E neste sábado eu tive a minha
primeira experiência de pedal com viagem, e preciso dizer que foi SENSACIONAL!
Confesso que fui com uma expectativa, ou melhor, com
várias. Primeiro que seria tranquilo e que eu daria conta de um pedal médio.
Segundo que se eu não curtisse, esta seria a minha primeira e última viagem com
este grupo. Mas neste caso, é aquele medo normal de uma viagem com gente que a
gente não conhece.
E tudo foi bem diferente do que
eu imaginava.
Primeiro porque um pedal médio
com esse pessoal é infinitamente mais pesado do que um pedal hard com o meu
pessoal em Curitiba. Segundo que eles foram ótimos e eu quero fazer muitas
outras viagens com eles. Hehe!
E tudo começou com a noite
anterior, que eu tinha que dormir cedo e não consegui fazê-lo tão cedo quanto
tinha me programado e também, tendo em vista a ansiedade, o sono demorou pra
caramba à chegar. E daí, quando o despertador tocou às 3h50, a pessoa estava
podre de cansada, hehe, mas faz parte, bora lá levantar.
Fui buscar a amiga Danutha,
responsável por eu ter uma viagem para fazer, pois foi dela o convite para este
cicloturismo e vamos para o ponto de encontro, no 17º Batalhão do SJP.
Quando chegamos lá quase todos já
tinham chegado, e ali já tive o meu primeiro “choque”, digamos assim, pois
todas as bicicletas eram infinitamente melhores que a minha. Mas vamos levar em
consideração que a minha bike tem 13 anos.
Entramos no microônibus, nos
ajeitamos e bora pegar a estrada.
Paramos em Vila Velha para um
café da manhã, dei notícias para a mamys, algumas outras questões se ajeitaram
e seguimos. Confesso que me desliguei de horários, pois era tudo tão diferente,
tão novo que o relógio ficou de fora. Ficou de fora também o monitoramento do
pedal, que costumo fazer com dois aplicativos e nem lembrei hehe (isso foi
ruim, mas depois uma colega gentilmente cedeu as informações).
Enfim, quando chegamos a
Castrolanda, fomos recepcionados pela Rachel, que nos explicou sobre a origem
do nome e contou um pouco sobre a história do leite, dos moinhos, e nos levou
para um passeio no moinho que é um museu muito interessante, de fato com muita
história e resgate, e depois, na Cidade do Leite. Do Moinho Castrolanda até a
Cidade do Leite já fomos pedalando... já a primeira sensação de vento no rosto
e aquela liberdade que só a bike pode proporcionar.
A Cidade do Leite é linda e
estava super habitada. Isso porque esta semana se iniciou a Agroleite 2016, que
é um evento técnico voltado para todas as fases da cadeia do leite. Coisas que
nos foram explicadas com muita propriedade lá... o que eu achei bem bacana. Lá,
deixamos as magrelas “estacionadas” e passeamos por tudo a pé, tendo em vista a
quantidade de gente trabalhando para deixar tudo pronto para o evento que começou
em 16/08.
Lugar lindo, reprodução de casas
holandesas e, devido à feira, cheio de vacas premiadas... inclusive, eles tem
até uma calçada da fama, com as vacas mais famosas, as ganhadoras de cada ano
do evento. Muito interessante.
E depois desta visita é que
começou o grande percurso pedalando até a cidade de Carambeí, aproximadamente
30 km.... que eu achei que tirarei de letra e que não foi bem assim. Uma porque
de fato a minha bicicleta não é apropriada para este tipo de pedal e outra
porque eu não tenho a preparação necessária como achava que tinha. E aqui cabe
dizer que eu só finalizei honrosamente o meu pedal (bem depois que todos já
tinham finalizado, mas bem depois mesmo) pois tive ao meu lado pessoas me
incentivando e que não me deixaram descer da bike.... e que inclusive, por
diversos momentos, literalmente, me empurraram... principalmente no trajeto que
antecedeu ao pedágio, chamado por alguns dos participantes deste passeio de
falsa subida... olha, pra mim não teve nada de falsa nela não... ela era bem
real... e imensa hehe... mas aqui fica o meu agradecimento ao Rodrigo Watanabe,
o famoso Japa (que me deu dicas de todos os tipos e me apoiou em todo o
trajeto) e também ao Gèter, que além deste empurrãozinho, me deu altas dicas
sobre as marchas e como posicionar corretamente os pés nos pedais. Agradeço
também ao Fábio, que me orientou sobre a altura do meu banco e a Lilica e a
Danutha, por terem me ensinado (finalmente) a mexer nas marchas da bike
corretamente!
Detalhe... de todas essas
pessoas, eu só conhecia a Danutha, as outras, todas, conheci lá, naquele dia,
naquele momento... e me trataram tão bem, como se as conhecesse a muito tempo.
Me senti realmente acolhida, parte daquele grupo. Foi, como já disse lá no
começo SENSACIONAL!
E eu quase ia me esquecendo... e a adrenalina de pedalar em uma rodovia?! E a velocidade que a gente pega?! E aquele monte de caminhões passando do seu lado?! Medo, emoção, tudo misturado... teve momentos que eu achei que fosse voar, kkkkk... em outros eu realmente me senti livre livre livre... queria gritar, nem sei por que não fiz isso, mas nesse momento da velocidade, de estar pedalando na rodovia, só você e a sua bike, vendo o caminho na sua frente que deveria ser vencido, aquele vento no rosto, o sol, o dia lindo que estava fazendo... a sensação era de liberdade mesmo!
Mas a Mel cansou pra caramba.... então...
Quando fizemos aquela famosa
curva que se chega em algum lugar, sabe aquela curva que tem em todas as
cidades e pá, você chegou, hehe, então... quando fiz aquela curva que você faz
e vê o portal de Carambeí, comecei a sentir uma certa dor no joelho direito,
mas daí faltava pouco, então bora lá, vamos pedalar que já estou chegando.
Neste momento eu estava próximo
do grupo, pois o pessoal tinha parado para tirar fotos, dar uma recuperada no
fôlego... e logo chegamos ao restaurante para almoçar.
Almoço simples, porém saboroso,
ali consegui recuperar as energias, descansar um tico!
De lá partimos para o Parque
Histórico de Carambeí... pedal mais suave e pertinho. Lá chegando tivemos um
guia para nos dar orientações sobre a história da cidade e sobre o que era
aquele lugar e as coisas que lá constavam. Gente... que lugar maravilhoso...
que coisa mais linda... e com o passar do dia, que diga-se de passagem foi
fantástico, Deus nos privilegiou com um dia de sol belíssimo, a iluminação
natural do local dava todo um charme que é difícil descrever... só estando lá
mesmo para entender tamanha beleza. Apesar de que confesso, consegui tirar umas
fotos até bem interessantes! =D Nem dá pra dizer que fui eu que tirei,
kkkkkk!!!
No Parque passamos um bom tempo,
porém lá, fizemos o passeio a pé, e neste momento fomos informados de que
nossas bikes estavam dispensadas “por hoje”. Então nosso pedal tinha acabado...
porém não o passeio. Então me senti feliz, satisfeita, realizada... cansada
sim, não nego, mas muito feliz por ter conseguido, mesmo cansada, mesmo com uma
bicicleta inferior, mesmo sendo a última láááááá no final, dei conta do recado.
Sei que pareço um tanto repetitiva, mas entendam... até passar por isso, eu não
tinha ideia de como era... de como funcionava um pedal assim. Minha experiência
é de quase dois anos pedalando, mas com um pedal urbano, num ritmo mais lento,
e foi muito bom ver que posso mais... que sim, necessito de um preparo melhor,
que preciso aumentar o meu ritmo aqui, mas que eu dou conta.
Mas voltando ao passeio,
conhecemos o Parque todo a pé, apreciando sua beleza e tirando muitas fotos...
depois ainda fechamos o passeio com chave de ouro, na Frederica’s Koffiehuis,
uma confeitaria que tinha tanta, mas tanta gente que eu achei que não
conseguiríamos entrar... mas dá pra entender a lotação. Um empadão de frango
divino e a melhor torta de doce de leite com nozes que eu já comi na vida....
se a gula me permitisse, teria comido mais, sem sombra de dúvida.
Enfim, este foi um momento muito
legal, pois sentamos numa grande mesa e pudemos bater papo com as pessoas que
lá estavam... que participaram deste dia diferente na minha vida... e descobri
que uma outra colega também teve as dificuldades que eu tive... mas o seu ritmo
ainda era melhor que o meu, mas ela também achou que não fosse dar conta,
também teve dor... me senti melhor, no sentido de que não fui a única. Pois às
vezes é ruim você ser a última e ter a impressão de que atrapalha o grupo.
Apesar do Japa a todo momento me tranquilizar de que não era o caso. Aquele
pessoal já está acostumado um com o outro. Eles tem seu próprio ritmo... ai
chega uma pessoa estranha, que não aguenta e não desiste hehe... mas fiquei grata
por ver que outros também tem limitações e que cada um ali estava vencendo os
seus limites ou ainda, outras questões pessoais.
Muitos não sabem, mas foi
realmente importante ter ido, foi realmente libertador e fez a diferença ter
participado de tudo aquilo. Tudo aconteceu como deveria... até os atrapalhos
com o nosso “amigo Marcelo”... que começaram bem cedinho e se estenderam até às
2h40 da madruga se não me engano (que dó)!
Fica aqui, mais uma vez, o meu
agradecimento à todos que fizeram parte deste dia e deste evento especial....
primeiro, eu espero, de muitos outros pedais que pretendo fazer daqui por
diante. Sei que terei que mudar de bike e melhorar o meu ritmo... mas isso,
isso eu vou fazendo aos poucos...
Agora só um gostinho do que foi essa maravilhosa experiência:
E vocês, já pedalaram em outras
cidades? Como foram as suas experiências? Vamos conversar?
Bjo bjo
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