segunda-feira, 30 de setembro de 2024

Por Lugares Incríveis

E no mês que falamos sobre a prevenção e o combate ao suicídio, o Setembro Amarelo, eis que escolho um livro que o assunto abordado é esse... coincidência, pois confesso que escolhi o livro pelo título, sem saber qual era o tema.

E por isso passei este livro na frente de outro que finalizei antes... pra ficar aqui dentro do mês de setembro! Logo posto sobre o último livro de Millie... A Empregada está de Olho.

 

O livro em questão se chama “Por Lugares Incríveis” e foi escrito por Jennifer Niven, que tem uma experiência pessoal com o tema, então deixa tudo muito mais real, assustador em alguns trechos, comovente em outros, desesperador em outros... retrata de forma muito respeitosa o tema, mas também com humor, no sentido de mostrar que a pessoa que é acometida de depressão e/ou outras doenças mentais, não é, necessariamente aquela pessoa que está sempre de mau humor, ou fechada, isolada, sem contato com as pessoas. Às vezes a pessoa está vivendo uma guerra interna, mas no seu exterior, com as pessoas à sua volta, amigos, familiares, é uma pessoa divertida, bem humorada, que participa da vida social de forma efetiva, deixando assim, transparecer, que parece que está tudo bem, mas na realidade, não está. Por isso é que muitas vezes, nem os familiares percebem que tem algo errado e quando algo acontece, não entendem.

Não sou especialista no assunto, mas durante este mês a empresa nos proporcionou palestras sobre o tema, diga-se de passagem, ótimas palestras, que mostraram um pouco sobre como observar e oferecer ajuda, mas ficou muito claro que, mesmo sendo difícil, a pessoa doente precisa pedir socorro, pois muitas vezes não conseguimos enxergar os sinais de forma clara. E mesmo que ofertemos a ajuda, a pessoa precisa aceitar de verdade, e, sem julgamentos aqui, esse aceitar de verdade nem sempre acontece, não por que a pessoa não queira, mas sim, por ela não conseguir.

Atenção, é importante citar que este livro trata de temas bem sensíveis, como as doenças mentais,  a depressão e transtorno de personalidade, além do luto, da negligência familiar e por fim, do suicídio, logo, pode ativar gatilhos.



Bom, mas vamos lá para a história do livro então:

Ele conta a história de Finch e Violet, que estudam na mesma escola, mas que tem sua primeira interação mais efetiva em cima da torre do relógio da escola.... onde ambos estão.... em situação de perigo eminente.

Finch já teve milhões de ideações de como morrer, de como tirar a própria vida, mas Violet, que perdeu sua irmã mais velha num acidente de carro em que ela estava junto, e se culpa por isso, por ter escolhido o caminho que levou ao acidente fatal, ainda não retomou o rumo de sua vida... e confusa, sobe na torre e quando se dá conta do que está prestes a fazer, fica paralisada. Neste momento Finch a vê e vai até ela e a ajuda a descer... e assim, sem saber, Finch salva a vida de Violet e se permite mais um dia, A partir disso, passam a conviver, principalmente por causa de um trabalho da escola, onde devem visitar pontos turísticos de Indiana e escrever sobre cada um deles e como se sentem em relação à estes locais.

O livro detalha cada uma dessas visitas que se tornam aventuras muito particulares para os dois... E durante essas aventuras, Finch faz de tudo para que Violet supere o seu luto e siga em frente... entrar num carro, voltar a dirigir, sorrir, se permitir ser feliz.... porém, a contrapartida não acontece, Violet fica tão imersa no viver que Finch lhe permite, que não percebe que ele tem um vazio, uma dor, um não viver.

A vida de Finch é uma sucessão de episódios que o levam ao fundo do poço... mãe distante e negligente, irmã mais velha que até percebe que tem algo errado, mas não sabe bem como ajudar, pai violento que vai embora com outra família, valentões da escola sempre zoando com ele... o chamando de “aberração”, um orientador na escola que vê seus esforços limitados, mesmo dando o seu melhor para acompanhar o menino e mantê-lo vivo.

A vida de Violet era perfeita, até a morte da irmã, que faz com que ela se isole e não queira nem fazer as atividades da escola.

Juntos, eles procuram se curar.... enquanto busca se manter desperto, Finch mostra uma vida nova para Violet.

Então, enquanto lia, tinha aquela esperança do final feliz, afinal, é isso que vende né, o final feliz. Só que não é o caso deste livro... a realidade retratada nele é tão dura, que ainda estou meio anestesiada, meio em choque. Peguem seus lencinhos e façam uma reflexão muito profunda durante a leitura, pois é isso que este livro trás, uma reflexão sobre a vida e a morte, sobre a fragilidade do ser humano, sobre como somos suscetíveis, como somos humanos.

 

Sinopse:

Violet Markey tinha uma vida perfeita, mas todos os seus planos deixam de fazer sentido quando ela e a irmã sofrem um acidente de carro e apenas Violet sobrevive. Sentindo-se culpada pelo que aconteceu, a garota se afasta de todos e tenta descobrir como seguir em frente. Theodore Finch é o esquisito da escola, perseguido pelos valentões e chamado de “aberração” por onde passa. Para piorar, é obrigado a lidar com longos períodos de depressão, o pai violento e a apatia do resto da família. Enquanto Violet conta os dias para o fim das aulas, quando poderá ir embora da cidadezinha onde mora, Finch pesquisa diferentes métodos de suicídio e imagina se conseguiria levar algum deles adiante. Em uma dessas tentativas, ele vai parar no alto da torre da escola e, para sua surpresa, encontra Violet, também prestes a pular. Um ajuda o outro a sair dali, e essa dupla improvável se une para fazer um trabalho de geografia: conhecer lugares incríveis do estado onde moram. Ao lado de Finch, Violet para de contar os dias e finalmente passa a vivê-los. O garoto, por sua vez, encontra alguém com quem pode ser ele mesmo, e torce para que consiga se manter desperto.

“Me apaixonei por Violet e Finch antes mesmo de se apaixonarem um pelo outro. A jornada deles é adorável e inteligente e corajosa. Vai partir seu coração e relembrar o que significa estar vivo.” ― Jennifer E. Smith, autora de A probabilidade estatística do amor à primeira vista

 

 

Agora o filme... sim, o filme

 

E ao finalizar o livro fui dar aquele google para saber se tinha filme do livro e claro, não me aguentei e assisti...

Lógico que o filme não chega aos pés do livro, deixa muitos por quês na mente se a pessoa não leu o livro...

Acho que o maior problema é que mostra de forma muito superficial como é a vida de Finch e todos os conflitos internos que ele vive... o foco maior é em Violet e em como ela precisa “ser salva”.

O filme retrata um Finch “normal”, e uma Violet “com problemas”.... foge um pouco do focodo livro, mas acho que me parece de propósito, justamente para mostrar que você pode transparecer para todos que está tudo bem e aquela sua luta interna ser tão profunda, que você perde.

No livro Finch tem duas irmãs, no filme, apenas Kate. No livro, Finch toca guitarra, compõe músicas e já tocou em bandas. No filme, mal se enfatizam as corridas que ele sente tanta necessidade em fazer para alinhar pensamentos ou para fugir mesmo.

No livro, Finch tem olhos azuis de se perder, no filme, ele é pardo, com olhos castanhos.

No livro, a falta de “cuidado” dos pais de Finch com ele é evidente, no filme, isso nem aparece.

“Ser complicado é ruim né?” (Finch)

“Ele estava o tempo todo me ensinando como seguir em frente.” Violet

“Finch me ensinou que há beleza nos lugares mais inesperados. E que há lugares incríveis mesmo em tempos sombrios. E que, se não houver, você pode ser aquele lugar incrível com infinitas capacidades.” Violet

 

E agora sim, fim... mas então, já leram o livro? Viram o filme? Vamos conversar?

Bjo bjo

quarta-feira, 25 de setembro de 2024

O Segredo da Empregada

Booooom dia, boa tarde, boa noite, tudo bem com vocês?

Cá estou eu novamente para contar como foi a experiência do segundo livro da trilogia de Freida McFadden sobre nossa queria Millie.



Confesso que algo ficou meio confuso pra mim na história, mas ainda assim, é um bom livro, com um enredo que te faz querer saber o que está acontecendo de fato. Leiam e depois me contem se se sentiram assim também.

Ah, vale dizer que este foi um livro lido em 5 dias, acho que meu recorde nos últimos 5 ou 6 anos hehe....

Mas vamos à história... no início do livro Millie está trabalhando para uma família “normal”, dado o seu padrão de trabalho... porém, é demitida quando a filha bebê de sua patroa a chama de mãe, deixando a mãe “verdadeira” completamente revoltada.

Assim Millie está desempregada de novo, morando num local de segurança duvidosa, porém, com um namorado que a ama, e que parece perfeito demais para ela. Ele insiste que ela deveria morar com ele, deixar o bairro perigoso em que vive e não se preocupar com mais nada, só estudar para se formar e cuidar de outras pessoas.

As coisas não andam bem, milhões de entrevistas, mas quando o famoso antecedente é checado, ela sabe que será mais um não. Cada dia que passa ela pensa estar mais longe do seu objetivo de terminar a faculdade de assistência social, e poder ajudar as outras pessoas de forma “legal”.

Desta forma ela fica muito intrigada, apesar de feliz, quando recebe o chamado de Douglas Garrick para uma entrevista em uma coberta, num bairro rico.... onde deveria limpar, fazer compras, lavar e cozinhar, somente alguns dias da semana. E mais feliz e intrigada ainda, quando ele liga confirmando que ela pode finalmente começar.

No primeiro dia, ela recebe uma recomendação que acha estranho, mas como precisa do emprego, não questiona. A Sra. Garrick, uma mulher doente, passa o dia no quarto e não deve, em hipótese nenhuma, ser incomodada. Ok, vamos deixar a mulher lá e fazer o serviço... apesar de que Millie acha difícil fazer o serviço já que a casa está sempre limpa. Enfim, o contato é sempre com Douglas, que confirma os dias de serviço por mensagem de celular e assim os dias passam.

Um dia Millie ouve um barulho no quarto e levada pela curiosidade, vai até o quarto, encosta a orelha na porta.... pensa um pouco, respira fundo e bate. Sem sucesso. Junta-se à isso, manchas de sangue nas camisolas da mulher e sons de choro vindo do quarto. Assim, Millie passa a investigar e com sua insistência, a mulher abre a porta e ao vê-la toda machucada Millie entende por que está naquela casa.

Só que ela não esperava que tudo se voltaria contra ela... e daqui para frente, melhor não falar mais nada, já que tudo pode ser considerado spoiler e estragar toda a emoção.

Ah, e tem mais um heim, e que já está engatilhado aqui... logo volto para contar para vocês como foi a experiência.

E ai, já leram este livro? Vamos conversar?

Bjo bjo

quarta-feira, 18 de setembro de 2024

A Empregada

Hello People, tudo bem com vocês?

Estou aqui para falar sobre o livro “A Empregada: Bem Vinda à Família”, de Freida McFadden, indicação da amiga Grasi, que sempre arrasa com as indicações. Livro mais recente perto de todos que ando lendo, este é de 2023.


Comecei a leitura de forma despretensiosa, sem grandes expectativas, mas mais uma vez, foi aquela explosão de alegria por um livro tão bem escrito, com uma trama tão bem elaborada.

Pensando muito pra escrever este texto, pois a trama é tão bem desenvolvida que tenho medo de escrever algo que entregue o jogo, hehe.... mas enfim, vamos tentar. Este livro conta a história de Millie e também de Nina Winchester e de como suas vidas se cruzam, e suas histórias se cruzam de forma tão impactante.

Millie é uma ex presidiária que está em busca de um emprego, pois perdeu o último e por isso perdeu sua casa e está morando em seu carro e já não aguenta mais essa situação. Assim, ela vai para mais uma entrevista de emprego, já meio desesperançosa, pois todos que checam seus antecedentes acabam não lhe dando um emprego. Mas na casa de Nina Winchester isso muda. Nina demonstra muito interesse em contratar Millie, porém, já se passaram muitos dias se notícias. E quando Millie já desistiu, recebe uma ligação e para sua alegria, está contratada pra início imediato.

Assim ela se muda para a casa dos Winchester e inicia sua trajetória como empregada doméstica da família. Passa os dias limpando, cozinhando e cuidando da filha de Nina, Cecelia. Apesar de ter um quarto, o que já é muito melhor do que viver e dormir no seu carro, o sótão de Nina e Andrew Winchester não é bem aquilo que ela esperava. Ele é pequeno, com uma cama de campanha e a janela está selada, ou seja, não é possível abri-la... mas tudo bem, é melhor que o carro e ainda tem um frigobar, onde ela pode colocar algumas guloseimas para comer antes de dormir.

No dia da entrevista, a casa estava impecável, mas depois de contratada, Millie percebe que Nina suja a casa de forma deliberada e sem dó... parece até impossível que alguém consiga fazer tanta sujeira e bagunça, isso em contrapartida aos vestidos e outras roupas que usa, sempre brancas, branquíssimas. Millie não entende, mas também não questiona, está sendo paga e faz o serviço. Porém, mesmo tentando ignorar a situação, o comportamento “meio maluco” de sua patroa começa a incomodá-la.... essa bipolaridade, um dia simpática e fofa e no outro neurótica e obsessiva, está deixando Millie louca... mas o que a incomoda também, é a forma como trata o seu marido, Andrew, um homem boa pinta e que parece ser um bom marido e um bom pai para Cecelia, mesmo não sendo seu pai biológico. Apesar de tudo o que ele faz para deixar sua esposa feliz, parece que nunca é o suficiente.


"Às vezes parece que Nina tem dupla personalidade. Ela vai de oito a oitenta muito depressa. Diz que estava brincando, mas não tenho tanta certeza. Mas não importa, na verdade. Não tenho outras perspectivas, e este trabalho é uma bênção." (p. 40)


Os dias passam e Millie passa a prestar mais atenção no marido da patroa, quase com pena pelo jeito que o mesmo é tratado.... e é ai que tudo acontece.... o que? Não posso falar, senão o spoiler estraga a surpresa.

O que posso te dizer é que é um livro que te prende, e mais que isso, te surpreende, pois você não imagina nem de longe o desfecho da história... e o melhor, tem um livro 2 e um livro 3!

Viva!

quarta-feira, 11 de setembro de 2024

A Redenção de Gabriel

Hello People, tudo bem com vocês?

Então, deixa eu contar pra vocês que este terceiro livro da trilogia de Gabriel me decepcionou deveras. Lembram quando no final do post anterior eu disse que poderia ter acabado ali, então, reafirmo isso... poderia ter terminado ali a história e estaria tudo lindo!



Explico.... pra mim, se terminasse no segundo livro, as narrativas estavam bem fechadas, os “problemas” tinham sido resolvidos, os ciclos fechados... o terceiro livro ficou naquela lenga lenga de amor eterno entre Gabriel e Julia.... o clichê das cenas de amor tórrido e desinibido. Já estava quase desistindo, mas não desisto de um livro, a não ser que tenham páginas faltando, hehe... Mas vale registrar aqui que até rolou uma emoção, que veio quando Gabriel, por querer ter filhos com Julia, decide buscar suas origens, saber mais sobre os seus pais biológicos e acaba conhecendo uma meia irmã (por parte de pai), que fica super empolgada em conhecê-lo também... ali parecia que se desenrolaria uma história dentro da história e era promissora,  mas esse encontro não é tratado como deveria... fica raso, sem maiores explicações, o pai era perfeito pra filha, horrível para Gabriel.... Kelly, sua meia irmã disse que o pai sempre procurou saber sobre ele, acompanhar sua vida, mas nunca se aproximou de fato... e isso podia ter sido melhor explorado, por que o pai não se aproximou? Qual era o motivo? Enfim... me decepcionei... depois animou um pouco mais pois Julia engravida, a revelia do que eles “queriam naquele momento”.... que seria esperar o final do doutorado de Julia, mas o bebê vêm antes... e dai acontece toda aquela questão clichê de parto.... aff aff aff.... tanto que esse levei um mês pra ler, diferente do segundo que foram menos de 15 dias... que coisa. Mas de toda forma, o final feliz rola.... com muita enrolação antes, mas rola hehe!

Enfim, minha opinião, a história podia ter terminado no segundo livro.... mas e vocês, já leram essa trilogia? O que acharam? Concordam comigo ou discordam? Vamos conversar?

 

Bjo bjo