sábado, 9 de agosto de 2025

Relatos de um Gato Viajante

 Este foi um dos livros mais prazerosos do ano (leitura lá de abril/maio).... uma leitura deliciosa, fluída, leve, daquelas que superaquece o coração... gatos são um dos meus pontos fracos, amo de paixão e se dependesse só de mim, teria vários hehe.

Relatos de um Gato Viajante, de Hiro Arikawa, foi indicação de uma das meninas do clube literário, uma grata indicação. Ele é um livro da Editora Alfaguara, de 2017, tem 256 páginas e conta a história de Satoru e seu amado gato Nana.

 


Sinopse:

O gato Nana está viajando pelo Japão. Ele não sabe muito bem para onde está indo ou por que, mas ele está sentado no banco da van prata de Satoru, seu dono. Lado a lado, eles cruzam o país para visitar velhos amigos. O fazendeiro durão que acredita que gatos só servem para caçar ratos, o simpático casal dono de uma pousada que aceita animais, e o marido abandonado pela esposa que ama animais. Mas qual é o motivo dessa viagem? E por que todos estão tão interessados em Nana e Satoru? Ninguém sabe muito bem o que está acontecendo e Satoru não diz nada, mas quando Nana descobrir o motivo da viagem, seu pequeno coração passará por uma das mais difíceis provas de suas sete vidas. Narrado em vozes alternadas, esse romance emocionante e divertido nos mostra um jovem de grande coração e um narrador-gato muito esperto, numa amizade que desafia as fronteiras de um país e da própria vida.

 

Satoru teve uma infância com altos e baixos, teve um gato que amava muito, mas como perdeu os pais e foi criado pela tia que precisava ficar mudando de cidade por conta do trabalho, teve que deixar seu amado bichano com um tio distante... essas constantes mudanças fizeram com que o jovem Satoru tivesse que mudar de escola com uma frequência que deixaria qualquer criança aborrecida, mas ele não era assim, em todo local que chegava, acabava se afeiçoando às pessoas e já criando amizades com facilidade. Já na vida adulta, resolveu visitar os amigos queridos que fez nessa fase da vida.

Uma coisa que nunca mudou foi seu afeto pelos bichanos. Onde morava, sempre deixava alimentos para um felino que gostava de descansar em sua van.

Certa vez, percebeu que o gato estava machucado e depois de um tempo na tentativa de se aproximar, conseguiu pegá-lo e levá-lo para casa, para cuidar do pequeno animal. Fizeram um combinado, quando o gato estivesse bem, poderia voltar para a rua, se assim o quisesse. Com a convivência do dia a dia, já que a recuperação do bichano foi demorada, resolveu dar um nome ao novo amigo: Nana. Escolheu esse nome, pois o rabo do gato era “dobrado” em forma de “sete”, que é nana em japonês. )E ali nascia uma bela e verdadeira amizade.   

E quando Nana estava bem, 100% recuperado, pronto para voltar às ruas, não quis.... ou melhor, quis ir à rua, deu uma voltinha, mas quis voltar para a casa do amigo e neste momento ambos tiveram certeza de que aquela era uma amizade para a vida toda.

Um belo dia, a rotina ficou diferente... Satoru que sempre saia para trabalhar, anunciou que eles iriam fazer uma viagem e assim, começou uma grande aventura dos dois amigos, visitando amigos da época de escola de Satoru.

A viagem é narrada em parte por Nana, que tem ótimas tiradas e um humor muito particular... e assim vamos conhecendo um pouco mais sobre a vida de Satoru desde a sua infância até a vida adulta e entendendo o que está acontecendo e o motivo dessa viagem, o por que de sua busca por um novo lar para o seu amado Nana depois de 5 anos vividos juntos com tanto amor e cumplicidade.

Parte da história é narrada por Satoru também e além deles, os amigos da infância e juventude de Satoru também dão voz à história, relatando por seus olhos, como foi sua relação com o amigo, como era seu amor pelos bichanos e se seriam ou não bons anfitriões para Nana... sempre com Nana dando um jeito de mostrar que ninguém chega aos pés do seu amado companheiro.

E aqui, tomo para mim, porém sem deixar de referenciar, as palavras de Igor Zahir, do site https://medium.com/revista-bravo/sobre-o-amor-verdadeiro-624a424521ea:

“Por um lado, Relatos de um Gato Viajante emociona ao falar de amizade, de perdas, do desespero que acompanha toda separação, e do sentimento mais puro, recíproco e verdadeiro que muitos podem ter: o amor dedicado ao animal de estimação criado como um membro da família. Por outro lado, a autora, em um golpe de mestre, dá a entonação que mais equivale a um felino que se preze e mostra como eles são criaturas mais espertas do que nós. Nana é responsável pelo final mais leve possível, tão lúcido como poucos humanos conseguem ao confrontar o inevitável, e sua fala fica gravada na mente: “Isso não é triste, de jeito nenhum. Vamos partir para a próxima jornada, relembrando todas as memórias que colhemos na nossa viagem. Pensando em quem partiu antes de nós e em quem virá depois”. Assim é a vida. Só falta a gente aprender a aceitá-la com tanto pragmatismo e serenidade quanto o gato de Hiro Arikawa”.

 

Se eu tivesse que dar uma nota seria 1000 de 10, pois é um livro sensacional... indico de olhos fechados para todos, leiam, leiam e leiam, todos precisam ler um livro tão fofo e com uma mensagem de amizade tão linda assim!

Mas e ai, vocês já leram? Conhecem a história? Vamos conversar?

Bjo bjo

sexta-feira, 25 de julho de 2025

Matéria Escura

 Hello People, cá estou eu novamente... tentando correr atrás do tempo perdido... muitos livros lidos e poucos textos escritos hehe, então, bora tentar colocar os textos em ordem.

O livro da vez é Matéria Escura, de Blake Crouch, este foi o livro do mês de abril no clube do livro, livro de ficção científica. E confesso que foi um livro difícil de ler e que não recomendo, mas valeu a experiência e a tentativa. Creio que leria, ou melhor, lerei outros do tema, para ver se realmente não gosto do gênero ou se só este mesmo é que foi uma experiência infeliz.


Mas vamos aos fatos... Ele foi lançado em 2017, pela editora Intrínseca, e tem 352 páginas que para mim, foram sofríveis, hehe, mas como a proposta do Clube é se reinventar, se provocar, se desafiar a coisas novas, vamos lá, vamos ler um livro de ficção científica, mesmo não sendo o gênero do gosto da pessoa.

E este livro conta a história de Jason Dessen, e tem seu foco no multiverso, em vidas/realidades alternativas.

Quando resolve aceitar o convite de um amigo para comemorar uma conquista, ele não imagina que ao se despedir da esposa e do filho, esse será um adeus “definitivo”, pois pouco tempo depois ele é raptado e se vê em outra realidade. Porém, demora para se dar conta de que na realidade viajou no tempo e começa a viajar entre mundos para tentar voltar para o seu filho e esposa. Cada porta que ele entra, é uma nova realidade, uma nova “vida”, onde a esposa não existe, ou ainda, onde eles não se conheceram, ou não se tornaram namorados e depois casados, ou ela morre.... são realidades alternativas, todas acontecendo ao mesmo tempo e que “convivem” em total harmonia, ops, na realidade não, não é bem em harmonia.... ou é realidade? O que é a realidade, o que é sonho, qual é a vida “verdadeira” de Jason?

Ele luta o livro todo atrás de voltar à sua realidade.... e as meninas do grupo disseram que tem uma série sobre o livro e que a tal série é boa, mas confesso que não me interessei hehe e como podem perceber pelo meu texto, esse livro eu não recomendo.

 

Mas me contem, já leram? Gostaram? Vamos conversar?

Bjo bjo

segunda-feira, 21 de julho de 2025

Nunca Minta

Oi Pessoal, olha eu aqui novamente, sumida de todo, mas a vida está uma loucura.

O mês de junho foi uma correria danada, no trabalho, viagem para um Congresso em São Paulo que foi de grande crescimento profissional, foram 3 dias imersos em treinamento e desenvolvimento e em tudo de mais tecnológico e avançado para a área que temos no momento.... além de, nos horários vagos, a oportunidade de conhecer até um restaurante estrelado (o primeiro da vida – gratidão Sandrinha), mas isso deixamos para um próximo post.

Além disso, no início de julho, estive em férias, junto com a minha baixinha  e o amado esposo, e fizemos uma viagem memorável até o interior de São Paulo, onde tive a oportunidade de conhecer diversas cidades e meu querido sogro que, em quase 8 anos de casados, ainda não conhecia, mas isso também é conversa para um post especial, muito especial por sinal.

Mas bora lá para o foco deste texto que é o livro Nunca Minta, acho que o melhor de todos os da Freida que li até agora. Aquele livro que você quer ler logo pra saber o que vai acontecer, que você lê, pensa que sabe o que vai acontecer e se surpreende absurdamente, pois está redondamente enganada sem suas “falsas suposições”. Adooooro!



Ele foi lançado em 2025, pela editora Record, e com 280 páginas nos leva a vários “eita”, e “socorro”, e  “e agora?”...  Ele conta a história de Tricia e Ethan, um casal super fofo (será?), recém casados e em busca do seu lar perfeito. Porém,  parece que o lar perfeito é uma mansão, super isolada e que pertenceu a uma renomada psiquiatra que desapareceu misteriosamente há alguns anos atrás, Dra. Adrienne Hale.

Por conta de uma nevasca, o casal se vê preso na casa, sem a corretora para poder atende-los, e sem conseguir voltar para a cidade, resolvem passar a noite por lá mesmo. Assim, Tricia, ao “explorar” a casa, encontra fitas cassete das consultas que Dra Adrienne tinha com seus pacientes e, para passar o tempo, resolve ouvi-las e assim, começa a vislumbrar fatos que podem esclarecer o que aconteceu com a doutora...

O texto se passa em capítulos alternados no presente e no passado, revelando informações que nos mostram as relações entre os personagens e os fatos que constroem um quebra-cabeças sobre os reais acontecimentos daquela casa e sua antiga proprietária.  

O título cabe muito bem no destrinchar da história visto todos os segredos que vão sendo desvendados no desenrolar da história e por aqui paro, pois senão o risco de falar demais é GRAAAAANDE!

Mas e ai, já leram esse livro? O que acharam? Vamos conversar?

Bjo bjo

segunda-feira, 9 de junho de 2025

A Professora

 Oi Meu Povo, tudo bem?

Estou bem sumida daqui, sem postar desde abril, mas acreditem, a leitura está bem em dia, só a falta de tempo de escrever sobre os livros lidos mesmo. Deste a livro da CoHo, já foram, 5 livros lidos e mais um quase finalizado. =D que lindo, obrigada cunha por me incluir no clube literário!

Então, depois da série da Empregada, da nossa queridinha Freida McFadden, resolvi alçar voo por outros títulos da autora, para ver se ela mantém o mesmo padrão hehe... e cá estamos nós aqui para falar sobre “A Professora”, livro de 2024.


Cabe dizer que todos os livros discorrem para um suspense psicológico e que por muitos momentos, depois que você lê a série da Empregada, algumas coisas acabam ficando meio óbvias, ou, sugestivas.

Dito isso, vamos ao livro: temos como personagens principais desta história, Eve, a nossa professora; Addie, aluna da escola em que ela dá aulas; e Nate, marido de Eve e também professor da mesma escola.

 

Sinopse:

Todos dizem que Eve tem uma vida boa. Ela tem um emprego estável, uma bela casa, um marido lindo... Tudo parece perfeito, como deveria ser. Mas nem tudo é como Eve gostaria que fosse.

No ano anterior, um escândalo abalou o colégio onde ela leciona matemática. Segundo boatos, um professor, seu antigo mestre e amigo, teve um caso com uma aluna do ensino médio, Addie, e, por causa da polêmica, ele acabou pedindo demissão. Nada ficou devidamente esclarecido, e Eve suspeita que, por trás dessa história toda, exista algo bem mais sombrio.

Addie não é confiável. Ela mente, magoa as pessoas e destrói a vida dos outros. Pelo menos é o que dizem.

A questão é que ninguém conhece a verdadeira Addie. A adolescente guarda segredos que podem arruinar sua própria vida. Por isso, fará de tudo para que ninguém os descubra.

 

Começamos com o “hoje”, uma cena de crime, onde não ficam claros os personagens envolvidos, quem matou, quem morreu, quem quer incriminar quem, e então, o livro volta três meses e começa a contar os fatos até chegar naquele momento do início.

Estes fatos são narrados em sua maioria por Eve e Addie, porém, em dado momento, Nate também se torna o narrador da história.

Mas voltemos aos personagens: Eve – professora de matemática no ensino médio, casada com Nate, também professor da escola, porém, de língua inglesa. Nate e Eve tem quase 10 anos de diferença de idade, são casados a bastante tempo e ainda não tem filhos.

Addie – aluna do ensino médio, com 16 anos e sem um pingo de popularidade devido a um escândalo em que se envolveu no ano anterior, que levou à demissão de um professor muito querido por todos, vive se escondendo pelos cantos e se pudesse, nem iria para a escola.  

Nate – o típico professor sedutor, aquele professor galã que ama dar aulas, fala com paixão e tem brilho nos olhos, lindo, encanta todas as alunas, que suspiram quando ele passa. Mas ele é um homem sério, não dá moral pra meninada e se atém a dar suas aulas e orientar os alunos no jornal da escola.

Agora vamos aos fatos, a confusão em que Addie se meteu no ano anterior rendeu a demissão do antigo professor de matemática pois todos acharam que eles tiveram um caso, isso pois o professor a estava ajudando, por ser muito ruim na matéria. Até hoje ela nega que isso aconteceu. Eve não gosta da menina pois tinha um grande apreço pelo referido professor, que a acolheu quando chegou na escola. Quando este escândalo aconteceu, o único amigo de Addie, Hudson, acabou se afastando dela, e se aproximando da garota mais popular da escola, Kenzie, deixando Addie arrasada.

Eve é uma excelente professora, ama o que faz, porém, não é muito querida pelos alunos, pois é severa, conhecida por cobrar demais e dar lição para casa TODOS OS DIAS. Já seu lindo marido é o queridinho dos alunos, dispensando charme por onde passa, todos adoram sua aula e sua companhia. O relacionamento deles já viveu dias melhores, e a poesia que no início era o combustível da relação, se tornou a obsessão de Nate e o martírio de Eve fazendo com que ela desconte suas frustrações matrimoniais em uma compulsão por sapatos, sapatos caríssimos, diga-se de passagem. Ela os tem escondidos em malas de viagem, no porta malas do carro (e cá entre nós, acho que até no armário da escola hehe). E esta compulsão por sapatos lhe trás um amante de lambuja, o vendedor dos sapatos.

Na escola, por ser excluída pelos colegas e até pelos próprios professores, Addie se vê isolada, porém, ao conhecer o professor Nate, vislumbra uma esperança, pois em suas aulas, ela tem se destacado e ele lhe dá atenção, diz que seus textos são bons, conversa olhando em seus olhos, acredita que ela tem potencial. E ao perceber que ele lhe dá essa atenção, Eve alerta que a menina é problema, que ele deve manter distância, mas ele diz que não existem provas de que ela foi realmente culpada de algo no passado e que considera-a uma boa menina.

E assim discorre a história, e com toda essa atenção que Nate dá para Addie, o inevitável acontece... ela se apaixona por seu tão querido professor e é ai que a situação se complica e chega lá naquela primeira cena do livro, mas paramos de escrever por aqui, visto que daqui pra frente, os spoilers seriam “severos” e muito descarados hehe. Será que o professor também se apaixona por sua aluna? Se sim, será que Eve descobre tudo? O amante de Eve,  Hudson e Kenzie, tem parte nessa história? Quem são os personagens envolvidos na cena descrita no início do livro?

... daqui pra frente ainda tem muita água pra rolar e é bom, muito bom, e flui que é uma beleza e vale muito a leitura, apesar de que, como falei lá no começo, depois da leitura da série da empregada, algumas coisas acabam ficando meio obvias, porém, mesmo assim existem alguns plot twists inesperados que são bem interessantes. Freida sempre vale a leitura.

Mas e ai, já leram este livro, o que acharam, vamos conversar?

Bjo bjo!

terça-feira, 15 de abril de 2025

Todas as Suas (Im)Perfeições

 E cá estamos nós para falar sobre o livro do mês de Março das Gurias Literárias. Falando em Gurias Literárias, sigam lá no insta: https://www.instagram.com/gurias_literarias/ =D

Bom, o gênero do mês era o drama e dentre os livros sugeridos, o sorteado foi Todas as suas (Im)Perfeições de Colleen Hoover, publicado pela Galera Record em 2019.



Neste livro, CoHo nos leva a conhecer as histórias de Quinn e Graham, que se conhecem no pior dia de suas vidas. Com Quinn chegando mais cedo de uma viagem para fazer uma surpresa ao noivo e sendo ela a surpreendida e  Graham, que testemunha a traição de sua namorada, com quem pretendia se casar.

Neste momento eles se apoiam e depois cada um segue a sua vida... tentando superar a dor de suas perdas, eles buscam conforto em encontros vazios que não levam à nada, até que se reencontram em um restaurante, por acaso. E daquele dia em diante, não se largam mais. Se considerando almas gêmeas, eles casam e levam uma vida muito feliz até que a decisão de ter filhos os leva a constantes frustrações, toda vez que descobrem que não foi daquela vez e que “fazer amor” deixou de ser um ato de amor para ser um ato mecânico buscando a reprodução. Por isso, o relacionamento deles se torna frio, distante, com silêncios e desconfianças, porém, para os outros, eles permanecem como sendo aquele casal perfeito... pois em frente aos outros, eles não tem medo da sombra do filho que não conseguem ter e se soltam, se abraçam, beijam e fazem carinhos .... se sentem vivos novamente, mas sós, cada um se fecha no seu mundinho.

Mas os momentos sós são a maioria e eles chegam nos seus limites e é um ato realizado lá no início do seu casamento que pode salvá-los, ou não.

Ufa, e por aqui eu paro.... mas me contem, já leram esse livro? Gostaram? Vamos conversar?

Bjo bjo


sábado, 29 de março de 2025

Tudo é Rio

Finalizado este livro, a primeira palavra que me vêm em mente é CHOCADA! Na verdade, desde o começo da leitura a palavra choque pode ser descrita como algo que senti.

Avassalador também pode ser uma boa descrição para a história.


Pelo nome, Tudo é Rio, imagina-se que a história fala sobre o curso de um rio, sua importância para alguma cidade, vilarejo ou ainda, para uma pessoa ou família, mas na verdade, não tem nada, nenhuma relação assim.... este livro fala sobre uma história de amor, e também, de muita dor, muita mesmo. A escrita é forte, bruta, com bastante conteúdo sexual inclusive, porém, com um texto muito fluído, exatamente como o curso de um rio, seu fluxo segue inabalável.

 Neste livro temos como personagens principais Lucy, Dalva e Venâncio. A primeira, uma menina que perde os pais muito jovem, é criada por uma tia que não lhe dá o amor que ela gostaria e acaba buscando refúgio usando o próprio corpo. Já Dalva e Venâncio são aquele casal perfeito, aquele do amor verdadeiro, aquele que eles se bastam, mas isso até Dalva ter o primeiro filho do casal, um menino que tomou toda a sua atenção (como acontece com qualquer mãe no mundo)

Em dado momento do livro a vida destas três pessoas se cruza e em meio ao amor e à tragedia Carla Madeira nos leva a uma reflexão sobre os limites para o amor, a obsessão, a pose, o ciúmes. O amor de Dalva e Venâncio vira ódio, ressentimento, vergonha, desespero;  o amor de Lucy vira desejo, obsessão,  luta. Cada um com suas feridas que a vida lhes trouxe, juntos criam novas feridas que parece não terem uma cura, um fim.... e o fim, meus amigos, o fim deste livro é surpreendentemente inimaginável. O amor vence no final, mas qual deles, afinal de contas?

Para saber, só lendo... e se você já leu, venha conversar comigo hehe... este livro rendeu um encontro extra das nossas Gurias Literárias, o “Tá na Boca das Gurias”, pois apesar de não ser a leitura do mês, rendeu muitas conversas e debates.

Então é isso, não vou escrever mais nada, pois é um pecado fazer spoiler deste livro... todos, em algum momento da vida, deveriam ler esta história arrebatadora.

Então é isso, vamos conversar?

Bjo bjo

sexta-feira, 7 de março de 2025

Como Ter uma Vida Normal Sendo Louca

 


Oi Pessoal, tudo bem com vocês?

E após terminar a leitura de fevereiro do Clube do Livro, resolvi embarcar em um livro que comentaram no grupo, um livro que me chamou muito a atenção pelo nome, pois me pareceu divertido... Como ter uma Vida Normal Sendo Louca, das autoras Camila Fremder e Jana Rosa.... e como dizem, de médico e de louco todo mundo tem um pouco, então, bora ler. Me pareceu uma leitura leve e divertida até o próximo livro do Clube. Mas confesso pra vocês que achei o livro meio bobo, muito sem sentido... pensei em largar, mas eu sou daquelas que não larga livro, então, prossegui.

A verdade é que o livro se trata de uma sátira aos livros de autoajuda tradicionais e se você levar dessa forma, fica mais fácil mesmo.

Ele é voltado para o público feminino, como o próprio título deixa claro, e aborda diversas situações em infinitas áreas da vida.... é dividido em 5 partes: Respeito, Sucesso e Superação; Amor e Relacionamentos; Saúde e Bem-Estar; Vida Profissional e Finanças; e Influenciando Pessoas.

E sabe que lá do meio pra frente do livro algumas coisas começaram a fazer sentido? Outras situações continuaram não fazendo sentido pra mim, mas tudo bem... e também, como se trata de uma sátira, nem todas as “dicas” podem ou devem ser seguidas... pra se distrair, até que vale a leitura.

É isso... e vocês já conheciam esse título? Vamos conversar?

 

Bjo bjo

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025

Não Era pra ser uma História de Amor

Bom dia, boa tarde, boa noite, tudo bem com vocês?

E cá estamos nós para falar sobre o segundo livro do ano do Grupo Literário... o livro de fevereiro: Não Era Pra Ser Uma História de Amor: dois romances separados por décadas. Uma chance para provar que o amor vale a pena, de Sarah Adler.



Este é um daqueles romances que quando você começa a ler, já percebe que vai ser daquele jeito: qualquer oportunidade é oportunidade para ler, pois você quer muito saber o que vai acontecer.

Nossa protagonista se chama Millicent Watts-Cohn e ela é uma “ex-atriz mirim” que volta e meia é abordada por alguém e precisa dar aquele sorriso “simpático” e aceitar tirar fotos. Mas na realidade ela não liga muito pra isso e até lida bem com a situação. Por causa dessa exposição quando era muito jovem, hoje ela evita os holofotes, inclusive, não tem nem redes sociais para não ficar “chamando atenção”.

Após o término de um namoro que já não estava dando certo a algum tempo, só faltava ela perceber, ela se vê morando na casa de uma amiga, a Sra. Nash, uma mulher de 98 anos que compartilha a vida com essa jovem contando suas histórias do passado e dando muitos conselhos para a jovem.

Seus dias eram de muita conversa, muita interação e aprendizados para Millie, porém, a idade pesa e nossa protagonista perde a amiga tão querida.

Em suas muitas conversas com Millie, a Sra Nash lhe conta sobre o seu grande e verdadeiro amor, que é a história paralela que o livro discorre. Em cada capítulo, ao final, um pouco da história da Sra Nash e seu grande amor é contada. Resumidamente, a história dessa bela senhora se passa na época da Segunda Guerra Mundial, quando ela se apaixona por outra mulher, o que é veladamente tolerado onde estão, porém, não seria aceito quando voltassem para suas vidas pós guerra e assim, ao final da guerra, Rose Mcintyre volta pra casa e se casa com o seu pretendente e Elsie toca a sua vida como médica, que era o seu sonho.

Mas sem maiores delongas, vamos contar a missão de Millie neste livro.... após sua querida amiga, a Sra Nash falecer, ela resolve “juntá-la” com seu grande amor.... e para isso ela pega 3 colheres das cinzas da amiga, coloca numa caixinha, dentro da sua mochila e parte para sua maior aventura, encontrar essa pessoa. O que ela não imagina, é que até ela conseguir alcançar o seu objetivo, ela terá que passar por muitas “provações”.


 

No aeroporto, ocorre uma pane no sistema aéreo e todos os voos são cancelados. Em busca de um carro de aluguel, como todos os outros que tiveram seus voos cancelados, Millie só consegue negociar uma carona com um senhor que quer voltar para casa, para sua família. Só que um pouco antes disso tudo acontecer, ela reencontra Hollis, um amigo do seu ex e ele a salva de um fã bem abusado. E quando ela já está quase entrando no carro com aquele jovem senhor, Hollis aparece na locadora de carros e oferece uma carona para ela, já que agora terá que ir de carro até Miami, seu destino final.

Hollis não é a melhor companhia para uma viagem longa de carro, pois tem um humor ácido, é sarcástico e “egoísta”. E assim eles iniciam essa viagem que mudará pra sempre suas vidas... meio clichê né? Sim, o livro é repleto de clichês, mas é muito fofinho e a devoção de Millie por essa missão de juntar aquelas duas mulheres, e de ver apenas o melhor das pessoas,  passa a encantar Hollis, que não acredita no amor verdadeiro, no amor para sempre.

E acho que paro por aqui, pois corro o risco de tirar o charme do livro contando alguma coisa que não devo.

E pra finalizar só mais um trechinho do livro, já lá nos créditos:

p. 282 “(...) não demorei muito para perceber que este livro não é sobre ir de um lugar a outro por um caminho fixo, algo que os trens fazem muito bem. Ele é sobre como as nossas jornadas com frequência são arrancadas dos trilhos. Por voos cancelados, derramamentos de azeite e cervos com impulsos suicidas, sim; mas também por outras coisas que tendem a surgir do nada e nos obrigam a recalcular as nossas rotas: amor, morte, luxúria, medo, luto. E também é sobre como às vezes os resultados dos nossos desvios podem levar a algum lugar ainda melhor do que pretendíamos originalmente”.

Mas e ai, já leram este livro? Recomendam? Vamos conversar?

 

Bjo bjo