terça-feira, 26 de março de 2013

Reciprocidade

Dar e receber...

Reciprocidade é uma troca entre duas pessoas, entidades ou grupos.

Sempre que dispensamos tempo, mente e coração para alguma coisa, gostaríamos que isto fosse recíproco, ou seja, que obtivéssemos um retorno... acredito que esteja de alguma maneira, ligado às expectativas que criamos, que já usei como tema por duas vezes somente este ano... minha vida tem sido rodeada de expectativas frustradas e reciprocidade negada. E por isso tenho lido e escrito sobre tais assuntos.

É difícil quando estamos apaixonados por alguém e este alguém não corresponde aos nossos sentimentos... quando empenhamos a nossa vida em função de alguém, seja amor ou seja amigo e este alguém não se empenha da mesma maneira. Quando dedicamos tempo e “mufa” em algum projeto profissional que depende de outras pessoas e estas pessoas não correspondem ao que esperávamos, não abraçam com o mesmo empenho tal projeto.

Dizem que não podemos fazer as coisas desejando algo em troca, mas somos humanos, e por mais desprendidos e altruístas que sejamos, alguma coisa a gente sempre espera, sempre deseja e por muitas vezes, acha que merece.

No que tange a área profissional, o prof. Paulo Sérgio Buhrer, em artigo intitulado Reciprocidade, no site do administradores.com.br fala com muita propriedade. Seguem alguns fragmentos: “Recíproco é o dono da empresa que, ao final do ano, ou, nos meses em que os resultados crescem exponencialmente, premia todas as pessoas da empresa, do zelador ao diretor, com bônus, e não necessariamente pelo cargo que ocupam, mas pela necessidade premente que apresentam”... “Não se trata de comunismo, socialismo, assistencialismo. Trata-se de reciprocidade, de distribuir a riqueza entre os que dão o melhor de si, participam ativamente dos negócios. Não penso em premiar quem não se importa em crescer na vida, estudar, trabalhar duro e com inteligência. Também não imagino um colaborador ganhando o mesmo que a pessoa que fundou a empresa. Por certo as ideias, a ousadia, o empreendedorismo devem ter seu valor, mas, não com tanta disparidade”.

No que diz respeito a reciprocidade afetiva, Reinaldo Müller tem um texto muito interessante do qual também compartilho alguns fragmentos: “Por quê escolhemos "certas" pessoas como amigas e não outras?” … “Porque identificamos, sentimos (veja o verbo da "amizade" é SENTIR -- do AMOR, também o é!) que com ALGUMAS PESSOAS temos mais proximidade AFETIVA -- mais TROCA AMOROSA -- mais CUMPLICIDADE -- mais... AMOR!!” … “O que eu quero dizer que é natural que tendamos a interagir com pessoas que percebemos -- sentimos e notamos, inequivocadamente, que estas pessoas "em questão", em graus e intensidades variadas (a partir de uma expressão "mínima" que aceitamos como tolerável de RESPOSTA E INTERAÇÃO AFETIVA) de alguma forma correspondem e retribuem aos nossos SENTIMENTOS...” … “Agora, quando a pessoa em questão, objeto de nosso AFETO, tem um jeito contido -- frio -- reprimido -- ausente -- distante de manifestar os seus sentimentos em relação à nós (se é que eles existem, "mesmos"...) persistir num relacionamento assim -- numa troca inexistente (ou não-expressada) de carinho, ternura, afinidades de uma maneira geral, revela que nós alimentamos "dentro de nós" -- conteúdos MASOQUISTAS...” … “Este pseudo AFETO "franciscano" de se entregar sem esperar nenhuma reciprocidade afetiva não encontra contrapartida na Realidade. Só existe no cinema na literatura -- e no "imaginário" das pessoas...” … “Por fim, e por último. É adulto, necessário e até indispensável que devemos e precisamos aceitar, e aprender a conviver e operar com a diversidade e a multiplicidade de pessoas e suas respectivas personalidades, temperamentos e características pessoais...”

Trocando em miúdos, voltamos ao início deste post.... “dar e receber”, a reciprocidade é isso e entendo que ela é primordial em nossa vida.

Abaixo os sites utilizados como referência:

E ai, o que você achou? Está passando por alguma situação de ausência de reciprocidade? Em casa, na empresa, em suas relações pessoais? Comente, compartilhe conosco....

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