segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Um Gato de Rua Chamado Bob


“Todo mundo precisa de um tempo, todo mundo merece uma segunda chance. Bob e eu agarramos a nossa...” (p. 234)

E vamos lá, mais um livro bom para indicação, ufa! Hehe...

Esse demorei para ler... sabe quando a gente vai passando os outros na frente e vai deixando aquele lá de lado, esquecido... e nem sei bem por que fiz isso... ganhei do meu pai, já nem me lembro mais qual foi a ocasião, o motivo, e ele estava lá na estante.

Quando terminei de ler o que comentei no post anterior, pensei em começar a ler uma das duas séries que tenho... mas que não estão completas (ainda faltam alguns dos livros): o da Maldição do Tigre e Instrumentos Mortais. Mas justamente porque faltam alguns dos livros, achei melhor nem começar, pois senão acontece como com a trilogia do Delírio... tive que sair correndo, desesperada na livraria pra comprar os outros dois quando estava terminando de ler o primeiro.

Então, decidi pegar aquele que estava de ladinho, lá na estante e comecei sua leitura... e que leitura MARAVILHOSA... se imaginasse que era tão boa, teria lido antes... e pior, fala sobre um gato, eu deveria saber que era ótimo.

O livro em questão se chama “Um Gato de Rua Chamado Bob”, de James Bowen. E retrata uma história real... a história de James Bowen e do seu gato Bob... gato de rua que ele encontrou enroladinho na porta de um apartamento do seu prédio.



O gato laranjinha estava bem debilitado, doente, machucado, com uma grande ferida no corpo e talvez na alma também... James era um cara que não estava dando conta de cuidar da própria vida (tentando ficar longe do vício em heroína e ganhar o pão do dia a dia com suas apresentações musicais no centro de Londres) e pensou que o melhor era deixar aquele gato ali mesmo, pois ele já tinha muito com o que se preocupar. E os dias passaram e o gato continuava lá naquela porta e como James tinha uma leve queda por gatos, não resistiu, bateu na porta e perguntou ao morador se o gato lhe pertencia.

O morador disse que não, que provavelmente ele só estava ali devido ao cheiro da comida. Então James não teve dúvidas e convidou aquela pequena bola de pelos (pelos estes bem ralos e feios) para subir ao seu apartamento e comer alguma coisa... e deste convite nasceu uma bela amizade.

James levou o laranjinha ao veterinário para tratar suas feridas, comprou comida, os remédios e, acima de tudo, deu amor ao bichinho.

Como tinha acabado de assistir a Twin Peaks, resolveu dar o nome de Bob ao seu novo (ou único?) (verdadeiro) amiguinho.

E os dias foram passando e Bob foi melhorando... e James entendeu que Bob era um gato de rua, que o melhor seria devolvê-lo à rua, que não deveria se envolver com ele, pois gato não se fixa em lugar nenhum e uma hora acabaria indo embora mesmo... mas isto não aconteceu. Os dias foram passando e Bob foi ficando.

Com o passar do tempo, Bob começou a seguir James sempre que ele saía para tocar no centro de Londres e ganhar uns trocados para a comida e passar alguns dias.
E não é que o bichinho fez sucesso com as pessoas? Todos paravam para observar o gato laranja que acompanhava o dono sentado em seu ombro e que, durante suas apresentações, ficava confortavelmente repousando dentro da caixa da guitarra de James.

Bob adorava andar de ônibus... sempre “sentava” na janela e colava a cara no vidro para ver o mundo passar através de seus olhos.

James se preocupava muito com Bob... além de cuidar da sua saúde e alimentação, cuidou também da sua segurança, comprou uma guia própria para gatos e também levou-o para que colocassem um microchip de identificação... o que fez com que, oficialmente, Bob se tornasse o seu gato.

Nas ruas de Londres estes dois amigos viveram todo tipo de experiência... experiências boas e ruins... pessoas de bem e do mal que passavam pelas calçadas da cidade e que notavam a presença de ambos. No decorrer do livro, quando parecia que as coisas estavam se ajeitando para os dois, algo acontecia para testar mais uma vez aquela amizade e também a nova vida que James tentava levar.

James percebeu com o passar do tempo, que Bob o tornou mais humano, mais real... que com a presença do bichinho, ele era notado e até mesmo respeitado pelas outras pessoas. Antes ele se dizia transparente... e com Bob, ele passava a ter cor. As pessoas falavam com ele, o cumprimentavam... tudo para ter um pouco de contato com aquele bichano tão especial.

E nesta história há somente vencedores, pois não foi somente Bob que ganhou uma segunda chance na vida e sim James, que voltou a ser alguém através da amizade e do amor desenvolvido com seu amado amigo, aquele gato laranjinha, o Bob!

Até relações que antes estavam estremecidas, como com a sua mãe, acabaram por se reestabelecer, pois James entendia que deveria ser alguém melhor para Bob e assim, se tornou alguém melhor para si mesmo e para as pessoas que faziam parte da sua vida de alguma maneira.



Enfim, espero que gostem, eu achei muito fofo... e de uma leitura gostosa, descompromissada, interessante!

É isso, comentem, vamos conversar!

Bjo bjo

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