sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Termo do Dia: Recolha-se à sua Insignificância



Este texto é um desabafo, nem sempre é fácil ser empregado de uma empresa de economia mista, viver com certas burocracias e interesses próprios. É muito frustrante pra quem deseja crescer, mas não deseja que este crescimento seja porque é amigo ou parente de alguém e sim por mérito e esforço próprio.

Mas primeiro vou contextualizar a história, sim, história, pois ela é bem real.

Fiz o concurso para entrar na companhia em 2004, e o fiz, confesso, por muita insistência de um familiar que trabalha lá. Na época eu era universitária, estava cursando Secretariado Executivo Trilíngue ainda e não poderia tentar o concurso para nível superior, pois faltava um tempo para me formar, então, fiz para nível médio. Não lembro das questões da prova, mas lembro muito bem que não estudei e fui realmente por insistência da família. Concurso público, estabilidade, sabe como é. O fato é que passei, em uma colocação bem abaixo do que os aprovados gostam, mas passei. Porém, o edital dizia que era apenas uma vaga disponível, então nem me preocupei e tirei o tal concurso da cabeça. Passaram-se 2 anos, eu estava levando a minha vida, empregada numa empresa que me pagava razoavelmente bem e desempenhando atividades da minha formação (nesta época eu já estava formada), e eis que chega em minha casa um telegrama dizendo para eu me apresentar para exames de admissão. Ai que dúvida: vou ou não? Vale a pena sair de onde estou? Mais uma vez por insistência familiar, fui até lá, peguei aquela lista interminável de exames a serem feitos e documentação à providenciar e vamos mudar de emprego. 

No início tudo é lindo, uma grande empresa, um serviço essencial à vida de toda população. Ok, eu amo o que faço apesar de todas as dificuldades, pois percalços no caminho profissional, todo mundo tem, não existe um emprego que seja 100% perfeito, seja ele em empresa pública, privada ou de economia mista.

A questão é que depois de 7 anos trabalhando, a gente deseja crescer, na verdade eu já desejava crescer antes, mas como fazer isso? Só através de concurso novamente, concorrendo com todas as pessoas de todo o Brasil que tem o mesmo interesse. Até ai tudo bem, estuda-se e corre atrás, porém, desde 2004 não se abre mais concurso para a minha área. E como já disse anteriormente, eu não pude fazer para Secretária Executiva naquela época pois não era formada ainda. E àquela época, o então governador, “eliminou” tal cargo e nunca mais ocorreram concursos para a minha formação nesta empresa. Apenas para os demais cursos da escola de negócios como é conhecido hoje em dia o grupo de cursos encabeçado por Administração de Empresas e Ciências Contábeis, entre vários outros cursos. 

Pois bem, é extremamente frustrante você querer, por exemplo, participar de um curso ou evento e te dizerem que você não pode pois é empregada de nível médio. Só os empregados que são chamados profissionais, pois entraram como nível superior, é que tem boas oportunidades. Ou seja, se você é nível médio, por mais que já tenha formação superior e inclusive duas especializações (como é o meu caso), de nada adianta, pois a burocracia te impede de ampliar conhecimentos. Se quiser ir, pode ir, é só pagar do seu bolso, claro. Já ouvi isso tantas vezes, sempre me revolto, mas hoje foi a mais difícil, pelo jeito como foi dito, pelo desprezo da situação e por quem o disse, pessoa que eu sempre procurei ajudar e tinha o maior respeito e estima.

A solução?! Ir em busca de uma nova colocação, em outra empresa que oferte concursos na minha área, ou ainda, fazer outro curso superior que me proporcione a oportunidade de fazer um novo concurso onde estou agora. A questão é que as coisas tem que mudar e, inevitavelmente, esta mudança vai ter que partir de mim. Se estou preparada? Se terei coragem de sair do comodismo? Não sei, mas acho que está na hora de correr atrás destas respostas.

É isso, fica aqui o desabafo de alguém que já foi, paralelamente a função de nível médio em que atuo, coordenadora e professora de um curso de nível superior que, apesar de todas as dificuldades, era valorizada verbalmente, financeiramente e, o que eu considero mais importante, amada pela maioria dos meus alunos até hoje. Pena que foi apenas um ciclo da minha vida e que o mesmo se encerrou por motivos que não cabem dizer aqui. Isso é papo para outra oportunidade... =)


Mas e ai, gostou do texto? Concorda comigo? Discorda? Comente... vamos conversar!!!!!

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

O Amor...


O amor, ah o amor... o amor está no ar nos últimos tempos... mas que amor é esse? Não creio ser este um amor de verdade.

Hoje, o rapaz vai pra balada, conhece a menina, ficam, e uma semana depois já diz que ama... isso é amor? Acho que não né? Só se for uma nova categoria de amor: o amor descartável, aquele que “se sente” hoje e amanhã já se joga no lixo e se troca por outro.
Segundo o nosso super companheiro, dicionário Aurélio, amor é afeição viva por alguém, sentimento apaixonado por pessoa do outro sexo (ou do mesmo, não é mesmo?), amor é zelo, dedicação...
O amor é aquele sentimento verdadeiro e que, pelo menos antigamente, era para a vida toda... não se ama apenas por uma estação, por um verão, isto é paixão, é fogo... e todo fogo se apaga. Não estou afirmando que a paixão não se transforme em amor, só acho que não se ama de uma semana para outra. Lembro que quando estava namorando com alguém, ficava pensando: “qual é o tempo certo para dizer eu te amo?” Em quanto tempo se ama alguém? E às vezes eu era pressionada neste sentido: “Mas você não me ama?” E às vezes a gente acaba dizendo sem nem mesmo sentir, sem nem saber o que é exatamente o amor, pois amamos todo mundo. Eu te amo está na boca do povo, louquinho pra sair, para se espalhar... descartável!
Fui criada para enxergar o amor de uma forma diferente... aquele amor que só acaba quando um dos dois morre... e ainda não, acho que ele não acaba, este amor é eterno, vive além da vida... com quem fica, com quem foi...
Olhem só o que a Bíblia Sagrada, no livro de Coríntios, nos diz sobre o amor:
“O amor é paciente, o amor é prestável, não é invejoso, não é arrogante nem orgulhoso, nada faz de inconveniente, não procura o seu próprio interesse, não se irrita nem guarda ressentimento. Não se alegra com a injustiça mas rejubila com a verdade. Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais passará”.
Pra mim o amor se tornou um sentimento raso, sem muitas perspectivas... é, estou um pouco descrente do real significado desta palavra e mais ainda, deste sentimento, na vida das pessoas.
Desejo de coração estar errada, que realmente o sentimento ainda viva no coração das pessoas e que seja sentido verdadeiramente e em toda a sua extensão e intensidade.