segunda-feira, 24 de março de 2014

Medianeras



Filme argentino, indicado pela amiga Grasi e que recomendo a todos que gostam de refletir um pouco sobre os rumos que as nossas vidas estão tomando nesta era digital, neste “admirável mundo novo”.

Gustavo Taretto, seu diretor, diz que sua intenção era retratar uma solidão que não é dramática, mas "uma solidão a que já estamos acostumados. De todos os dias. Solidão urbana. A solidão que sentimos quando estamos rodeados de desconhecidos"

Só a narrativa inicial já te ganha, tal é a profundidade das palavras e a metáfora com as construções desenfreadas da cidade de Buenos Aires. Como diria a minha prima, fala-se sobre todo aquele cimento!

Primeiramente, vou explicar o porque deste nome: Medianeras... medianeras são aquelas paredes sem janelas das grandes construções. Tais paredes não possuem janelas tendo em vista sua proximidade com as construções vizinhas. Na realidade, é proibido abrir janelas nestas paredes, mas muitas pessoas o fazem, buscando um pouco de claridade em suas residências, gerando inclusive, grandes brigas judiciais.

Existem alguns pontos que considerei peculiares no filme, mas que se eu escrever aqui, acabarei por estragar um pouco da história... então? Só assistindo mesmo pra vocês identificarem os seus e depois, poderemos conversar, trocar figurinhas sobre o filme e sobre o que acharam de mais interessante, pois me levou a uma grande reflexão e a questão de que nem tudo está perdido, que ainda há uma esperança neste mundo pra mim.

Ele conta a história de um homem e uma mulher, jovens e isolados do mundo em suas “bolhas”. São eles mesmos que narram suas próprias histórias e os dissabores da era digital em suas vidas sociais e amorosas. Ele trabalhando em casa, como web designer, para sair o menos possível de casa, é meio neurótico e quase tudo o que precisa, compra via internet. Sua única saída de casa é para levar o cachorro para passear vez e outra, cachorro que ele diz que não é dele e sim da ex namorada que foi embora para outro país e não quis levá-lo junto para evitar o stress da mudança. Ela, arquiteta formada, mas que não consegue se encontrar em sua profissão, então trabalha como vitrinista, montando situações, criando contextos, trabalhando com aqueles manequins de loja e retratando o seu próprio eu em cada vitrine. Terminou um relacionamento de muitos anos e está confusa, muito confusa. Não consegue andar de elevador e assim, sobe diversos lances de escada para chegar ao seu apartamento. Como não consegue se encontrar, passa os dias com um livro de sua infância, onde procura por Wally na cidade.... e mesmo depois de todos estes anos, não consegue encontrá-lo.

Eles até tentam se relacionar com outras pessoas, mas é uma relação superficial, pífia... difícil mesmo!

Ele, Martin... ela, Mariana!

Assistam e mergulhem na vida destes dois personagens... *-*



Este blog possui uma ótima resenha sobre o filme, vale a leitura:



Espero que gostem da dica... =)



Um comentário:

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