Filme
argentino, indicado pela amiga Grasi e que recomendo a todos que gostam
de refletir um pouco sobre os rumos que as nossas vidas
estão tomando nesta era digital, neste “admirável mundo novo”.
Gustavo
Taretto, seu diretor, diz que sua intenção era retratar
uma solidão que não é dramática, mas "uma solidão a que já
estamos acostumados. De todos os dias. Solidão urbana. A solidão
que sentimos quando estamos rodeados de desconhecidos"
Só
a narrativa inicial já te ganha, tal é a profundidade das palavras
e a metáfora com as construções desenfreadas da cidade de
Buenos Aires. Como diria a minha prima, fala-se sobre todo aquele
cimento!
Primeiramente,
vou explicar o porque deste nome: Medianeras... medianeras são
aquelas paredes sem janelas das grandes construções. Tais paredes
não possuem janelas tendo em vista sua proximidade com as
construções vizinhas. Na realidade, é proibido abrir janelas
nestas paredes, mas muitas pessoas o fazem, buscando um pouco de
claridade em suas residências, gerando inclusive, grandes brigas
judiciais.
Existem
alguns pontos que considerei peculiares no filme, mas que se eu
escrever aqui, acabarei por estragar um pouco da história... então?
Só assistindo mesmo pra vocês identificarem os seus e depois,
poderemos conversar, trocar figurinhas sobre o filme e sobre o que
acharam de mais interessante, pois me levou a uma grande reflexão e
a questão de que nem tudo está perdido, que ainda há uma esperança
neste mundo pra mim.
Ele conta
a história de um homem e uma mulher, jovens e isolados do mundo em
suas “bolhas”. São eles mesmos que narram suas próprias
histórias e os dissabores da era digital em suas vidas sociais e
amorosas. Ele trabalhando em casa, como web designer, para sair o
menos possível de casa, é meio neurótico e quase tudo o que
precisa, compra via internet. Sua única saída de casa é para levar
o cachorro para passear vez e outra, cachorro que ele diz que não é
dele e sim da ex namorada que foi embora para outro país e não quis
levá-lo junto para evitar o stress da mudança. Ela, arquiteta
formada, mas que não consegue se encontrar em sua profissão, então
trabalha como vitrinista, montando situações, criando contextos,
trabalhando com aqueles manequins de loja e retratando o seu próprio
eu em cada vitrine. Terminou um relacionamento de muitos anos e está
confusa, muito confusa. Não consegue andar de elevador e assim, sobe
diversos lances de escada para chegar ao seu apartamento. Como não
consegue se encontrar, passa os dias com um livro de sua infância,
onde procura por Wally na cidade.... e mesmo depois de todos estes
anos, não consegue encontrá-lo.
Eles até
tentam se relacionar com outras pessoas, mas é uma relação
superficial, pífia... difícil mesmo!
Ele, Martin... ela,
Mariana!
Assistam e mergulhem na
vida destes dois personagens... *-*
Este
blog possui uma ótima resenha sobre o filme, vale a leitura:
Espero
que gostem da dica... =)