E muito tem-se falado na empresa
em que laboro, do tal assédio moral. Ele acontece diariamente em todas as
empresas. Às vezes de forma velada, às vezes descaradamente, mas acontece.
Como é assunto forte, porém está ligado
com o nosso dia a dia, resolvi escrever sobre o mesmo.
Já havia escrito antes... se
quiserem conferir, clica aqui: http://entreagendas.blogspot.com.br/2013/11/assedio-moral.html
Resolvi escrever também, pois por
muitas vezes me sinto assediada, então achei por bem fazer uma pesquisa e
verificar se o que se passa comigo é de fato um assédio moral ou não.
Segundo o site Guia Trabalhista,
“o assédio moral caracteriza-se por condutas que evidenciam violência
psicológica contra o empregado. Na prática o ato de expor o empregado a
situações humilhantes (como xingamentos em frente dos outros empregados),
exigir metas inatingíveis, negar folgas e emendas de feriado quando outros empregados
são dispensados, agir com rigor excessivo ou colocar ‘apelidos’ constrangedores
no empregado são alguns exemplos que podem configurar o assédio moral. São
atitudes que, repetidas com frequência, tornam insustentável a permanência do
empregado no emprego, causando danos psicológicos e até físicos, como doenças
devido ao estresse causado pelo assédio” (Fonte: http://www.guiatrabalhista.com.br/tematicas/assediomoral2.htm).
Já segundo o site
assediomoral.org, baseado em texto de Barreto (2000), assédio moral é “a
exposição dos trabalhadores e trabalhadoras a situações humilhantes e
constrangedoras, repetitivas e prolongadas durante a jornada de trabalho e no
exercício de suas funções, sendo mais comuns em relações hierárquicas
autoritárias e assimétricas, em que predominam condutas negativas, relações
desumanas e aéticas de longa duração, de um ou mais chefes dirigida a um ou
mais subordinados, desestabilizando a relação da vítima com o ambiente de
trabalho e a organização, forçando-o a desistir do emprego. Caracteriza-se pela
degradação deliberada das condições de trabalho em que prevalecem atitudes e
condutas negativas dos chefes em relação a seus subordinados, constituindo uma experiência
subjetiva que acarreta prejuízos práticos e emocionais para o trabalhador e a
organização. A vítima escolhida é isolada do grupo sem explicações, passando a
ser hostilizada, ridicularizada, inferiorizada, culpabilizada e desacreditada
diante dos pares. Estes, por medo do desemprego e a vergonha de serem também
humilhados associado ao estímulo constante à competitividade, rompem os laços
afetivos com a vítima e, frequentemente, reproduzem e reatualizam ações e atos
do agressor no ambiente de trabalho, instaurando o ‘pacto da tolerância e do
silêncio’ no coletivo, enquanto a vítima vai gradativamente se desestabilizando
e fragilizando, ‘perdendo’ sua autoestima (fonte: http://www.assediomoral.org/spip.php?article1).
Ufa, que triste e horrível tudo
isso... mas então, o assédio moral basicamente é um tipo de bullying, assim como os sofridos pelas crianças e
adolescentes nas escolas ou entre seus grupos de afinidade (quando não são tão
afinados assim).
Quando o seu superior ou outra
pessoa só “pega no seu pé”, sem cobrar o desenvolvimento das atividades de
outras pessoas e apenas a sua, quando tudo o que você faz não é bom o
suficiente, entre outras situações, pode ser configurado como assédio, desde
que seja um comportamento repetitivo, pois quando a situação acontece de forma
isolada, não configura-se assédio. Porém, quando tal ação constrange o atingido
e faz com que o mesmo não queira mais ir ao trabalho, ou ainda o faça se sentir
mal psicologicamente falando, sentindo-se humilhado, com vontade de chorar, e
às vezes até com vontade de “agredir” a pessoa que está lhe agredindo, pode ter
certeza de que ai se encontra uma situação de assédio.
E como é difícil quando você
percebe que está passando por isso, pois como é que você sai dessa? Segundo o
texto que escrevi lá em 2013, a melhor saída é denunciar o assediador. Mas por
vezes, na maioria das vezes, este ser é o seu superior... e só isto já intimida
a denúncia... segue-se a isto, o fato de que é muito difícil comprovar um
assédio... normalmente é necessário o testemunho de pessoas próximas e que
presenciaram a situação. Mas, mais uma vez por medo, estas pessoas não se
pronunciam, ficam caladas. Vai que eu sou demitida, preciso do emprego para
pagar as contas, sustentar minha família, etc. Complicado não?!
Digo isto, fica claro que não é
só o assediado que fica com sequelas psicológicas e até fisicas do assédio.
Este tipo de situação afeta a todos que estão no mesmo ambiente.
Mas acho que é isso... eu só
queria escrever um pouco sobre para desabafar, para desestressar mesmo e rever,
e tentar entender o por que de alguns comportamentos que ando observando e
vivenciando.
E vocês, já sofreram assédio
moral? Já presenciaram alguém ser assediado?
Vamos conversar?