Oi Pessoal, tudo bem com vocês?
Eu estou aqui para escrever sobre
um livro de auto ajuda.... um livro que está a muitos e muitos anos na minha
lista de livros a serem lidos e depois de, provavelmente, uns 10 anos, li. A
primeira edição deste livro de Brené Brown é de 2012 e nunca foi tão atual....
Ele aborda a vulnerabilidade e a vergonha... e nos mostra de forma muito clara
como trabalhar a vulnerabilidade, aceitar que ela é importante em nossas vidas
e como fazer uso dela de forma a ter uma vida mais plena. Em nenhum momento
Brené nos diz que é fácil, mas nos mostra o caminho e como fazê-lo. Aborda
estes temas voltados para nossa vida pessoal, nossa vida profissional e também,
nossa vida enquanto pais, em como tratar estes assuntos com nossos filhos para
torna-los seres plenos.
A sinopse nos diz:
Como aceitar a própria vulnerabilidade, vencer a vergonha e
ousar ser quem você é.
Brené Brown ousou tocar em assuntos que costumam ser evitados
por causarem grande desconforto. Sua palestra a respeito de vulnerabilidade,
medo, vergonha e imperfeição já teve mais de 25 milhões de visualizações.
Viver é experimentar
incertezas, riscos e se expor emocionalmente. Mas isso não precisa ser ruim.
Como mostra Brené Brown, a vulnerabilidade não é uma medida de fraqueza, mas a
melhor definição de coragem.
Quando fugimos de
emoções como medo, mágoa e decepção, também nos fechamos para o amor, a
aceitação e a criatividade. Por isso, as pessoas que se defendem a todo custo
do erro e do fracasso acabam se frustrando e se distanciando das experiências
marcantes que dão significado à vida.
Por outro lado, as
que se expõem e se abrem para coisas novas são mais autênticas e realizadas,
ainda que se tornem alvo de críticas e de inveja. É preciso lidar com os dois
lados da moeda para se ter uma vida plena. Em sua pesquisa pioneira sobre
vulnerabilidade, Brené Brown concluiu que fazemos uso de um verdadeiro arsenal
contra a vergonha de nos expor e a sensação de não sermos bons o bastante, e
que existem estratégias eficazes para serem usadas nesse “desarmamento”.
Neste livro, ela
apresenta suas descobertas e estratégias bem-sucedidas, toca em feridas
delicadas e provoca grandes insights, desafiando-nos a mudar a maneira como
vivemos e nos relacionamos.
Quando me deparei com este arquivo
aberto, vazio, pronto para contar a “história” desse livro me deparei com
muitas dificuldades, primeiro por não se tratar de uma história e sim da
apresentação de um estudo realizado pela autora. Foram muitos e muitos anos de
pesquisa compilados nas suas 208 páginas. E como escrever sobre isso?
Foram muitas e muitas páginas
fotografadas para deixar registradas informações que considerei importantes. Vou descrevê-las abaixo para que absorvam
algumas das ricas informações compartilhadas por Brené em suas páginas. Este é
um livro que deveria ser lido por todos, um livro que deveria fazer parte da
leitura obrigatória escolar do ensino médio, quando já se pode ler e
compreender as coisas de forma mais ampla.
E agora alguns recortes de textos
considerados interessantes por mim:
p.
11 A maior certeza que eu trouxe da minha formação em serviço social é esta:
estamos aqui para criar vínculos com as
pessoas. Formos concebidos para nos conectar uns com os outros. Esse
contato é o que dá propósito e sentido à nossa vida, e, sem ele, sofremos.
p.
12 os 10 sinais de uma vida abundante, que indicam o que uma pessoa plena se esforça para cultivar
e do que ela luta para se libertar:
1) cultiva a autenticidade; se
liberta do que os outros pensam.
2) cultiva a autocompaixão; se
liberta do perfeccionismo
3) cultiva um espírito flexível; se
liberta da monotonia e da impotência.
4) cultiva gratidão e alegria; se
liberta do sentimento de escassez e do medo do desconhecido.
5) cultiva intuição e fé; se liberta
da necessidade de certezas.
6) cultiva a criatividade; se
liberta da comparação
7) cultiva o lazer e o descanso; se
liberta da exaustão como símbolo de status e da produtividade como fator de
autoestima.
8) cultiva a calma e a
tranquilidade; se liberta da ansiedade como estilo de vida.
9) cultiva tarefas relevantes; se
liberta de dúvidas e suposições.
10) cultiva risadas, música e dança;
se liberta da indiferença e de “estar sempre no controle”.
p.12 Viver
plenamente quer dizer abraçar a vida da partir de um sentimento de
amor-próprio. Isso significa cultivar coragem, compaixão e vínculos suficientes
para acordar de manhã e pensar: “Não importa o que eu fizer hoje ou o que eu
deixar de fazer, eu tenho meu valor.“ E ir para a cama à noite e dizer: “Sim,
eu sou imperfeito, vulnerável e às vezes tenho medo, mas isso não muda a
verdade de que também sou corajoso e merecedor de amor e aceitação”.
p.17 o que nós sabemos tem importância, mas quem
nós somos importa muito mais. Ser, em vez de saber, exige atitude e
disposição para se deixar ser visto. Isso requer viver com ousadia, estar
vulnerável.
p.24 Somos
convocados a viver com ousadia cada vez que fazemos escolhas que desafiam o
ambiente social de escassez.
O oposto de viver em escassez não é
cultivar o excesso. Na verdade, excesso e escassez são dois lados da mesma
moeda. O oposto da escassez é o suficiente, ou o que chamo de plenitude. Em sua
essência, é a vulnerabilidade: enfrentar a incerteza, a exposição e os riscos
emocionais, sabendo que eu sou o bastante.
p.40 Nada
transformou mais a minha vida do que descobrir que é uma perda de tempo medir
meu valor pelo peso da reação das pessoas nas arquibancadas. Quem me ama estará
ao meu lado, independente dos resultados que eu possa alcançar.
Nós não podemos aprender a ser mais
vulneráveis e corajosos por conta própria. Muitas vezes nossa primeira e maior
ousadia é pedir ajuda.
p.46 Costumo
começar todas as palestras e todos os textos sobre vergonha com as três
primeiras coisas que as pessoas precisam saber sobre o assunto:
1) todos nós a sentimos. A vergonha
é universal e constitui um dos sentimentos humanos mais primitivos. As pessoas
que não experimentam esse sentimento são carentes de empatia e não sabem se
relacionar.
2) Todos nós temos medo de falar
sobre a vergonha.
3) Quanto menos nós falarmos sobre a
vergonha, mais controle ela terá sobre nossas vidas.
Há algumas maneiras bastante
eficazes de refletir sobre a vergonha. Em primeiro lugar, pode-se dizer que se
trata do medo da falta de conexão, de perder um vínculo com alguém. Somos
psicológica, emocional, cognitiva e espiritualmente criados para o amor, para
os relacionamentos e para a aceitação. A conexão, o vínculo, é a razão de
estarmos aqui e é o que dá significado e sentido à nossa vida. Sentir vergonha
é ter medo de romper algum vínculo – medo de que algo que fizemos ou deixamos
de fazer, de que um ideal que não conseguimos alcançar ou de que uma meta que
deixamos de cumprir nos torne indignos.
p.136 Se desejamos formar pessoas plenas, então,
acima de tudo, devemos lutar para criar filhos que:
- se relacionem com o mundo como
pessoas que se valorizam;
- acolham suas vulnerabilidades e
imperfeições;
- tenham profundo amor e compaixão
por si mesmos e pelos outros;
- valorizem o trabalho, a
perseverança e o respeito;
- carreguem um sentimento de
autenticidade e aceitação dentro de si, em vez de procurar isso do lado de
fora;
- tenham a coragem de ser
imperfeitos, vulneráveis e criativos;
- não tenham medo de passar vergonha
ou sofrer rejeição se forem diferentes ou se estiverem em dificuldades;
- saibam viver nesse mundo de
mudanças rápidas com coragem e flexibilidade.
Para os pais, isso significa sermos
convocados a:
- reconhecer que não podemos dar aos
filhos o que não temos e que, portanto, devemos deixa-los participar de nossa
jornada para crescer, mudar e aprender;
- identificar nossas armaduras e
ensinar nossos filhos a não vesti-las, serem pessoas vulneráveis, se mostrarem
e se deixarem ser vistos e conhecidos;
- respeitar nossos filhos ao
continuar nossa caminhada em direção à vida plena;
- educar na perspectiva da
abundância em vez de na perspectiva da escassez;
- diminuir a lacuna de valores e
praticar as virtudes que queremos ensinar;
- viver com ousadia, procurando
avançar um pouco mais a cada dia.
Em outras palavras, se quisermos que
nossos filhos amem e se aceitem como são, nossa tarefa é amar e nos aceitar
como nós somos. Não podemos nos entregar ao medo, à vergonha, à culpa e ao
julgamento em nossa própria vida se quisermos criar filhos corajosos.
p.
139 Deixe que o rosto expresse o que está em seu coração.
Penso sobre esse conselho todos os
dias – ele se tornou uma prática de vida. Faço questão de que meu rosto
expresse quanto estou feliz em vê-la, em poder estar com ela. Achamos muitas vezes que ganhamos pontos na
educação dos filhos ao sermos críticos, exigentes e impacientes. Esses
primeiros olhares podem ser pré-requisitos ou construtores de autovalorização –
a escolha é sua.
Além de manter vigilância contra os
pré-requisitos e o perfeccionismo, podemos ajudar nossos filhos a desenvolverem
seu senso de dignidade e autovalorização de outra maneira, o que nos remonta ao
que aprendemos sobre as diferenças entre vergonha e culpa.
p.
141 (...) as experiências de vergonha na infância afetam nossa autoestima e
mudam quem somos e a maneira como nos enxergamos.
Podemos nos esforçar para não usar a
vergonha como instrumento de educação, mas nossos filhos ainda assim vão se
deparar com ela no mundo exterior. A boa notícia é que quando os filhos
entendem a diferença entre vergonha e culta e descobrem que estamos interessados
e abertos para conversar sobre essas experiências, eles ficam muito mais
propensos a dividir conosco as dificuldades por que possam estar passando com
professores, treinadores, babás, avós e outros adultos que tenham influência em
suas vidas. Isso é de importância crucial porque nos dá a oportunidade de
visualizar a vergonha como se fosse uma fotografia.
Costumo usar um álbum de fotografias
como metáfora para falar do impacto que a vergonha tem sobre as crianças. Como
pais, uma vez que aprendermos sobre a vergonha, descobriremos que, sim, nós
envergonhamos nossos filhos. Isso acontece. Até mesmo com pesquisadores. Por
conta da gravidade das consequências da vergonha, também começaremos a nos
preocupar que os episódios de vergonha que acontecem fora do ambiente doméstico
possam moldar a personalidade de nossos filhos.
p.
143 (...) normalizar é uma das ferramentas mais poderosas de combate à
vergonha que podemos oferecer aos filhos. (...) normalizar significa ajudar
nossos filhos a saber que eles não estão sozinhos e que nós já vivenciamos
muitas das mesmas dificuldades por que estão passando. Isso vela para ocasiões
sociais, mudanças no corpo, situações de vergonha, sentimentos de rejeição e a
vontade de ser corajoso apesar do medo. Algo sagrado acontece quando olhamos
para nossos filhos e dizemos “Eu também!” ou quando contamos uma história
pessoal que tem algo em comum com o desafio que eles estão enfrentando.
p.
148 (...) Todo mundo quer ter importância e ser aceito.
(...) Podemos não ter sempre uma
sensação de aceitação no pátio do recreio ou no cartaz de uma conferência
grande e elegante, mas, naquele momento, Ellen e eu sabíamos que éramos aceitas
onde isso mais importava – em casa.
Ser uma mãe ou um pai perfeito não é
a meta. Na verdade, os melhores presentes – os melhores instantes de
ensinamento – acontecem naqueles momentos imperfeitos em que permitimos que os
filhos nos ajudem a diminuir a lacuna de valores.
p.
153 Desprezar as comparações em uma sociedade que usa aquisições e conquistas
para avaliar valor não é fácil. Uso esse manifesto como um barômetro, uma prece
e uma meditação quando estou lidando com a vulnerabilidade ou quando sou
assolada por medo de não ser boa o bastante em alguma coisa. Ele me faz
recordar a descoberta que mudou e que, provavelmente, salvou a minha vida: Quem somos e como nos relacionamos com o
mundo são indicadores muito mais fortes de como nossos filhos se sairão na vida
do que tudo que sabemos sobre criação de filhos.
p.153-154
Manifesto pela criação de filhos plenos
Acima de tudo, quero que você saiba
que é amado e que tem capacidade de amar.
Você descobrirá isso por meio de
minhas palavras e atitudes: as lições sobre o amor estão na maneira como eu o
trato e como eu trato a mim mesmo.
Quero que você se relacione com o mundo a
partir de um sentimento de dignidade e de autovalorização.
Você descobrirá que é digno de amor,
aceitação e alegria todas as vezes que me vir praticando o amor-próprio e
acolhendo minhas próprias imperfeições.
Nós praticaremos a coragem em nossa
família ao nos mostrarmos, ao deixarmos que nos vejam e ao valorizarmos a
vulnerabilidade. Compartilharemos nossas histórias de fracasso e de vitória. Em
nosso lar sempre haverá espaço para ambas.
Nós lhe ensinaremos a compaixão
exercendo-a primeiro com nós mesmos, e então uns com os outros. Colocaremos e
respeitaremos limites, valorizaremos o esforço, a esperança e a perseverança.
Descanso e brincadeiras serão valores de família, assim como práticas de
família.
Você aprenderá sobre
responsabilidade e respeito ao me ver cometer erros e consertá-los, e ao ver
como peço o que preciso e falo sobre como me sinto.
Quero que você conheça a alegria,
para que juntos pratiquemos a gratidão.
Quero que você sinta alegria, para
que juntos aprendamos a ser vulneráveis.
Quando a incerteza e a escassez
baterem à nossa porta, você será capaz de recorrer à ética que permeia nossa
vida diária.
Juntos, choraremos e enfrentaremos o
medo e a tristeza. Vou desejar livrá-lo de sua dor, mas em vez disso ficarei ao
seu lado e lhe ensinarei como senti-la.
Nós vamos rir, cantar, dançar e
criar juntos. Sempre teremos permissão para sermos nós mesmos um com o outro.
Não importa o que aconteça, você sempre será aceito em nossa casa.
Quando iniciar sua jornada para ser
uma pessoa plena, o maior presente que poderei dar a você é amar intensamente e
viver com ousadia.
Não irei ensiná-lo, amá-lo nem lhe
mostrar as cosias de forma perfeita, mas eu me deixarei ser visto por você e
sempre considerarei sagrado o dom de poder vê-lo verdadeira e profundamente.
Este livro pode melhorar a vida
de todas as pessoas, como citei lá em cima, pois ele mostra como a
vulnerabilidade pode nos ajudar a vencer a vergonha em todas as situações de
nossas vidas, em várias áreas. Ele mostra que a perfeição não existe de verdade
e como devemos nos comportar para chegar à vida plena. Ou seja, super recomendo a leitura.
Mas e ai, vocês já leram este
livro? Gostaram? Acham que ele é realmente válido e pode ser positivo para as
pessoas? Vamos conversar?
Bjo bjo
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