Este foi um dos livros mais prazerosos do ano (leitura lá de abril/maio).... uma leitura deliciosa, fluída, leve, daquelas que superaquece o coração... gatos são um dos meus pontos fracos, amo de paixão e se dependesse só de mim, teria vários hehe.
Relatos de um Gato Viajante, de
Hiro Arikawa, foi indicação de uma das meninas do clube literário, uma grata
indicação. Ele é um livro da Editora Alfaguara, de 2017, tem 256 páginas e
conta a história de Satoru e seu amado gato Nana.
Sinopse:
O gato Nana está viajando
pelo Japão. Ele não sabe muito bem para onde está indo ou por que, mas ele está
sentado no banco da van prata de Satoru, seu dono. Lado a lado, eles cruzam o
país para visitar velhos amigos. O fazendeiro durão que acredita que gatos só
servem para caçar ratos, o simpático casal dono de uma pousada que aceita
animais, e o marido abandonado pela esposa que ama animais. Mas qual é o motivo
dessa viagem? E por que todos estão tão interessados em Nana e Satoru? Ninguém
sabe muito bem o que está acontecendo e Satoru não diz nada, mas quando Nana
descobrir o motivo da viagem, seu pequeno coração passará por uma das mais
difíceis provas de suas sete vidas. Narrado em vozes alternadas, esse romance
emocionante e divertido nos mostra um jovem de grande coração e um
narrador-gato muito esperto, numa amizade que desafia as fronteiras de um país
e da própria vida.
Satoru teve uma infância com
altos e baixos, teve um gato que amava muito, mas como perdeu os pais e foi
criado pela tia que precisava ficar mudando de cidade por conta do trabalho,
teve que deixar seu amado bichano com um tio distante... essas constantes
mudanças fizeram com que o jovem Satoru tivesse que mudar de escola com uma
frequência que deixaria qualquer criança aborrecida, mas ele não era assim, em
todo local que chegava, acabava se afeiçoando às pessoas e já criando amizades
com facilidade. Já na vida adulta, resolveu visitar os amigos queridos que fez
nessa fase da vida.
Uma coisa que nunca mudou foi seu
afeto pelos bichanos. Onde morava, sempre deixava alimentos para um felino que
gostava de descansar em sua van.
Certa vez, percebeu que o gato
estava machucado e depois de um tempo na tentativa de se aproximar, conseguiu
pegá-lo e levá-lo para casa, para cuidar do pequeno animal. Fizeram um
combinado, quando o gato estivesse bem, poderia voltar para a rua, se assim o
quisesse. Com a convivência do dia a dia, já que a recuperação do bichano foi
demorada, resolveu dar um nome ao novo amigo: Nana. Escolheu esse nome, pois o
rabo do gato era “dobrado” em forma de “sete”, que é nana em japonês. )E ali
nascia uma bela e verdadeira amizade.
E quando Nana estava bem, 100%
recuperado, pronto para voltar às ruas, não quis.... ou melhor, quis ir à rua,
deu uma voltinha, mas quis voltar para a casa do amigo e neste momento ambos
tiveram certeza de que aquela era uma amizade para a vida toda.
Um belo dia, a rotina ficou
diferente... Satoru que sempre saia para trabalhar, anunciou que eles iriam
fazer uma viagem e assim, começou uma grande aventura dos dois amigos,
visitando amigos da época de escola de Satoru.
A viagem é narrada em parte por
Nana, que tem ótimas tiradas e um humor muito particular... e assim vamos
conhecendo um pouco mais sobre a vida de Satoru desde a sua infância até a vida
adulta e entendendo o que está acontecendo e o motivo dessa viagem, o por que de
sua busca por um novo lar para o seu amado Nana depois de 5 anos vividos juntos
com tanto amor e cumplicidade.
Parte da história é narrada por
Satoru também e além deles, os amigos da infância e juventude de Satoru também
dão voz à história, relatando por seus olhos, como foi sua relação com o amigo,
como era seu amor pelos bichanos e se seriam ou não bons anfitriões para
Nana... sempre com Nana dando um jeito de mostrar que ninguém chega aos pés do
seu amado companheiro.
E aqui, tomo para mim, porém sem
deixar de referenciar, as palavras de Igor Zahir, do site https://medium.com/revista-bravo/sobre-o-amor-verdadeiro-624a424521ea:
“Por um lado, Relatos
de um Gato Viajante emociona ao falar de amizade, de perdas, do desespero
que acompanha toda separação, e do sentimento mais puro, recíproco e verdadeiro
que muitos podem ter: o amor dedicado ao animal de estimação criado como um
membro da família. Por outro lado, a autora, em um golpe de mestre, dá a
entonação que mais equivale a um felino que se preze e mostra como eles são
criaturas mais espertas do que nós. Nana é responsável pelo final mais leve
possível, tão lúcido como poucos humanos conseguem ao confrontar o inevitável,
e sua fala fica gravada na mente: “Isso não é triste, de jeito nenhum. Vamos
partir para a próxima jornada, relembrando todas as memórias que colhemos na
nossa viagem. Pensando em quem partiu antes de nós e em quem virá depois”.
Assim é a vida. Só falta a gente aprender a aceitá-la com tanto pragmatismo e
serenidade quanto o gato de Hiro Arikawa”.
Se eu tivesse que dar uma nota
seria 1000 de 10, pois é um livro sensacional... indico de olhos fechados para
todos, leiam, leiam e leiam, todos precisam ler um livro tão fofo e com uma
mensagem de amizade tão linda assim!
Mas e ai, vocês já leram?
Conhecem a história? Vamos conversar?
Bjo bjo
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