quarta-feira, 15 de janeiro de 2025

Toda Luz que Não Podemos Ver

Olá pessoal... e este foi um daqueles livros difíceis de ler.... senhor, foi muito tempo pra finalizar. A leitura iniciou em setembro de 2024 e só consegui finalizar no dia 01 de janeiro deste ano. Levei 3 meses pra ler um livro de 528 páginas, escrito por Anthony Doerr.

A escolha deste livro se deu por ter assistido à minissérie na Netflix. São 4 capítulos que me arrebataram. Achei a história linda e como foi algo tão bem feito televisivamente, pensei, é claro, tenho que ler o livro, vai valer a pena. E vale, mas é uma leitura difícil mesmo assim!

Porém, neste momento, eu esqueci de que o livro sempre é muito mais detalhista, muito mais denso e neste caso, a história descreve de forma muito minimalista a guerra e por diversos momentos isso cansa. Corro o risco de pecar aqui, de que ofenda alguém com essas palavras, mas foi assim que me senti!

Mas vamos à história deste super livro. Ele conta a história de Marie-Laure e de Werner. Elas são contadas de forma distinta, um capítulo sobre um e depois outro, sobre o outro....

Marie-Laure é uma menina que vive com seu pai, que é chaveiro no Museu de História Natural de Paris, lá enquanto o pai cuida de milhares e milhares de fechaduras, Marie-Laure vive o seu conto de fadas à reverso, pois ainda muito pequena ela ficou cega e agora vê com os olhos do coração., o que não a impede de viver uma vida plena, dentro de suas limitações.

Seu pai, um artesão de mão cheia, construiu uma maquete do bairro aonde moram, e através dessa maquete ela conhece as ruas, os estabelecimentos comerciais, e consegue se locomover sem maiores problemas pela região... normalmente seu pai sempre a acompanha, contando bueiros e postes para ela ter um critério de localização e distâncias.

Suas vidas mudam com a ocupação de Paris pelos nazistas e eles precisam se refugiar em Saint-Malo, levando consigo poucos pertences pessoais, além de um tesouro inestimável do Museu que foi confiado ao seu pai.

No outro “lado da história”, temos Werner Pfenning, um menino que fica órfão após a morte de seu pai nas minas de carvão em uma região da Alemanha, e que agora vive com sua irmã mais nova, Jutta, em um orfanato. Ele e a irmã costumam sair em busca de relíquias, que são os lixos descartados pelos outros e é assim que Werner pega um rádio quebrado...  e sozinho, aprende sobre seu funcionamento, como montar e desmontar, como identificar defeitos e arrumar e assim, leva vida ao orfanato através das histórias e músicas que consegue sintonizar em seu rádio feito com peças descartadas pelos outros.

A habilidade que Werner tem com os rádios não passa despercebida pelos oficiais alemães no momento da guerra e ele é “convidado” a ingressar numa escola nazista, onde o foco é se preparar para o combate e no caso de Werner, aprender mais sobre rádios transmissores com oficiais mais velhos.

Seus talentos o levam para uma missão muito importante nos campos inimigos, identificar/localizar transmissões de rádio que passam dados aos aliados. No começo Werner se sente muito importante afinal, está utilizando o que mais gosta para ajudar ao seu país... mas com o passar do tempo ele percebe que aquela atividade não é tão nobre assim, que suas ações levam a muita morte e tristeza.

Ao ser designado para Saint-Malo para identificar transmissões ilegais, as vidas de Werner e Marie-Laure se cruzam brevemente.... é um relato muito fiel, apesar de ser uma ficção, sobre os males da Segunda Guerra Mundial.

Em paralelo temos a história da busca pelo tesouro inestimável levado pelo pai de Marie-Laure quando fugiram de Paris. Seu pai é perseguido e preso por conta disso, pois a pedra que lhe foi confiada, segundo as lentas, tem o poder de “dar a vida eterna” à quem a possuir.

E por aqui paro, pois são muitos detalhes, muitos desdobramentos e uma riqueza de detalhes sensacional. Aos que gostam de livros sobre guerras, recomendo, aos que já leram, vamos conversar?

Bjo bjo

 

quarta-feira, 8 de janeiro de 2025

O Auto da Maga Josefa

 Bom dia, boa tarde, boa noite... cá estamos nós para falar sobre um livro que foi um desafio interno.... como contei no post do livro O Pacto de Natal, estou participando de um clube literário e todos os meses temos um livro para ler e este foge totalmente ao meu estilo de leitura.... e quando vi que se tratava de uma história retratada no sertão, me deixou mais apreensiva ainda... termos distintos, muito fora do meu “conforto” habitual.

Este livro foi escrito por Paola Siviero, é de 2021 e tem 212 páginas.


Não posso dizer que foi um livro super confortável para ler, mas também, não foi tão difícil como eu imaginava... cada capítulo conta um “causo”. Então vamos aos “fatos”...  A história é ambientada nos anos 1960... o agreste nordestino é assolado pela seca, mas além disso por demônios, múmias, vampiros, chupa-cabras, e outros tipos de fantasmas. E é ai que entra Toninho, caçador de demônios, e Josefa, uma maga, a própria filha do Tinhoso.

Em dado momento, suas vidas e suas histórias se cruzam e eles passam a ser companheiros de caçada, em busca de solucionar os casos das cidades nordestinas onde são chamados e vão conquistando vitórias... Toninho com sua mula encantada e sua peixeira, além de todo o seu conhecimento sobre os seres sobrenaturais e Josefa, com seu galho de cajueiro e sua magia, vão enfrentando dragões, vampiros, chupa-cabras e gólens ao longo do livro, sempre com uma escrita muito regionalista, e com momentos de humor para apimentar os causos.

Toninho se afeiçoa à Josefa, apesar de não lhe parecer claro qual é o objetivo da Maga ao lutar contra esses seres malignos, porém, lá pro final do livro isso se mostra de uma forma inesperada, surpreendente... e divina. Confesso que apesar de todas as minhas ressalvas ao iniciar este título, ele foi muito legal, uma boa leitura... recomendo.

Mas me contem, vocês já leram este livro? Gostam de livros de fantasia? Vamos conversar?


Bjo bjo

quinta-feira, 2 de janeiro de 2025

Balanço 2024

 


Bom dia, boa tarde e boa noite, tudo bem com vocês? E o primeiro post do ano está chegando...

Como foram de virada? E 2024, foi aquilo que vocês esperavam? Foi melhor? Foi pior? Foi igual?

Confesso que me perdi um pouco com tudo neste ano que passou, no sentido de parecer que não fiz nada ou que fiz demais... não sei explicar.... mas vamos lá aos números, ao balanço anual tão tradicional aqui no blog... acho que ele vai me ajudar a entender o que aconteceu e se deu tudo certo mesmo...

Começo meu texto de forma diferente este ano... falando de perdas!

Este ano que passou, tive três perdas que me abalaram sobremaneira... a primeira delas, da amiga Danutha, sim, fazia um tempão que a gente não se falava ou se via pessoalmente, mas as redes sociais sempre salvaram isso... o contato virtual estava lá, sabia que ela estava “bem”... seguindo seus passos... e de repente, partiu. Como assim? Foi muito difícil ir ao seu velório, vê-la ali, nem parecia ela... ainda dói... uns dias depois, perdemos nosso líder, o Borboleta, de forma estúpida, por imprudência de uma menina irresponsável, nosso querido e amado Borboleta hoje faz trilhas off road no céu... e no final do ano, o primo Clovis, esposo da minha prima Fabiane, também de forma inesperada, uma doença descoberta o levou muito rápido.... todos ainda doem, todos ainda parece que é mentira.. E essas perdas me fizeram refletir sobre como nossa vida é um sopro, agora estou aqui escrevendo pra vocês, daqui a pouco posso não estar mais... me mostrou que preciso de mais tempo pra mim, tempo de qualidade, de cuidado... me mostrou que precisamos sair daquele “vamos marcar” para “que dia, que horas e aonde?”, que as datas comemorativas não devem passar em branco, que a família deve se reunir em toda e qualquer oportunidade, nem que seja só pra tomar um café.... não percam tempo, não deixem de dizer eu te amo, você é importante pra mim, pois não sabemos quando será a última vez em que veremos ou falaremos com as pessoas. Parece meio dramático, mas é um fato e um fato que dói demais quando acontece.

Na escola da Maria, tivemos gratas surpresas... um desenvolvimento que nos deixa muito orgulhosos, mas também, uma relação com e entre as crianças e seus pais que aquece o coração. Foram muitas tardes e noites em aniversários, piqueniques, boas conversas, muita brincadeira com as crianças e laços que se criaram.

Este ano Maria conheceu seu primeiro “ídolo”, coloco entre aspas pois é algo que é muito volátil nessa etapa da vida... a vó Arlete a acompanhou lá em janeiro, para o lançamento de um filme do Ronaldo, mais conhecido como Gato Galático e ele estava presente, conversando com as crianças e também dando autógrafos. Foi bem emocionante pra ela ver que aquela pessoa que ela só via na telinha existe de verdade.

Este foi o ano que programamos 3 corridas e conseguimos participar de 2 delas... pois na última além de uma chuva muito forte caindo, eu estava com uma intoxicação alimentar severa... mas foi também o ano que melhor me dediquei à academia... (e o marido também)... foram muitas manhãs (bem cedo) malhando e me cuidando e com o auxílio e acompanhamento da nutricionista Viviane Raizer, foram 10 quilos off em 3 meses. Ainda muito longe do objetivo para uma vida saudável, mas já muito melhor do que eu estava.

Neste ano que passou, fizemos alguns passeios de moto e alguns acompanhamentos de carro com nosso querido Loucos por Terra Off Road... em alguns deles inclusive levando a Maria para tomar gosto pela coisa. =)

Fizemos uma viagem muito legal em família, onde Kadu e Maria tiveram a oportunidade de viajar a primeira vez de avião... E já queremos fazer outras e voltar para Foz pois no final das contas, tem muitas outras coisas pra visitar lá que não deu tempo.

Ah, e no final do ano fomos até Morretes, um diazinho só, mas deu pra curtir bastante com a Maria e o Kadu.

Seguimos morando com os meus pais e por aqui, tudo bem, graças a Deus.

Casamento vai bem, obrigada e vida pessoal em equilíbrio! =)

Este ano tivemos a visita da tia Ana e do Fran, que foi muito especial, momentos deliciosos com eles... e mais uma vez fizemos o Natal em Família, menos gente do que no ano anterior por vários motivos, porém, tudo feito com muito amor e carinho como sempre... comida e bebida fartas, boas conversas, risadas e fizemos um varal de recordações, com fotos desde meados de 1960 até este ano que findou, foi muito especial, pois cada um se viu e recordou muitas coisas... depois fiz um vídeo com todas as fotos para aqueles que não puderam vir. Neste ano que se inicia, queremos reunir mais a família... Páscoa, Dia das Mães, Dia dos Pais... espero que possamos fazer esses encontros com mais frequência e também, sem ter um dia especial, só aquele café com bolo ou montanha russa já tá bom.

Nenhum show famoso, mas fomos numa festa de igreja que foi épica, com a banda do meu antigo patrão, o Marlos Melek e também, Elvis cover, foi muito divertido, dançamos muito... e a comida estava deliciosa.

Fiz meu aniversário no LayOut 80, para celebrar os 10 anos do De Repente 35, poucas pessoas foram, mas foi especial mesmo assim.

No trabalho tudo em ordem, mais um ano tendo a oportunidade de substituir a chefe e colhendo frutos dessa oportunidade.

Permaneci como membro da Comissão Organizadora do Concurso de Fotografia da Firma, onde os vencedores tem suas fotos publicadas no calendário anual e mais uma vez acompanhei os vencedores no workshop de fotografia, lá em Piraquara, no CEAM... local de muita energia positiva e que renova a alma. É muito bom participar destes momentos e por vezes conhecer aqueles colegas com os quais a gente só conversa via webex ou telefone.

E agora, vamos aos números de 2024.

As postagens no blog foram 15 no decorrer do ano, menos que em 2023, mas tudo bem. Mais uma vez a grande maioria sobre os livros lidos...

E já aproveito o gancho para dizer que foram 11 livros iniciados e finalizados em 2024, temos um que iniciei em 2023 e finalizei em 2024 e temos um que iniciei em 2024 e finalizei no dia 1 de janeiro. Aqui vale dizer que amei ler a trilogia da Empregada e que “Um Lugar Bem Longe Daqui” foi emocionante. Ah, vale compartilhar mais uma vez que agora faço parte de um clube do livro, chama-se “Gurias Literárias”, bem curitibano né? E este grupo me desafiou a ler livros que saem da minha zona de conforto, quer dizer até agora apenas um, mas que foi bem inquietante de início e uma grata surpresa depois... logo postarei sobre ele.

Entre filmes e seriados, assisti a 1293 títulos, quase 200 a mais que em 2023, um número bem considerável. Muitos no cinema, mais que no outro ano e 100% deles com a dona Maria Alice, ou seja, basicamente todos infantis hehe.

Muitas séries adolescentes para deixar a cabeça leve e sem pensar muito, mas também, aquelas policiais e misteriosas que tanto gosto.

Destaque para Merlí – sapere aude e O Jovem Sheldon.

E acho que é isso, gratidão  2024, seja bem vindo 2025! Me surpreenda!