segunda-feira, 3 de fevereiro de 2025

A Coragem de Ser Imperfeito

Oi Pessoal, tudo bem com vocês?

Eu estou aqui para escrever sobre um livro de auto ajuda.... um livro que está a muitos e muitos anos na minha lista de livros a serem lidos e depois de, provavelmente, uns 10 anos, li. A primeira edição deste livro de Brené Brown é de 2012 e nunca foi tão atual.... Ele aborda a vulnerabilidade e a vergonha... e nos mostra de forma muito clara como trabalhar a vulnerabilidade, aceitar que ela é importante em nossas vidas e como fazer uso dela de forma a ter uma vida mais plena. Em nenhum momento Brené nos diz que é fácil, mas nos mostra o caminho e como fazê-lo. Aborda estes temas voltados para nossa vida pessoal, nossa vida profissional e também, nossa vida enquanto pais, em como tratar estes assuntos com nossos filhos para torna-los seres plenos.





A sinopse nos diz:

Como aceitar a própria vulnerabilidade, vencer a vergonha e ousar ser quem você é.

Brené Brown ousou tocar em assuntos que costumam ser evitados por causarem grande desconforto. Sua palestra a respeito de vulnerabilidade, medo, vergonha e imperfeição já teve mais de 25 milhões de visualizações.

Viver é experimentar incertezas, riscos e se expor emocionalmente. Mas isso não precisa ser ruim. Como mostra Brené Brown, a vulnerabilidade não é uma medida de fraqueza, mas a melhor definição de coragem.

Quando fugimos de emoções como medo, mágoa e decepção, também nos fechamos para o amor, a aceitação e a criatividade. Por isso, as pessoas que se defendem a todo custo do erro e do fracasso acabam se frustrando e se distanciando das experiências marcantes que dão significado à vida.

Por outro lado, as que se expõem e se abrem para coisas novas são mais autênticas e realizadas, ainda que se tornem alvo de críticas e de inveja. É preciso lidar com os dois lados da moeda para se ter uma vida plena. Em sua pesquisa pioneira sobre vulnerabilidade, Brené Brown concluiu que fazemos uso de um verdadeiro arsenal contra a vergonha de nos expor e a sensação de não sermos bons o bastante, e que existem estratégias eficazes para serem usadas nesse “desarmamento”.

Neste livro, ela apresenta suas descobertas e estratégias bem-sucedidas, toca em feridas delicadas e provoca grandes insights, desafiando-nos a mudar a maneira como vivemos e nos relacionamos.

 

 

Quando me deparei com este arquivo aberto, vazio, pronto para contar a “história” desse livro me deparei com muitas dificuldades, primeiro por não se tratar de uma história e sim da apresentação de um estudo realizado pela autora. Foram muitos e muitos anos de pesquisa compilados nas suas 208 páginas. E como escrever sobre isso?

Foram muitas e muitas páginas fotografadas para deixar registradas informações que considerei importantes.  Vou descrevê-las abaixo para que absorvam algumas das ricas informações compartilhadas por Brené em suas páginas. Este é um livro que deveria ser lido por todos, um livro que deveria fazer parte da leitura obrigatória escolar do ensino médio, quando já se pode ler e compreender as coisas de forma mais ampla.

E agora alguns recortes de textos considerados interessantes por mim:

 

p. 11 A maior certeza que eu trouxe da minha formação em serviço social é esta: estamos aqui para criar vínculos com as pessoas. Formos concebidos para nos conectar uns com os outros. Esse contato é o que dá propósito e sentido à nossa vida, e, sem ele, sofremos.

p. 12 os 10 sinais de uma vida abundante, que indicam o que uma pessoa plena se esforça para cultivar e do que ela luta para se libertar:

1) cultiva a autenticidade; se liberta do que os outros pensam.

2) cultiva a autocompaixão; se liberta do perfeccionismo

3) cultiva um espírito flexível; se liberta da monotonia e da impotência.

4) cultiva gratidão e alegria; se liberta do sentimento de escassez e do medo do desconhecido.

5) cultiva intuição e fé; se liberta da necessidade de certezas.

6) cultiva a criatividade; se liberta da comparação

7) cultiva o lazer e o descanso; se liberta da exaustão como símbolo de status e da produtividade como fator de autoestima.

8) cultiva a calma e a tranquilidade; se liberta da ansiedade como estilo de vida.

9) cultiva tarefas relevantes; se liberta de dúvidas e suposições.

10) cultiva risadas, música e dança; se liberta da indiferença e de “estar sempre no controle”.

p.12 Viver plenamente quer dizer abraçar a vida da partir de um sentimento de amor-próprio. Isso significa cultivar coragem, compaixão e vínculos suficientes para acordar de manhã e pensar: “Não importa o que eu fizer hoje ou o que eu deixar de fazer, eu tenho meu valor.“ E ir para a cama à noite e dizer: “Sim, eu sou imperfeito, vulnerável e às vezes tenho medo, mas isso não muda a verdade de que também sou corajoso e merecedor de amor e aceitação”.

p.17 o que nós sabemos tem importância, mas quem nós somos importa muito mais. Ser, em vez de saber, exige atitude e disposição para se deixar ser visto. Isso requer viver com ousadia, estar vulnerável.

p.24 Somos convocados a viver com ousadia cada vez que fazemos escolhas que desafiam o ambiente social de escassez.

O oposto de viver em escassez não é cultivar o excesso. Na verdade, excesso e escassez são dois lados da mesma moeda. O oposto da escassez é o suficiente, ou o que chamo de plenitude. Em sua essência, é a vulnerabilidade: enfrentar a incerteza, a exposição e os riscos emocionais, sabendo que eu sou o bastante.

p.40 Nada transformou mais a minha vida do que descobrir que é uma perda de tempo medir meu valor pelo peso da reação das pessoas nas arquibancadas. Quem me ama estará ao meu lado, independente dos resultados que eu possa alcançar.

Nós não podemos aprender a ser mais vulneráveis e corajosos por conta própria. Muitas vezes nossa primeira e maior ousadia é pedir ajuda.

p.46 Costumo começar todas as palestras e todos os textos sobre vergonha com as três primeiras coisas que as pessoas precisam saber sobre o assunto:

1) todos nós a sentimos. A vergonha é universal e constitui um dos sentimentos humanos mais primitivos. As pessoas que não experimentam esse sentimento são carentes de empatia e não sabem se relacionar.

2) Todos nós temos medo de falar sobre a vergonha.

3) Quanto menos nós falarmos sobre a vergonha, mais controle ela terá sobre nossas vidas.

Há algumas maneiras bastante eficazes de refletir sobre a vergonha. Em primeiro lugar, pode-se dizer que se trata do medo da falta de conexão, de perder um vínculo com alguém. Somos psicológica, emocional, cognitiva e espiritualmente criados para o amor, para os relacionamentos e para a aceitação. A conexão, o vínculo, é a razão de estarmos aqui e é o que dá significado e sentido à nossa vida. Sentir vergonha é ter medo de romper algum vínculo – medo de que algo que fizemos ou deixamos de fazer, de que um ideal que não conseguimos alcançar ou de que uma meta que deixamos de cumprir nos torne indignos.

p.136  Se desejamos formar pessoas plenas, então, acima de tudo, devemos lutar para criar filhos que:

- se relacionem com o mundo como pessoas que se valorizam;

- acolham suas vulnerabilidades e imperfeições;

- tenham profundo amor e compaixão por si mesmos e pelos outros;

- valorizem o trabalho, a perseverança e o respeito;

- carreguem um sentimento de autenticidade e aceitação dentro de si, em vez de procurar isso do lado de fora;

- tenham a coragem de ser imperfeitos, vulneráveis e criativos;

- não tenham medo de passar vergonha ou sofrer rejeição se forem diferentes ou se estiverem em dificuldades;

- saibam viver nesse mundo de mudanças rápidas com coragem e flexibilidade.

Para os pais, isso significa sermos convocados a:

- reconhecer que não podemos dar aos filhos o que não temos e que, portanto, devemos deixa-los participar de nossa jornada para crescer, mudar e aprender;

- identificar nossas armaduras e ensinar nossos filhos a não vesti-las, serem pessoas vulneráveis, se mostrarem e se deixarem ser vistos e conhecidos;

- respeitar nossos filhos ao continuar nossa caminhada em direção à vida plena;

- educar na perspectiva da abundância em vez de na perspectiva da escassez;

- diminuir a lacuna de valores e praticar as virtudes que queremos ensinar;

- viver com ousadia, procurando avançar um pouco mais a cada dia.

Em outras palavras, se quisermos que nossos filhos amem e se aceitem como são, nossa tarefa é amar e nos aceitar como nós somos. Não podemos nos entregar ao medo, à vergonha, à culpa e ao julgamento em nossa própria vida se quisermos criar filhos corajosos.

p. 139 Deixe que o rosto expresse o que está em seu coração.

Penso sobre esse conselho todos os dias – ele se tornou uma prática de vida. Faço questão de que meu rosto expresse quanto estou feliz em vê-la, em poder estar com ela.  Achamos muitas vezes que ganhamos pontos na educação dos filhos ao sermos críticos, exigentes e impacientes. Esses primeiros olhares podem ser pré-requisitos ou construtores de autovalorização – a escolha é sua.

Além de manter vigilância contra os pré-requisitos e o perfeccionismo, podemos ajudar nossos filhos a desenvolverem seu senso de dignidade e autovalorização de outra maneira, o que nos remonta ao que aprendemos sobre as diferenças entre vergonha e culpa.

p. 141 (...) as experiências de vergonha na infância afetam nossa autoestima e mudam quem somos e a maneira como nos enxergamos.

Podemos nos esforçar para não usar a vergonha como instrumento de educação, mas nossos filhos ainda assim vão se deparar com ela no mundo exterior. A boa notícia é que quando os filhos entendem a diferença entre vergonha e culta e descobrem que estamos interessados e abertos para conversar sobre essas experiências, eles ficam muito mais propensos a dividir conosco as dificuldades por que possam estar passando com professores, treinadores, babás, avós e outros adultos que tenham influência em suas vidas. Isso é de importância crucial porque nos dá a oportunidade de visualizar a vergonha como se fosse uma fotografia.

Costumo usar um álbum de fotografias como metáfora para falar do impacto que a vergonha tem sobre as crianças. Como pais, uma vez que aprendermos sobre a vergonha, descobriremos que, sim, nós envergonhamos nossos filhos. Isso acontece. Até mesmo com pesquisadores. Por conta da gravidade das consequências da vergonha, também começaremos a nos preocupar que os episódios de vergonha que acontecem fora do ambiente doméstico possam moldar a personalidade de nossos filhos.

p. 143 (...) normalizar é uma das ferramentas mais poderosas de combate à vergonha que podemos oferecer aos filhos. (...) normalizar significa ajudar nossos filhos a saber que eles não estão sozinhos e que nós já vivenciamos muitas das mesmas dificuldades por que estão passando. Isso vela para ocasiões sociais, mudanças no corpo, situações de vergonha, sentimentos de rejeição e a vontade de ser corajoso apesar do medo. Algo sagrado acontece quando olhamos para nossos filhos e dizemos “Eu também!” ou quando contamos uma história pessoal que tem algo em comum com o desafio que eles estão enfrentando.

p. 148 (...) Todo mundo quer ter importância e ser aceito.

(...) Podemos não ter sempre uma sensação de aceitação no pátio do recreio ou no cartaz de uma conferência grande e elegante, mas, naquele momento, Ellen e eu sabíamos que éramos aceitas onde isso mais importava – em casa.

Ser uma mãe ou um pai perfeito não é a meta. Na verdade, os melhores presentes – os melhores instantes de ensinamento – acontecem naqueles momentos imperfeitos em que permitimos que os filhos nos ajudem a diminuir a lacuna de valores.

p. 153 Desprezar as comparações em uma sociedade que usa aquisições e conquistas para avaliar valor não é fácil. Uso esse manifesto como um barômetro, uma prece e uma meditação quando estou lidando com a vulnerabilidade ou quando sou assolada por medo de não ser boa o bastante em alguma coisa. Ele me faz recordar a descoberta que mudou e que, provavelmente, salvou a minha vida: Quem somos e como nos relacionamos com o mundo são indicadores muito mais fortes de como nossos filhos se sairão na vida do que tudo que sabemos sobre criação de filhos.

p.153-154 Manifesto pela criação de filhos plenos

Acima de tudo, quero que você saiba que é amado e que tem capacidade de amar.

Você descobrirá isso por meio de minhas palavras e atitudes: as lições sobre o amor estão na maneira como eu o trato e como eu trato a mim mesmo.

 Quero que você se relacione com o mundo a partir de um sentimento de dignidade e de autovalorização.

Você descobrirá que é digno de amor, aceitação e alegria todas as vezes que me vir praticando o amor-próprio e acolhendo minhas próprias imperfeições.

Nós praticaremos a coragem em nossa família ao nos mostrarmos, ao deixarmos que nos vejam e ao valorizarmos a vulnerabilidade. Compartilharemos nossas histórias de fracasso e de vitória. Em nosso lar sempre haverá espaço para ambas.

Nós lhe ensinaremos a compaixão exercendo-a primeiro com nós mesmos, e então uns com os outros. Colocaremos e respeitaremos limites, valorizaremos o esforço, a esperança e a perseverança. Descanso e brincadeiras serão valores de família, assim como práticas de família.

Você aprenderá sobre responsabilidade e respeito ao me ver cometer erros e consertá-los, e ao ver como peço o que preciso e falo sobre como me sinto.

Quero que você conheça a alegria, para que juntos pratiquemos a gratidão.

Quero que você sinta alegria, para que juntos aprendamos a ser vulneráveis.

Quando a incerteza e a escassez baterem à nossa porta, você será capaz de recorrer à ética que permeia nossa vida diária.

Juntos, choraremos e enfrentaremos o medo e a tristeza. Vou desejar livrá-lo de sua dor, mas em vez disso ficarei ao seu lado e lhe ensinarei como senti-la.

Nós vamos rir, cantar, dançar e criar juntos. Sempre teremos permissão para sermos nós mesmos um com o outro. Não importa o que aconteça, você sempre será aceito em nossa casa.

Quando iniciar sua jornada para ser uma pessoa plena, o maior presente que poderei dar a você é amar intensamente e viver com ousadia.

Não irei ensiná-lo, amá-lo nem lhe mostrar as cosias de forma perfeita, mas eu me deixarei ser visto por você e sempre considerarei sagrado o dom de poder vê-lo verdadeira e profundamente.

 

Este livro pode melhorar a vida de todas as pessoas, como citei lá em cima, pois ele mostra como a vulnerabilidade pode nos ajudar a vencer a vergonha em todas as situações de nossas vidas, em várias áreas. Ele mostra que a perfeição não existe de verdade e como devemos nos comportar para chegar à vida plena.  Ou seja, super recomendo a leitura.

Mas e ai, vocês já leram este livro? Gostaram? Acham que ele é realmente válido e pode ser positivo para as pessoas? Vamos conversar?

Bjo bjo

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