, R$ 35,00 para um livro estrangeiro, é muito barato, pois estes livros custam sempre em torno ou muito próximo dos R$ 100,00. Mas vamos ao nosso foco que é a história do livro.



Mas antes de falar sobre a história do livro, que se chama “Que la Muerte te Acompañe”, vamos falar sobre o autor.
Ele se chama Risto Mejide, é formado em Administração de Empresas e tem MBA em Administração pela ESADE, onde foi professor. Também deu aulas na Escuela Superior de Diseño ELISAVA. Na sua ampla trajetória dentro do mundo da publicidade e da comunicação, trabalhou como redator e diretor criativo de algumas das agências mais conhecidas das Espanha. Em 2012 foi eleito um dos Melhores Criativos do Ano. Já foi (e ainda é) colunista de jornal, em programa de rádio, apresentador de programas na TV e é escritor. É sócio fundador e diretor executivo criativo da agência Aftershare.tv desde 2007, sócio produtor executivo da produtora de tv 60dB, associada ao grupo Mediaset e sócio fundador da “aceleradora” para startups Conector. Ufa... tem mais algumas coisas, mas acho que já tá bom né? Hehe... todas essas informações retirei do site dele mesmo: http://ristomejide.com/bio/ Visitem... vale a pena! =)

Agora vamos ao livro... (alerto que possivelmente constem alguns spoilers por aqui, desculpem por isso).

Primeiro fato interessante: ao abri-lo para começar a ler, observei que o mesmo tinha o seu capítulo 1 iniciando na página 214... isso mesmo, página 214. As páginas são numeradas de trás para frente.... e isto tem um propósito? Não sei... vamos descobrir juntos?
Outra coisa... ele é uma história de amor, mas uma história de amor às avessas... ele também é uma história de morte.... e ao mesmo tempo, uma história de vida.
Ele conta a história de Toscano... e em paralelo, a história de Paula.

Toscano é caixa de supermercado, e sua maior “diversão” é ficar prestando atenção nas compras das pessoas e fazendo comentários maldosos sobre elas (as pessoas e as compras delas). E o pior, diretamente para elas... deixando-as constrangidas e desconfortáveis.
Para justificar tal situação, faz uma comparação de sua vida ao nascer e quando criança, dizendo que enquanto todos eram laranjas, ele era um limão, mas que isso não deveria justificar tanta acidez... mas que é este o motivo de ser tão “maldoso” com as pessoas.

“Em fin. Supongo que todo este rollo de limones y naranjas no justifica que me dedique a tratar la gente como la trato. Pero igual así entiendes el principio de tanta acidez” (p. 204).

Ele era ácido assim, porém nutria algo bom, nutria um amor em silêncio... um amor por uma das clientes do supermercado em que trabalhava.

Em outra esfera da história está Paula... desafortunada no amor, e mais uma vez abandonada, mais uma vez apenas com a metade de suas coisas, de sua vida.

“Fue entonces cuando dibujó media sonrisa y enjugó la mitad de todas sus lágrimas” (p. 199).

Voltando à Toscano, em um dia como outro qualquer de trabalho, o próximo da fila do seu caixa, nada levava, apenas um cartão de visitas, e nele, algo estranho escrito. Era a morte a levá-lo embora.

Toscano, ao olhar para seu corpo morto não podia crer que era ele mesmo e só conseguia pensar em Paula e em porque a amou calado.

“Porque amar em silencio no es nada. Porque quien ama en secreto, muere en soledad. pensó. ¿Y cómo sabía que era una gran lección? Porque las grandes lecciones son las que llegan en los peores momentos” (p. 197).

A morte se apresentou dizendo ser aquela que muitos querem e muitos não e pediu para ser chamada de Max. Mas na verdade Max não era a morte e sim, um agente de almas, como explicou mais tarde.

E se dirigiram a um grande prédio bem conhecido de Toscano, e lá, entraram em diversos elevadores, alguns que subiam, outros que desciam, outros que iam de lado, e enquanto isso, Max explicava a sua função de agente de almas. Dizendo que como São Pedro e os anjos e santos não estavam dando conta do serviço de receber as pessoas nas portas do céu e direcioná-las ou ao céu ou ao inferno, foi necessária a ajuda de “outros”... pessoas más, da pior espécie possível: os publicitários.

E assim foram rumo às portas do céu, conversando, até que Toscano não se aguentou e disse que não poderia morrer, que pessoas dependiam dele, que ele precisava viver. Por causa do amor. Nisso Max é muito irônico com ele, dizendo que ele nunca amou e coisas do gênero, mostrando como ele mesmo era cruel com as pessoas.

“Toscano sintió la estocada letal. Lo más sorprendente era que venía de alguien casi tan bueno como él en el enrevesado arte de la dialéctica destructiva, algo a lo que no estava acostumbrado. De pronto, lo que él siempre había considerado que eran dardos se conviertieron em bumeranes” (p. 184).


O desenrolar do livro se dá nos diversos estágios que Toscano deve passar para chegar às portas do céu... porém, o que não se imagina é a reviravolta de toda esta história e quem, na realidade, é Max de fato. E também, tudo o que acontece à Paula e como ela toma conhecimento deste “amor” que Toscano “sentia” por ela.

Ah uma nota na orelha do livro que o descreve brilhantemente:
“Que la Muerte te Acompañe es muchas cosas, pero, sobre todo, es un ejercicio de contradicción. Un texto novel con golpes de madurez. Una historia ligera cargada de sabiduría. Que habla de la muerte y trata de la vida. Con personajes imposibles, reflejo de cada uno de nosotros. Es una historia de amor, y es un thriller y un manual de supervivencia. Es un libro que comprarás con recelo, empezarás con curiosidad y devorarás en horas. Y seguro que después no lo guardarás muy lejos”.
Iván de Cristóbal

Ah, estava quase esquecendo... o propósito das páginas invertidas... só lendo mesmo para entender e se eu contar aqui, vai ser um spoiler grande demais.

E vocês, conhecem este autor? Este livro? Já leram? Já leram algum livro em espanhol? Vamos conversar?


Bjo Bjo

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Pedal na Ilha do Mel

E mais uma vez, a bicicleta me proporcionou momentos perfeitos.

No último final de semana de férias, tive o prazer de pedalar na Ilha do Mel... e foi simplesmente fantástico. A convite do amigo Fabio, fomos em 46 ciclistas “invadir” a Ilha do Mel para passear de bicicleta, ver e sentir a natureza, bater papo, dar risada, tomar banho de mar, comer um peixinho, enfim, se divertir.

Que experiência boa poder pedalar num lugar tão abençoado e ter esse contato com a natureza!

Nosso guia foi o Emmerick, do Bike Curitiba, que já conhece bem a Ilha e nos levou por todos os lados, entre beira mar e trilhas.

O dia estava lindo e isto ajudou bastante é preciso registrar. Mesmo o grupo sendo grande, houve uma boa interação entre todos e bastante conversa, risadas, troca de experiências e novas amizades.

Assim como na cidade, ver a Ilha através da bike é uma experiência interessante, pois passamos a observar coisas que antes passavam despercebidas. Tá certo que fazia bastante tempo que eu não ia para lá, mas enfim, é sempre muito bom estar em um lugar tão relaxante e de bike ainda, melhora muito.

Descemos em Nova Brasília, visitamos o Forte de Nossa Senhora dos Prazeres... conhecemos a Praia do Belo.... entre várias outras belas vistas!

Como o dia estava quente, perto do meio dia, foi um pouco “judiado” pedalar beira mar e bem melhor quando estávamos nas trilhas... Almoçamos na Pousada Astral da Ilha... o prato foi o surfista, com direito a um peixinho muito bem preparado e cerveja artesanal (muito boa) para fechar. Uma delícia e um preço justo.

Depois do almoço, um descanso regado a muita conversa e bora tomar aquele banho de mar pra repor as energias. Entrando no mar, água morninha... e aquele arrepio na espinha. Pedidos e agradecimentos feitos... aquele momento pessoal necessário... leve tudo o que não me pertence, renove minhas forças e energias para que o ano seja melhor, ajude, incentive.... vida, natureza, mundo, estou aqui, fazendo a minha parte, espero que da melhor maneira possível, por favor, colabore!

Enfim, o dia foi MARAVILHOSO, o lugar é perfeito, a organização está de parabéns, o guia foi muito prestativo e atenciosos... tudo bom demais. Quero voltar, e logo.

Inclusive, parece que vai rolar outra dessas em fevereiro, com roteiro diferenciado... vamos?

Abaixo algumas fotos, porém, não retratam nem de perto a sensação deliciosa de estar lá e aproveitar tudo de bom que foi!

Agradecimentos especiais ao amigo Mauro, que tirou estas belas fotos! 












E vocês, já fizeram um pedal assim? Vamos conversar?


Bjo bjo

segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Balanço 2016



Hello People, cá estou eu dando tchau para 2016 e desejando que 2017 seja um ano NOVO realmente, pois 2016 foi um ano pesado, muito pesado. Tanto pelos acontecimentos em termos gerais que são de conhecimento de todos e que não é necessário citar aqui, como os acontecimentos da minha vida que olha, dariam uma boa novela mexicana, aff! O mais triste de tudo neste ano que passou foi perder meu avô, isso foi triste, muito triste. Coração partido. =(

Assim como desejei para 2016, desejo em dobro para 2017, pois acho que não pedi com muita fé: 2017, por favor, que você seja mais leve!!!!!! LEVE!!!!!!

Então comecemos:  vamos para as atualizações do blog. Em 2016 foram 39 postagens no decorrer do ano, uma a mais que em 2015. Apenas nos meses de abril e outubro que eu não consegui manter o mínimo de 3 postagens mensais, como era a intenção. Pior que a “desculpa” usada ano passado, sobre ter tido um inferno astral fora de época, posso dizer que este ano que findou foi praticamente O inferno astral, mas não posso ser injusta, coisas boas aconteceram também.
Primeira promessa de ano novo, manter a média de 3 a 4 posts por mês, mais uma vez, me desejem sorte! =D

Quanto aos filmes e seriados vistos, foram 312, bem menos do que no ano anterior, mas pelo menos eu pedalei mais hehe.
Destes 312, 3 foram no cinema só... o impedimento continua sendo o valor.
Mais uma vez, foram vários os filmes em idioma espanhol e geralmente muito bons!

Pra não ser diferente, o que eu mais vi foram seriados: Desperate Housewives (terminei de assistir), Shadowhunters (ok, sei que é adolescente, mas eu adorei hehe), Narcos, Grey’s Anatomy (amor antigo), The Originals (o melhor), How I Met Your Mother (esse é aquele só pra descontrair).

Um dos filmes que mais me impactou no ano foi Ferrugem e Osso, não é um filme do ano, e sim de 2012, porém visto em 2016 por mim. Ele conta a história de Alain e Stéphanie. Um boxeador que tenta refazer a vida em outra cidade e começa a trabalhar como segurança e uma treinadora de orcas que sofre um grave acidente que muda totalmente a sua vida. Sim, é uma história de amor, porém, é um filme franco-belga, então não é um filme romântico, ele é um filme muito forte, real, daqueles que te dá um soco no estômago, ou um tapa na cara, o que você preferir. Muito bem desenvolvida a história no meu ponto de vista. Foi indicado e ganhou, vários destes prêmios de cinema. Vale muito a pena assistir.

Quanto aos livros, foram 20 completos (mais do que no ano passado, uhuuuuu) e 1 iniciado no último dia do ano! Sobre a maioria deles escrevi aqui no blog. É importante citar que dois deles foram em espanhol! =D
Destaque para Lugares Escuros (escrevi sobre ele em 26/04/2016, no blog), da Gillian Flynn, que sempre me deixa empolgada e envolvida e Um Certo Verão (post do dia 25 de novembro de 2016) de David Baldacci, que me surpreendeu de uma maneira muito positiva.

Como no ano de 2015, em 2016 eu também comprei CDs, dois... e ambos do Rodrigo Lemos, querido! Lemoskine – Toda a Casa Crua e Pangea I Palace II. Já gastei ambos de tanto ouvir e não me canso! =D

Tive o prazer de assistir a um show espetacular do Rodrigo Lemos com a Fernanda Takai, pode uma coisa mais linda? Dois artistas que gosto tanto, cantando juntos... foi um daqueles momentos perfeitos, sem dúvidas.

Mais uma vez o balanço profissional foi médio, bem médio, quase abaixo do médio... ando me sentindo bem desmotivada com tudo, mas também não tenho coragem pra mudar as coisas (este texto ficou exatamente igual ao do ano passado, se bem que posso dizer que foi menos que médio).
É, preciso admitir que na empresa o clima estava melhor, procuramos nos respeitar mais, respeitar nossas limitações e tentar não misturar as coisas, parece que funcionou. Lógico que houveram alguns “entreveiros”, mas foram bem mais suaves que em anos anteriores, hehe!

O que muito me decepcionou (mais uma vez), foi o TCC Empresarial, pois além de problemas semelhantes aos já ocorridos antes, ainda me dispensaram sem me dispensar. É isso mesmo, houve uma falta de respeito e consideração tremenda por parte da Instituição, ao não informar que eu não receberia mais artigos para corrigir e avaliar. Entendo os motivos da dispensa, porém, sem nenhum comunicado, fiquei imensamente chateada. Como professora, sei que o que estou fazendo aqui nem é correto, pois não devemos “falar mal” das empresas onde trabalhamos, porém, entendam como um desabafo. Se há a necessidade de cortes, se estão fazendo isso com todos os professores que são externos, então façam uma comunicação oficial, entrem em contato, não deixem o professor achando que não está recebendo artigos porque não há turmas e quando este professor procura saber o que está acontecendo é que é comunicado de que não presta mais serviços para a Instituição. Mas enfim, sigamos em frente!

Como todos os anos, as professoras da UFPR sempre fazem a minha vida mais feliz, então, mais uma vez, tive o prazer de participar das bancas de avaliação de conclusão de curso dos alunos de Tecnologia em Secretariado. Trabalhos muito bons, aplicáveis e que com certeza fizeram a diferença nos lugares onde foram implantados.

Mas mudando o rumo desse balanço, os ventos me levam para as viagens do ano... até que foram muitas tendo em vista tudo o que aconteceu: Porto Belo, São João da Graciosa, São Luiz do Purunã, Castrolanda/Carambeí, Aparecida do Norte, Blumenau, São Francisco do Sul, Pomerode. Nestas férias eu tinha uma viagem programada, que entraria no balanço deste ano que se inicia, mas por uma questão de prioridades da vida, tive que cancelar... tenho certeza de que haverão outras oportunidades para conhecer lugares novos.

Agora vamos às questões do coração... este ano foi uma montanha russa este coração, ou os sentimentos que passaram por ele. Conheci pessoas valiosas, interessantes, que confortaram o meu coração que me ensinaram a me valorizar mais, mesmo sem perceber. Que me mostraram que existe uma mulher aqui e que ela é bonita sim, é interessante sim, que tem vida além do trabalho e de casa. Obrigada! Mas também conheci pessoas que não eram tudo isso, porém, aprendi algumas coisas com estas pessoas, então, valeu a pena.

A saúde este ano foi uma coisa linda... bem menos consultas, bem menos peso, muitos elogios da minha médica. Feliz, feliz! 21 quilos menos na balança, hidro toda semana, muito mais pedais na minha vida, o que por sinal foi uma das coisas boas que aconteceram este ano. Me proporcionou saúde, viagens, conhecer gente de bem. Pedalar é vida, pedalar é saúde, pedalar é alegria, é felicidade, é TUDO DE BOM!!!!
Até de um desafio participei este ano, lá em Pomerode, não foram tantos km, e tá certo que uma parte eu fui no carro de apoio pois não aguentei, mas foi de fato um desafio e foi, acima de tudo, uma superação. Uma sensação de vitória que só vivenciando pra entender mesmo. Uma vontade de participar de mais e mais desafios como este.

Cambiando novamente o assunto...

Este ano eu descobri também, o quanto as pessoas podem ser más com a gente, e o pior, gratuitamente. Descobri também, que não posso ser gentil e educada com algumas pessoas, pois elas confundem as coisas... e isso pode gerar mal entendidos totalmente desnecessários na nossa vida. Mas a gente aprende muito com essas coisas. Descobri também, que realmente as pessoas só enxergam o que elas querem ver, mesmo que a verdade/realidade, esteja bem na frente delas. Mas como eu sempre digo, vivendo e aprendendo. Tentando, depois dessa, não deixar de crer no ser humano e também, não “tachar” todos por estes pobres de espírito que passaram pela minha vida.

Quanto as proposições de 2016, tinha dito que queria fazer um curso de culinária, não fiz.... quem sabe este ano eu faça hehe! Além disso, continuarei cuidando do meu corpo e da minha saúde, quero viajar mais, conhecer novos lugares e novas pessoas, ler mais e mais!

Então, acho que é isso... e como foi o ano de 2016 para vocês? O que desejam para 2017?

Vamos conversar?

Bjo Bjo