Oi Pessoal, comecei a escrever
este post a muuuuito tempo, muito tempo mesmo... meses, vários... e acabei
deixando de lado, pois como se trata de um livro em espanhol, eu queria dar
toda a atenção e todas as “desventuras” da vida sempre me levavam a deixar de
lado este texto. Enfim... quando comecei, a ideia era contar toda a história,
toda mesmo, em português para vocês, o que daria um post gigantesco. Mas depois
de muito refletir... e também com a intenção de finalmente startar este post,
resolvi mudar a minha estratégia.
Vou fazer como faço com os
outros... comentar, contar superficialmente... tentar explicar do que se trata
a história e assim “tentar” despertar o interesse de vocês para uma leitura bem
diferente.
Apenas para contextualizar, como
muitos de vocês sabem, eu fazia o curso de espanhol que por diversas questões
terei que suspender temporariamente, e ler livros no idioma me pareceu uma boa,
afinal, apenas assistir aos filmes deixava a lacuna da leitura, do tentar
entender ao ler, do interpretar e visualizar, imaginar em outro idioma. Então,
ao encontrar este livro por uma bagatela de R$ 35,00 na Livrarias Cultura,
abracei-o com todas as forças e me dirigi ao caixa. Acreditem, R$ 35,00 para um
livro estrangeiro, é muito barato, pois estes livros custam sempre em torno ou
muito próximo dos R$ 100,00. Mas vamos ao nosso foco que é a história do livro.
Mas antes de falar sobre a
história do livro, que se chama “Que la Muerte te Acompañe”, vamos falar sobre
o autor.
Ele se chama Risto Mejide, é
formado em Administração de Empresas e tem MBA em Administração pela ESADE,
onde foi professor. Também deu aulas na Escuela Superior de Diseño ELISAVA. Na
sua ampla trajetória dentro do mundo da publicidade e da comunicação, trabalhou
como redator e diretor criativo de algumas das agências mais conhecidas das
Espanha. Em 2012 foi eleito um dos Melhores Criativos do Ano. Já foi (e ainda
é) colunista de jornal, em programa de rádio, apresentador de programas na TV e
é escritor. É sócio fundador e diretor executivo criativo da agência
Aftershare.tv desde 2007, sócio produtor executivo da produtora de tv 60dB,
associada ao grupo Mediaset e sócio fundador da “aceleradora” para startups
Conector. Ufa... tem mais algumas coisas, mas acho que já tá bom né? Hehe...
todas essas informações retirei do site dele mesmo: http://ristomejide.com/bio/
Visitem... vale a pena! =)
Agora vamos ao livro... (alerto que possivelmente constem
alguns spoilers por aqui, desculpem por isso).
Primeiro fato interessante: ao abri-lo para começar a ler,
observei que o mesmo tinha o seu capítulo 1 iniciando na página 214... isso
mesmo, página 214. As páginas são numeradas de trás para frente.... e isto tem
um propósito? Não sei... vamos descobrir juntos?
Outra coisa... ele é uma história
de amor, mas uma história de amor às avessas... ele também é uma história de
morte.... e ao mesmo tempo, uma história de vida.
Ele conta a história de
Toscano... e em paralelo, a história de Paula.
Toscano é caixa de supermercado, e
sua maior “diversão” é ficar prestando atenção nas compras das pessoas e
fazendo comentários maldosos sobre elas (as pessoas e as compras delas). E o
pior, diretamente para elas... deixando-as constrangidas e desconfortáveis.
Para justificar tal situação, faz
uma comparação de sua vida ao nascer e quando criança, dizendo que enquanto
todos eram laranjas, ele era um limão, mas que isso não deveria justificar
tanta acidez... mas que é este o motivo de ser tão “maldoso” com as pessoas.
“Em fin. Supongo que todo este rollo
de limones y naranjas no justifica que me dedique a tratar la gente como la
trato. Pero igual así entiendes el principio de tanta acidez” (p. 204).
Ele era ácido assim, porém nutria
algo bom, nutria um amor em silêncio... um amor por uma das clientes do
supermercado em que trabalhava.
Em outra esfera da história está
Paula... desafortunada no amor, e mais uma vez abandonada, mais uma vez apenas
com a metade de suas coisas, de sua vida.
“Fue entonces cuando dibujó media
sonrisa y enjugó la mitad de todas sus lágrimas” (p. 199).
Voltando à Toscano, em um dia
como outro qualquer de trabalho, o próximo da fila do seu caixa, nada levava,
apenas um cartão de visitas, e nele, algo estranho escrito. Era a morte a levá-lo
embora.
Toscano, ao olhar para seu corpo
morto não podia crer que era ele mesmo e só conseguia pensar em Paula e em
porque a amou calado.
“Porque amar em
silencio no es nada. Porque quien ama en secreto, muere en soledad. pensó. ¿Y cómo sabía que era una gran
lección? Porque las grandes lecciones son las que llegan en los peores
momentos” (p. 197).
A morte se apresentou dizendo ser
aquela que muitos querem e muitos não e pediu para ser chamada de Max. Mas na
verdade Max não era a morte e sim, um agente de almas, como explicou mais
tarde.
E se dirigiram a um grande prédio
bem conhecido de Toscano, e lá, entraram em diversos elevadores, alguns que
subiam, outros que desciam, outros que iam de lado, e enquanto isso, Max
explicava a sua função de agente de almas. Dizendo que como São Pedro e os
anjos e santos não estavam dando conta do serviço de receber as pessoas nas
portas do céu e direcioná-las ou ao céu ou ao inferno, foi necessária a ajuda de
“outros”... pessoas más, da pior espécie possível: os publicitários.
E assim foram rumo às portas do
céu, conversando, até que Toscano não se aguentou e disse que não poderia
morrer, que pessoas dependiam dele, que ele precisava viver. Por causa do amor.
Nisso Max é muito irônico com ele, dizendo que ele nunca amou e coisas do
gênero, mostrando como ele mesmo era cruel com as pessoas.
“Toscano sintió la estocada
letal. Lo más sorprendente era que venía de alguien casi tan bueno como él en
el enrevesado arte de la dialéctica destructiva, algo a lo que no estava
acostumbrado. De pronto, lo que él siempre había considerado que eran dardos se
conviertieron em bumeranes” (p. 184).
O desenrolar do livro se dá nos
diversos estágios que Toscano deve passar para chegar às portas do céu...
porém, o que não se imagina é a reviravolta de toda esta história e quem, na
realidade, é Max de fato. E também, tudo o que acontece à Paula e como ela toma
conhecimento deste “amor” que Toscano “sentia” por ela.
Ah uma nota na orelha do livro
que o descreve brilhantemente:
“Que la Muerte te Acompañe es
muchas cosas, pero, sobre todo, es un ejercicio de contradicción. Un texto
novel con golpes de madurez. Una historia ligera cargada de sabiduría. Que habla
de la muerte y trata de la vida. Con personajes imposibles, reflejo de cada uno
de nosotros. Es una historia de amor, y es un thriller y un manual de
supervivencia. Es un libro que comprarás con recelo, empezarás con curiosidad y
devorarás en horas. Y seguro que después no lo guardarás muy lejos”.
Iván de Cristóbal
Ah, estava quase esquecendo... o
propósito das páginas invertidas... só lendo mesmo para entender e se eu contar
aqui, vai ser um spoiler grande demais.
E vocês, conhecem este autor?
Este livro? Já leram? Já leram algum livro em espanhol? Vamos conversar?
Bjo Bjo