quarta-feira, 17 de agosto de 2016

CicloTurismo - Castrolanda Carambeí



 E neste sábado eu tive a minha primeira experiência de pedal com viagem, e preciso dizer que foi SENSACIONAL!

Confesso que fui com uma expectativa, ou melhor, com várias. Primeiro que seria tranquilo e que eu daria conta de um pedal médio. Segundo que se eu não curtisse, esta seria a minha primeira e última viagem com este grupo. Mas neste caso, é aquele medo normal de uma viagem com gente que a gente não conhece.

E tudo foi bem diferente do que eu imaginava.

Primeiro porque um pedal médio com esse pessoal é infinitamente mais pesado do que um pedal hard com o meu pessoal em Curitiba. Segundo que eles foram ótimos e eu quero fazer muitas outras viagens com eles. Hehe!

E tudo começou com a noite anterior, que eu tinha que dormir cedo e não consegui fazê-lo tão cedo quanto tinha me programado e também, tendo em vista a ansiedade, o sono demorou pra caramba à chegar. E daí, quando o despertador tocou às 3h50, a pessoa estava podre de cansada, hehe, mas faz parte, bora lá levantar.

Fui buscar a amiga Danutha, responsável por eu ter uma viagem para fazer, pois foi dela o convite para este cicloturismo e vamos para o ponto de encontro, no 17º Batalhão do SJP.

Quando chegamos lá quase todos já tinham chegado, e ali já tive o meu primeiro “choque”, digamos assim, pois todas as bicicletas eram infinitamente melhores que a minha. Mas vamos levar em consideração que a minha bike tem 13 anos.

Entramos no microônibus, nos ajeitamos e bora pegar a estrada.

Paramos em Vila Velha para um café da manhã, dei notícias para a mamys, algumas outras questões se ajeitaram e seguimos. Confesso que me desliguei de horários, pois era tudo tão diferente, tão novo que o relógio ficou de fora. Ficou de fora também o monitoramento do pedal, que costumo fazer com dois aplicativos e nem lembrei hehe (isso foi ruim, mas depois uma colega gentilmente cedeu as informações).

Enfim, quando chegamos a Castrolanda, fomos recepcionados pela Rachel, que nos explicou sobre a origem do nome e contou um pouco sobre a história do leite, dos moinhos, e nos levou para um passeio no moinho que é um museu muito interessante, de fato com muita história e resgate, e depois, na Cidade do Leite. Do Moinho Castrolanda até a Cidade do Leite já fomos pedalando... já a primeira sensação de vento no rosto e aquela liberdade que só a bike pode proporcionar.

A Cidade do Leite é linda e estava super habitada. Isso porque esta semana se iniciou a Agroleite 2016, que é um evento técnico voltado para todas as fases da cadeia do leite. Coisas que nos foram explicadas com muita propriedade lá... o que eu achei bem bacana. Lá, deixamos as magrelas “estacionadas” e passeamos por tudo a pé, tendo em vista a quantidade de gente trabalhando para deixar tudo pronto para o evento que começou em 16/08.

Lugar lindo, reprodução de casas holandesas e, devido à feira, cheio de vacas premiadas... inclusive, eles tem até uma calçada da fama, com as vacas mais famosas, as ganhadoras de cada ano do evento. Muito interessante.

E depois desta visita é que começou o grande percurso pedalando até a cidade de Carambeí, aproximadamente 30 km.... que eu achei que tirarei de letra e que não foi bem assim. Uma porque de fato a minha bicicleta não é apropriada para este tipo de pedal e outra porque eu não tenho a preparação necessária como achava que tinha. E aqui cabe dizer que eu só finalizei honrosamente o meu pedal (bem depois que todos já tinham finalizado, mas bem depois mesmo) pois tive ao meu lado pessoas me incentivando e que não me deixaram descer da bike.... e que inclusive, por diversos momentos, literalmente, me empurraram... principalmente no trajeto que antecedeu ao pedágio, chamado por alguns dos participantes deste passeio de falsa subida... olha, pra mim não teve nada de falsa nela não... ela era bem real... e imensa hehe... mas aqui fica o meu agradecimento ao Rodrigo Watanabe, o famoso Japa (que me deu dicas de todos os tipos e me apoiou em todo o trajeto) e também ao Gèter, que além deste empurrãozinho, me deu altas dicas sobre as marchas e como posicionar corretamente os pés nos pedais. Agradeço também ao Fábio, que me orientou sobre a altura do meu banco e a Lilica e a Danutha, por terem me ensinado (finalmente) a mexer nas marchas da bike corretamente!

Detalhe... de todas essas pessoas, eu só conhecia a Danutha, as outras, todas, conheci lá, naquele dia, naquele momento... e me trataram tão bem, como se as conhecesse a muito tempo. Me senti realmente acolhida, parte daquele grupo. Foi, como já disse lá no começo SENSACIONAL!

E eu quase ia me esquecendo... e a adrenalina de pedalar em uma rodovia?! E a velocidade que a gente pega?! E aquele monte de caminhões passando do seu lado?! Medo, emoção, tudo misturado... teve momentos que eu achei que fosse voar, kkkkk... em outros eu realmente me senti livre livre livre... queria gritar, nem sei por que não fiz isso, mas nesse momento da velocidade, de estar pedalando na rodovia, só você e a sua bike, vendo o caminho na sua frente que deveria ser vencido, aquele vento no rosto, o sol, o dia lindo que estava fazendo... a sensação era de liberdade mesmo! 

Mas a Mel cansou pra caramba.... então... 

Quando fizemos aquela famosa curva que se chega em algum lugar, sabe aquela curva que tem em todas as cidades e pá, você chegou, hehe, então... quando fiz aquela curva que você faz e vê o portal de Carambeí, comecei a sentir uma certa dor no joelho direito, mas daí faltava pouco, então bora lá, vamos pedalar que já estou chegando.

Neste momento eu estava próximo do grupo, pois o pessoal tinha parado para tirar fotos, dar uma recuperada no fôlego... e logo chegamos ao restaurante para almoçar.

Almoço simples, porém saboroso, ali consegui recuperar as energias, descansar um tico!

De lá partimos para o Parque Histórico de Carambeí... pedal mais suave e pertinho. Lá chegando tivemos um guia para nos dar orientações sobre a história da cidade e sobre o que era aquele lugar e as coisas que lá constavam. Gente... que lugar maravilhoso... que coisa mais linda... e com o passar do dia, que diga-se de passagem foi fantástico, Deus nos privilegiou com um dia de sol belíssimo, a iluminação natural do local dava todo um charme que é difícil descrever... só estando lá mesmo para entender tamanha beleza. Apesar de que confesso, consegui tirar umas fotos até bem interessantes! =D Nem dá pra dizer que fui eu que tirei, kkkkkk!!!

No Parque passamos um bom tempo, porém lá, fizemos o passeio a pé, e neste momento fomos informados de que nossas bikes estavam dispensadas “por hoje”. Então nosso pedal tinha acabado... porém não o passeio. Então me senti feliz, satisfeita, realizada... cansada sim, não nego, mas muito feliz por ter conseguido, mesmo cansada, mesmo com uma bicicleta inferior, mesmo sendo a última láááááá no final, dei conta do recado. Sei que pareço um tanto repetitiva, mas entendam... até passar por isso, eu não tinha ideia de como era... de como funcionava um pedal assim. Minha experiência é de quase dois anos pedalando, mas com um pedal urbano, num ritmo mais lento, e foi muito bom ver que posso mais... que sim, necessito de um preparo melhor, que preciso aumentar o meu ritmo aqui, mas que eu dou conta.

Mas voltando ao passeio, conhecemos o Parque todo a pé, apreciando sua beleza e tirando muitas fotos... depois ainda fechamos o passeio com chave de ouro, na Frederica’s Koffiehuis, uma confeitaria que tinha tanta, mas tanta gente que eu achei que não conseguiríamos entrar... mas dá pra entender a lotação. Um empadão de frango divino e a melhor torta de doce de leite com nozes que eu já comi na vida.... se a gula me permitisse, teria comido mais, sem sombra de dúvida.

Enfim, este foi um momento muito legal, pois sentamos numa grande mesa e pudemos bater papo com as pessoas que lá estavam... que participaram deste dia diferente na minha vida... e descobri que uma outra colega também teve as dificuldades que eu tive... mas o seu ritmo ainda era melhor que o meu, mas ela também achou que não fosse dar conta, também teve dor... me senti melhor, no sentido de que não fui a única. Pois às vezes é ruim você ser a última e ter a impressão de que atrapalha o grupo. Apesar do Japa a todo momento me tranquilizar de que não era o caso. Aquele pessoal já está acostumado um com o outro. Eles tem seu próprio ritmo... ai chega uma pessoa estranha, que não aguenta e não desiste hehe... mas fiquei grata por ver que outros também tem limitações e que cada um ali estava vencendo os seus limites ou ainda, outras questões pessoais.

Muitos não sabem, mas foi realmente importante ter ido, foi realmente libertador e fez a diferença ter participado de tudo aquilo. Tudo aconteceu como deveria... até os atrapalhos com o nosso “amigo Marcelo”... que começaram bem cedinho e se estenderam até às 2h40 da madruga se não me engano (que dó)!

Fica aqui, mais uma vez, o meu agradecimento à todos que fizeram parte deste dia e deste evento especial.... primeiro, eu espero, de muitos outros pedais que pretendo fazer daqui por diante. Sei que terei que mudar de bike e melhorar o meu ritmo... mas isso, isso eu vou fazendo aos poucos...

Agora só um gostinho do que foi essa maravilhosa experiência:













 E vocês, já pedalaram em outras cidades? Como foram as suas experiências? Vamos conversar?

Bjo bjo

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