terça-feira, 2 de março de 2010

O que está acontecendo com a nossa Educação?


Aqui, comento sobre dois textos de duas edições da Veja. De 03/02, Educação de Quarto Mundo, Lya Luft e de 10/02, Prestígio Zero, Marcelo Bortoloti.

Segundo o Relatório “Educação para Todos”, da Unesco, estamos na 88.ª posição no ranking de desenvolvimento educacional, atrás do Paraguai, Equador e Bolívia. Nosso índice de repetência é altíssimo. Em paralelo, vemos que os bons alunos não querem ser professores, não querem seguir o magistério... E agora?

Apenas 2% dos estudantes brasileiros pretendem seguir o magistério, e destes, 30% está entre os alunos com as piores notas da escola. Estes dados são de uma pesquisa realizada pela Fundação Carlos Chagas e nos deixam assustados. Sem bons professores, sem professores realmente interessados e verdadeiros amantes da profissão, como sairmos dessa 88.ª posição?
Que a realidade da educação no Brasil é preocupante nós já sabemos. O que nós precisamos, é fazer algo para mudar essa situação.

Primeiro, devemos dar atenção àqueles que desejam ser professores, com ações que mostrem que ser professor no Brasil é uma coisa boa, por mais que isso pareça piada. E, além disso, dar à estes futuros profissionais, condições de uma boa formação, salários justos e dignos, programas de incentivo, onde o professor é reconhecido por seu talento e capacidade intelectual, para que se tornem profissionais de qualidade.

Depois, devemos nos preocupar com a formação de nossas crianças, pois, por mais clichê que pareça, elas são os futuros eleitores que decidirão o que será do nosso país.

Mas ai vêm a pergunta: Quanto do orçamento nacional é investido em educação? Isso reflete o que muitos de nós já sabemos, o medo que nossos governantes têm de um povo consciente, estudado, politizado. Melhor manter as coisas como estão, caso contrário, como continuarão no poder?

Fica aqui o alerta e a reflexão para nossa triste realidade. Precisamos incutir em nossos jovens o desejo e o amor pela docência, para que eles possam educar adequadamente nossas crianças e assim, quem sabe, podermos melhorar a nossa posição nas próximas pesquisas.

Andréa Melissa Grigowski
Professora Universitária

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